sexta-feira, 30 de novembro de 2012

"Duas coisas peço que me dês antes que eu morra: mantém longe de mim a falsidade e a mentira; não me dês nem pobreza nem riqueza; dá-me apenas o alimento necessário. Se não, tendo demais, eu te negaria e te deixaria, e diria: 'Quem é o Senhor?' Se ficasse pobre, poderia vir a roubar, desonrando assim o nome do meu Deus" (Provérbios 30:7-9)


Estas palavras não são do Rei Salmão, são de um homem chamado Agur. Elas também expressam grande sensatez, ainda que no início do texto, ele afirme que não é sábio. Mas o pedido que ele faz a Deus é, no mínimo, interessante. Pedir a Deus para mantê-lo distante das pessoas falsas e mentirosas e, também, que lhe dê o necessário para viver em paz, são pedidos muito sábios. Quantas pessoas estão satisfeitas com aquilo que possuem? Quantas pessoas estão rodeadas de gente falsa e mentirosa? Creio que pra vivermos melhor esta vida necessitamos de um senso de satisfação, caso contrário, a gente nunca consegue viver plenamente. A honestidade de Agur é ímpar. Ele conhece a si mesmo e, por isso, pode ter um relacionamento transparente com Deus. Ele sabe o quanto a riqueza ou a pobreza o afetaria ética, moral e espiritualmente, por isso, pede a Deus a alegria da satisfação. Talvez este tipo de honestidade - conosco mesmo e com Deus - seja algo que esteja faltando em nossas vidas. O medo de reconhecer-se é um dos nossos grandes inimigos. Abrir os olhos diante do espelho para ver quem de fato nós somos, é algo libertador e nos conduz pelo caminho da honestidade e da verdade. À medida que nos reconhecemos - força, fraqueza, limitação - temos mais facilidade de lidar com as pessoas e com as situações - boas ou ruins - que a vida nos apresenta diariamente. A medida que nos reconhecemos, em sendo sábios, passamos a aguardar de Deus o socorro, a ajuda, o compartilhamento da sua força que, operando em nós, nos ajuda a lidar com algumas frustrações que são próprias da nossa humanidade. Passamos a aprender que: nem muito, nem pouco, apenas o necessário é suficiente. Aliás, não apenas a aprender, mas a experimentar e ensinar àqueles que estão se perdendo na caminhada da vida porque não sabem administrar tais quantidades e, então, partem pelo caminho da murmuração quando acham ter pouco, ou pelo caminho da ganância, quando têm muito. Em ambos os casos, perde-se, e muito, em qualidade de vida, relacionamentos e a alegria de viver. Portanto, tentemos exercitar o nosso senso de satisfação, se assim fizermos, é muito certo que vamos murmurar menos, curtir mais aquilo que já conquistamos e, enfim, vamos exercitar mais a gratidão.
Um bom dia a todos e tenham um excelente final de semana!
Com carinho e amizade, 
Pr. André Luís Pereira

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

"Quem insiste no erro depois de muita repreensão, será destruído, sem aviso e irremediavelmente" (Provérbios 29:1)


Em diversas situações eu percebo que algumas pessoas têm a tendência de atribuir a Deus as consequências de suas más atitudes. Geralmente elas usam o termo "castigo" quando as coisas que fazem não saem muito bem. Entretanto, esse tipo de atribuição é muito injusta visto que cada um de nós colhe exatamente aquilo que planta. O apóstolo Paulo disse o seguinte: "pois o que o homem semear, isso também colherá" (Gálatas 6:7), e colherá não por ser um castigo divino ou, como dizem os mais religiosos: "Deus está pesando a mão", mas, colherá porque a Lei da Natureza é assim: o que você planta, você colhe. E isso se aplica à lavoura e, também, às nossas atitudes. Atribuir a Deus os resultados da nossa insensatez é uma maneira simples de nos esquivarmos de nossa responsabilidade. Aliás, desde o Éden, o ser humano tem essa mania de terceirizar a responsabilidade dos seus erros.
Quando os noticiários anunciam alguma catástrofe natural em que centenas de pessoas são mortas, geralmente, algumas pessoas logo soltam a famosa e covarde frase: "Nossa, se Deus existe porque ele permite essas coisas?". Ele não permite nada. No livro de Gênesis, no capítulo 2, é narrado uma das razões da constituição do homem, a saber, cuidar do planeta, administrar aquilo que Deus criou. Portanto, em casos de desastres naturais, deveríamos perguntar a nós mesmos: "Por que estamos permitindo que pessoas sejam mortas por conta da nossa contribuição à destruição dos recursos naturais?". Todos nós sabemos que as grandes catástrofes, e agora sendo bem simplista, são resultados das garrafas e sacolinhas descartáveis que, até hoje, relutamos em separar para reciclar.
Todos nós sabemos o que é preciso ser feito, porém, parece que somos imantados a insistir no erro até que algo mais sério aconteça conosco ou com alguém mais próximo. O apóstolo Tiago disse o seguinte: "Pensem nisto: quem sabe que deve fazer o bem e não o faz, comete pecado", ou seja, insistir no erro é mesmo um caminho para a destruição. Particularmente, eu acredito que a destruição a qual o autor de Provérbios se refere pode ser entendida em duas vertentes: a frustração ou, até, a morte; e isso vai depender apenas de cada erro cometido.
O profeta Samuel ensina-nos que: "a obediência é melhor do que o sacrifício" (1 Samuel 15:22), e creio que isso se aplica a todos nós, em qualquer situação. Portanto, pra quê "pagarmos pra ver"? Não é melhor ouvir as repreensões, os conselhos, as opiniões, dos nossos amigos, pais, professores, cônjuges, enfim, ouvir aqueles que nos amam e, por amor ou por experiência, nos repreendem para o nosso próprio bem?
Pense nisso!
Um abraçãozão a todos!!!   
Pr. André Luís Pereira

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

"O ímpio foge, embora ninguém o persiga, mas os justos são corajosos como o leão" (Provérbios 28:1)


Nas reflexões que estamos fazendo no Evangelho de Mateus, na IP Cavinato, dentre algumas posturas que abordamos, aprendemos que pra ser discípulo de Jesus é necessário CORAGEM. Sim, é necessário coragem para seguir Jesus, visto que o caminho do discipulado requer que aqueles que se disponham a trilhá-lo não tenham medo e nem dúvidas quanto a sua identidade de discípulo. Penso que a coragem se expressa de duas maneiras: coragem para enfrentar e coragem para assumir. Os ímpios, segundo percebo, às vezes tem a primeira, porém, são desprovidos da segunda, tornando-se assim, covardes quando têm de enfrentar as consequências de seus atos e palavras. Isso é fácil perceber, por exemplo, no ambiente profissional. Há trabalhadores que falam, protestam, ofendem, entretanto o fazem sempre nos bastidores. Porém, quando confrontados, geralmente, não têm coragem de assumir para o interessado aquilo que disseram nos bastidores. Agora, aqueles que realmente foram alcançados pelo Evangelho e, por isso, estão vivendo num processo de transformação diária, processo este que, além de desenvolver a espiritualidade, também está formando um cidadão ético, honesto, sincero, e capaz de assumir suas posturas e enfrentar as consequências de seus atos e palavras. Isso é coragem! O apóstolo João afirma que "no amor não há medo; ao contrário o perfeito amor expulsa o medo, porque o medo supõe castigo. Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor" (1 João 4:15). Ou seja, o amor se expressa através da coragem. É expressão de amor quando temos coragem de assumir quem somos, aquilo que fazemos ou aquilo que falamos. É expressão de amor - a nós, a Deus, aos outros - quando temos coragem de fazer valer a ética acima das tentações que nos são apresentadas como, por exemplo, ganhar dinheiro de forma fácil e ilícita, mentir para as pessoas com o fim de não sermos cobrados, falar "pelas costas" de um companheiro de trabalho, de um irmão de fé, do patrão, do empregado. E como isso é comum! Entretanto, a despeito de tudo isso, o autor de Provérbios nos chama à Coragem como exercício da fé. Você crê? Penso que essa resposta pode ser dada através do seu comportamento, ou seja, enfrentando às situações apresentadas cotidianamente e, principalmente, assumindo as posturas tomadas.
Um abraçãozão a todos!
Com carinho e amizade, 
Pr. André Luís Pereira

terça-feira, 27 de novembro de 2012

"Não se gabe do dia de amanhã, pois você não sabe o que este ou aquele dia poderá trazer" (Provérbios 27:1)


A ansiedade é um dos grandes males que ataca a nossa humanidade. Todos nós, ainda que um pouquinho, somos ansiosos. Nós nem bem começamos um dia, já estamos pensando no dia seguinte. Depois que inventaram a agenda, o que é uma excelente ferramente de organização, a nossa vida está mais direcionada para o dia de amanhã do que para o dia de Hoje. Tomamos diversas decisões hoje por causa do amanhã.
O provérbio de hoje é muito interessante pois expressa algo muito verdadeiro ao qual nós não levamos muito em consideração. Viver do passado é algo muito perigoso, visto que, dependendo das experiências que remoemos do passado, deixamos de viver o presente. Da mesma forma, é perigoso vivermos apenas do futuro pois, assim como viver do passado, podemos deixar de viver o presente. Eu confesso que limitar-se ao presente é quase que impossível, e creio que o autor de provérbios também sabia disso. Entretanto, a proposta do autor parece conduzir-nos ao "hoje", ao "agora", ao "presente".
Na prática, como eu sempre digo em nossa comunidade, nós só temos o hoje para aproveitarmos a vida, os relacionamentos, o trabalho, e tudo aquilo que plantamos no passado, pois o passado não volta, por isso, não dá pra reparar os erros ou reviver os momentos aos quais temos saudades. Da mesma forma, não dá pra planejar com certeza o futuro, até mesmo o amanhã, afinal, estes nos são apenas possibilidades visto que não dá pra garantir que estaremos vivos para concretizar nossos planos. E talvez seja por isso que o ser humano sofra tanto com a ansiedade, pois mesmo que ele tenha o controle sobre muitas coisas, ele não o tem sobre a vida e a morte, nem sobre a saúde ou a doença.
A minha confissão de fé postula um Deus que sustenta a vida. E tal crença neste Deus tem me ensinado a valorizar a vida que tenho hoje, agora, neste momento que estou escrevendo. Tal fé me conduz à satisfação de aproveitar cada momento com minha esposa, meus pais, irmã, sobrinho e sobrinhas, cunhadas(os) e amigos. Essa fé me ensina que o passado, por mais dificil ou melhor que tenha sido, é passado, portanto, imutável; e que o futuro, por mais que a minha saúde, disposição, vitalidade, demonstrem que será certo, é apenas uma possibilidade. Portanto, na possibilidade de viver bem amanhã, eu tenho tentado viver o melhor que posso hoje. Tem uma frase na música "Pescador de Ilusões" do grupo Rappa que diz o seguinte: "Valeu à pena, eh, eh, Valeu à pena"; esta pequena frase deveria ser dita por nós a cada final de dia, se soubéssemos aproveitar mais o dia de hoje que, como define a própria lingua portuguesa, é o nosso presente.
Acerca disso, disse Jesus:"Não se preocupem com o amanhã, pois, o amanhã trará as suas próprias preocupações. Basta a cada dia o seu próprio mal" (Mateus 6:34)
Bom hoje para todos!!!
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

"Não responda ao insensato com igual insensatez, do contrário você se igualará a ele" (Provérbios 26:4)


Esse provérbio de hoje é um dos que eu mais gosto. Talvez eu goste mais dele porque foi um dos primeiros que eu conheci e pude aplicar em minha vida.
Há determinadas situações na vida que não valem o desgaste que demandam, discutir com pessoas que não estão disposta a ouvir, refletir e ponderar é uma delas. Como é difícil lidar com pessoas insensatas ou, como se diz na linguagem popular, ignorantes. Sabendo disso, o autor de provérbios nos aconselha a ignorar algumas das opiniões ou manifestações desse tipo de gente. Ele diz pra que ignoremos não por uma questão de desprezo, mas, principalmente, por uma questão de sabedoria. Sim, porque, em muitos casos, há discussões e conversas que apenas nos levam ao estresse, e nada mais. Aliás, segundo o autor, perder tempo com pessoas ignorantes (insensatas) implica em nos tornarmos como elas ou, melhor, nos igualarmos a elas. O autor não está falando do empobrecimento do ser, como se conviver com esse tipo de pessoa seja algo que nos faça mal, mas, ele fala da atitude reducionista de nos permitimos perder tempo em discutir ou refletir algo com alguém insensato, ou seja, que não tenha condições e nem disposição para ouvir e refletir. Creio que esse provérbio de hoje é, também, um alerta ou um chamado à nossa reflexão individual, no sentido de nos policiarmos sobre como tem sido a nossa postura ante os diálogos e debates aos quais nos são apresentados diariamente por algumas pessoas. Será que temos nos comportado como um sábio ou como um insensato? Qual será o marketing pessoal que estamos fazendo de nós mesmos? Somos agradáveis? Sabemos dialogar? Ou somos aquele tipo de pessoa que os outros vivem evitando o convívio, pois não sabemos ouvir e dialogar como adultos maduros?
Pensemos nisso!
Ótimo dia a todos!!!
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

"O prudente percebe o perigo e busca refúgio; o inexperiente segue adiante e sofre as consequências" (Provérbios 22:3)


O provérbio de hoje é um "tiro no pé" daqueles que levantam a bandeira triunfalista, ou seja, daqueles que incentivam as pessoas a nunca desistirem, a enfrentarem toda e qualquer situação; é um "tiro no pé" daqueles que acham que buscar ajuda, depender dos outros, e pensar antes de agir, são atitudes de gente "fraca".
Há muito tempo tem-se distorcido muitos valores que são imprescindíveis à vida, a prudência, por exemplo, é um deles. É questão de sabedoria saber a hora de parar; é questão de prudência saber quando voltar atrás; é questão de maturidade entender que tal atitude realmente não convém ser tomada. Porém, na filosofia atual - seja a social ou a religiosa - qualquer ato pensado logo é denominado como covardia, medo, fraqueza e falta de fé. Mas há momentos - podemos até dizer que todos os momentos - que requerem de nós um tempo de reflexão; um tempo de maturação das idéias para que possamos decidir, fazer, adquirir, agir, se envolver, etc. É uma questão de sabedoria quando, em percebendo o perigo, ao invés de enfrentarmos, nos refugiarmos, nos escondermos. E isso se aplica a todas as áreas da nossa vida, ou seja, quando abordados por um assaltante, a atitude prudente é não reagirmos, caso contrário, podemos perder mais do que os bens; quando andando pela rua, percebemos um grupo de pessoas alcoolizadas, o melhor é mudar o caminho; quando estivermos para fazer um negócio ou tomar uma decisão importante e percebermos que a pessoa não está sendo clara o suficiente, deixando-nos em dúvidas, o melhor é desistir e esperar até que tudo se esclareça. Gente que se comporta por impulsos, geralmente, como diz o provérbio de hoje, sofre as consequências. Em diversas situações, o medo e a insegurança se tornam nosso mecanismo de defesa, pois, sem elas, cometeríamos muitas imprudências sem pensar. Por isso, quando alguém, irrespon-savelmente, o desafiar a fazer coisas que não tem sentido algum; quando alguém vier com aquelas conversas de que "você pode, você consegue, você tem direito", tome muito cuidado. De fato, nós podemos, nós conseguimos e, em muitas coisas, nós temos direito, entretanto, será que nos convém? Será que precisamos? Será que é necessário? Seja prudente, esteja atento às intenções das pessoas; não haja com imaturidade ou impulsividade, afinal, ainda que muitos o incentivem, somente você sofrerá as consequências de atos impensados. 
Um bom dia a todos!
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

"O coração do rei é como um rio controlado pelo Senhor; ele o dirige para onde quer" (Provérbios 21:1)


Como é bom ter a vida dirigida por Deus. Ainda que o texto esteja falando do rei, até porque foi um rei que o escreveu, creio que o mesmo se aplica a cada um de nós. Num primeiro momento podemos ter a impressão de que o texto está falando de um boneco manipulado por Deus, que não tem decisão e nem opinião própria. Entretanto, se levarmos em consideração todo o contexto de livro de Provérbios, perceberemos que o autor está se referindo à situação de dependência de Deus.
A dependência de Deus não implica na anulação da nossa vontade e nem da nossa autonomia, pelo contrário, tal dependência conduz-nos a conformarmos (no sentido de dar forma) a nossa mente, à mente de Cristo. Acerca disso, o apóstolo Paulo disse o seguinte: "...nós temos a mente de Cristo" (1 Coríntios 2:16). Ou seja, implica em absorvermos os valores éticos e relacionais do Evangelho, em todas as áreas de nossa vida. Isso sim, significa em ser controlado pelo Senhor. À medida que vamos nos apropriando dos valores do Evangelho, então, vamos nos tornando, assim como disse o autor de Provérbios, como um rio que é dirigido pelo Senhor. Porém, esta direção não será imposta, mas fluirá naturalmente em nós pelo fato de praticarmos o Evangelho. Há muitas pessoas que querem conhecer a vontade de Deus, entretanto, isso só é possível à medida que nos dispomos à estudar o Evangelho e, em o conhecendo, também praticá-lo. E, por experiência própria de um homem que tem estudado e aprendido muito com a vida de Jesus, eu posso lhe garantir: vale à pena!
Ter a vida dirigida por Deus é um privilégio e uma bênção muito maior do que possamos imaginar. A direção de Deus nos conduz à educação, ao caráter ético, ao compromisso conjugal, ao profissionalismo com excelência, enfim, à uma relação melhor com as pessoas, sejam elas quem forem. Portanto, se você é alguém que aprecia a sabedoria, a maturidade e o desenvolvimento pessoal, leia a Bíblia. Contudo, a leia não apenas como um livro religioso, mas como um Manual de Vida e Comportamento com Deus e com as Pessoas. Leia com a disposição de ir além da absorção de informações, leia com a motivação para colocar seus valores em prática em sua vida, a começar pela sua família. Assim, você vai provar, na prática, o que o autor de Provérbios quis dizer com "ser dirigido por Deus".
Boa semana a todos vocês!!!!
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira

terça-feira, 20 de novembro de 2012

"O vinho é zombador e a bebida fermentada provoca brigas, não é sábio deixar-se dominar por elas" (Provérbios 20:1)


Tem muita gente que diz que tomar bebida alcoólica é pecado. Entretanto, isso não é verdade. Aqueles que foram libertos pela graça de Deus, também, são livres para todas as coisas, inclusive, tomar sua cervejinha no final de semana. A única coisa que a Bíblia restringe é a embriaguez. E isso é óbvio, pois, o próprio texto de hoje nos mostra a razão pela qual devemos ser moderados quanto às bebidas alcoólicas, afinal, o abuso delas é que nos causam problemas sérios. Segundo o autor de Provérbios, embriagar-se é questão de insensatez. Com certeza muitos de nós, em algum momento, já ultrapassou o limite na bebida. Alguns, de tanto que ultrapassaram o limite, expuseram-se às pessoas, ou então, expuseram-nas. E é exatamente isso que a Bíblia adverte para que evitemos ao máximo: a exposição. E quando eu falo em exposição, além da moral, também incluo a exposição física, ou seja, aquela que expõe aquele que bebe, ou as outras pessoas, em situações de risco, inclusive e principalmente, no trânsito. Ser sábio não implica apenas em conhecimento, mas, principalmente, na prática do conhecimento em todas as àreas da vida, inclusive, em saber dominar-se, seja no palavriado, seja no comportamento, seja, também, na bebida. Todos nós sabemos o nosso limite, por isso, sabemos quando parar. Porém, se você ainda é daqueles que não sabe, ou não respeita, o seu limite quanto ao álcool, então, beba suco, refrigerante, água, só não prove da sua própria insensatez mistura ao álcool, pois o resultado por lhe conferir consequências desastrosas. Dizem que a bebida alcoólica deve ser ingerida apenas por pessoas maiores de dezoito anos, eu discordo. Penso que bebida alcoólica só pode ser ingerida por gente sábia, consciente, responsável, madura, pois, os sábios, através da experiência da vida, sabem respeitar seus limites. E é isso que o autor de Provérbios considera.
Um brinde à sabedoria!
Pr. André Luís Pereira

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

"Casas e riquezas herdam-se dos pais, mas a esposa prudente vem do Senhor"(Provérbios 19:14)


Esse provérbio já causou muita confusão na cabeça de muitos religiosos. Aliás, tudo o que se diz que "vem do Senhor" sempre causa muita dúvida: será que o Senhor vai me dar uma esposa prudente? Será que o Senhor vai me dar uma casa, um carro, e dinheiro? Bom, sinceramente? Não! Pelo menos não do jeito que se pensa ou seja prega nos programas religiosos de televisão. Nada nesta vida cai do céu como se Deus foi o gênio da lâmpada, pronto para atender nossos desejos. Quando o autor de provérbios fala sobre algo vir de Deus, ele está apontando para aquele que pede. Como assim? Simples: aquele que quer uma esposa prudente deve, necessariamente, ser prudente. Sim, somente pessoas prudentes têm condições de fazer escolhas prudentes. Agora, a prudência a qual o autor de provérbios sempre se reporta está na Bíblia, por isso ele afirma que "vem do Senhor". Para o autor de provérbios a sabedoria está na Palavra de Deus. É essa Palavra que instrumentaliza o ser humano para que este tenha condições intelectuais para discernir aquilo que é bom ou ruim para si mesmo. Essas idéias de que "Deus vai nos dar isso ou aquilo" são de uma infantilidade espiritual e intelectual sem tamanho. O Senhor, através da sua Palavra - e creio que você esteja percebendo isso através dos provérbios - nos dá critérios contundentes para que possamos fazer as escolhas próprias desta vida. Se você quer um bom carro, trabalhe. Caso você seja pobre, assim como eu, vai ter de trabalhar muito pra conseguir um bom carro. Se você quer uma casa própria, então, prepare-se para trabalhar bastante, fazer horas extras, economizar ao máximo possível. Caso contrário, nem adianta pedir pra Deus, pois, a parte dele é dar-lhe saúde e dotar-lhe de sabedoria para que você conquiste seus sonhos e supra suas necessidades. Quando o assunto é relacionamento afetivo, creio que o princípio seja o mesmo. Quer ter alguém que seja realmente significativo à sua vida? Então, o caminho é você agregar valores éticos, morais, relacionais, familiares, espirituais, à sua própria vida. Esses valores vão ajudá-lo a discernir melhor acerca do tipo de pessoa que você quer ao seu lado. Infelizmente, da maneira como a nossa geração está se relacionando - descartavelmente - será muito difícil construir vínculos significativos e contrair um casamento que realmente agregue valor à vida. Infelizmente, também, a maneira como muitos religiosos creem em Deus - utilitariamente - os levará à muita frustração, decepção e a maus relacionamentos. Seja sábio, leia a Bíblia, leia Provérbios e mãos à obra!
Um bom dia a todos!!!
Pr. André Luís Pereira

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

"Ao homem pertencem os planos do coração, mas do Senhor vem a resposta da língua" (Provérbio 16:1)


Quais são os seus planos para hoje? E para daqui cinco anos? Planejar é preciso, sonhar é necessário. Todos nós, de uma maneira ou de outra, sonhamos e planejamos muitas coisas em nossas vidas: filhos, casa própria, veículo, estudos, etc. Faz parte da constituição do homem planejar. Não dá pra vivermos sem pelo menos o mínimo de planejamento, afinal, todo mundo precisa saber aonde quer chegar. E isso é importante até para que, no dia-a-dia, nossas atividades tenham sentido e motivação. O livro de Provérbios, do primeiro ao último capítulo, nos aconselha à parceria com Deus. Sim, uma parceria relacional em que o homem se dispõe a conhecê-lo e, assim, num relacionamento íntimo, de confiança, também se dispõe a obedecê-lo. Entretanto, tal obediência não é um exercício do medo, do constrangimento e nem da barganha, mas, especialmente, uma obediência que é fruto da confiança, da amizade e da entrega. Jesus afirma que estaria conosco "todos os dias até a consumação dos séculos", pois, então, essa presença pressupõe parceria. Essa presença pressupõe uma amizade tal que nos conduz à vontade de Deus, que é boa, perfeita e agradável. E, em provando a vontade de Deus através deste relacionamento pessoal com Jesus e do exercício do Evangelho em nossas palavras, atitudes e "filosofia de vida", temos a possibilidade de ter nossos planos confirmados pela boca do Senhor. Sim, porque somente a intimidade com Deus nos leva a fazer a sua vontade e, assim, planejarmos aquilo que é correto, que é aprovado por Deus. Portanto, leia a Bíblia! Leia Provérbios! Com certeza, essa leitura o conduzirá ao conhecimento de Deus e daquilo que ele tem para nós e, assim, você será conduzido a sonhar e a planejar objetivos corretos e concretos, aos quais Deus o conduzirá para alcançá-los.
Um abraçãozão a todos!!!
Com carinho,
Pr. André Luís Pereira

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

"A resposta calma desvia a fúria, mas a palavra ríspida desperta a ira"(Provérbios 15:1)


O ser humano tem uma grande dificuldade de se comunicar. Talvez, seja por causa disso que grandes conflitos se levantaram no mundo. Mas, o que é o mundo se levarmos em consideração os grandes conflitos em nossos lares? Conflitos que, em grande parte, advém da debilidade da comunicação conjugal/familiar. Particularmente, eu acredito que há dois problemas recorrentes na comunicação: a omissão e a insensatez. A omissão é o exercício do silêncio irresponsável, ou seja, é o silêncio daquele que deveria expor sua opinião, entretanto, se cala. Às vezes, se cala para não magoar o outro; às vezes se cala por medo do outro; às vezes se cala porque já desistiu da relação, e talvez, esta seja uma das piores situações no contexto de um lar: desistir de participar. A omissão, às vezes, é uma característica do temperamento da pessoa; às vezes é algo imposto pelo outro; e, às vezes é um meio de não se posicionar. A insensatez, geralmente, é percebida em quem fala demais. É a característica marcante daquelas pessoas que não pensam pra falar, que não pensam se vão magoar o outro. Geralmente, o insensato tem em seu vocabulário a seguinte frase: "eu falo mesmo, não estou nem aí!". Entretanto, este tipo de pessoa é quem mais deixa rastros de destruição na caminhada da vida. Também, este tipo de pessoa não consegue conviver quando o ditado popular se torna real em sua vida, ou seja: "Quem fala o que quer, escuta o que não quer". Sim, porque falar tudo o que se pensa, também demanda em ouvir tudo o que os outros pensam. E será que estamos, de fato, dispostos a isso? No ambiente familiar temos que tentar minar esses dois problemas da comunicação: a omissão e a insensatez. A dinâmica familiar é tão rica que, às vezes, causa alguns desentendimentos que são próprios dessas demandas: filhos que desobedecem, pais que não compreendem, cônjuges que não sabem lidar com a TPM, problemas financeiros, a crise do ninho vazio, enfim, diversas situações próprias de toda e qualquer família.
O autor de Provérbios nos convida à sensatez, ou seja, a agir de maneira que não torne aquilo que já está tenso numa guerra armada, ainda que esta seja de munição verbal, a qual eu creio que seja a que mais mata quando o assunto é relacionamento, principalmente, familiar/conjugal. Perceba que a sabedoria do autor não apóia a omissão, entretanto, conduz-no à sensatez. A palavra sensata, dita no momento certo e da maneira correta, apazigua tempestades. E, dentre as regras gerais de comunicação eficaz, falar na hora certo e do jeito certo é uma arte que demanda sabedoria do comunicador.Portanto meus queridos, antes de falarmos qualquer coisa, pensemos bem em qual será o resultado da nossa fala. Pensemos se o momento é propício. Pensemos na maneira como vamos dizer. Pensemos! Pois até a melhor idéia pode perder o seu valor quando exposta no pior momento. Lutemos para que sejamos instrumentos de reconciliação e, para isso, peçamos a Deus sabedoria, sensatez e domínio próprio.
Bom dia a todos!
Com carinho,
Pr. André Luís Pereira

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

"A mulher sábia edifica a sua casa, mas com as próprias mãos a insensata derruba a sua" (Provérbios 14:1)


Edificar um lar é uma tarefa que demanda muita dedicação e sabedoria. Sim, porque atender às necessidades dos filhos e do cônjuge, às vezes, é muito desgastante. E é justamente por conta do desgaste que muitos casais colocam tudo a perder na relação conjugal/familiar. Dentre muitas dificuldades que me são apresentadas em aconselhamentos familiares, uma das que mais me chama a atenção é a falta de sabedoria, sensibilidade e sensatez. Há muitas situações complicadas em nossas vidas e relacionamentos que são criadas por nós mesmos. São poucos os casos em que o problema foi criado por uma influência externa. Geralmente, em muitos casos, nós mesmos criamos nossos monstros. Esses grandes monstros que aterrizam nossos lares, quase sempre, são nossos pequenos errinhos de estimação. São atitudes e palavras que, num primeiro momento, parecem ser inofensivos até que, com o passar do tempo, vão se tornando em feras indomáveis, desgastando e destruindo os relacionamentos do lar. Nessas horas, há pouco o que se fazer. Há casos que, infelizmente, já não dá pra fazer mais nada, pois tudo foi tragado por aquele pequeno errinho, insiginificante, que com o tempo tragou aquilo que de mais precioso tínhamos: nossos relacionamentos familiares.
O livro de Provérbios é um chamado à sabedoria, à sensatez, à ponderação. No primeiro capítulo o autor diz o seguinte: "O temor do Senhor é o princípio do conhecimento, mas os insensatos desprezam a sabedoria e o conhecimento". Hoje, dia 14 de Novembro, no Cap. 14:1; o autor alerta às mulheres (e eu estendo aos homens) à sabedoria. O cônjuge sábio, ou seja, aquele que busca a sabedoria da qual o livro de Provérbios está falando, consegue estruturar a sua casa, a sua relação conjugal e as relações familiares em todos os âmbitos desta. O cônjuge sábio, consegue discernir a hora certa de falar, a maneira certa de comunicar, o momento apropriado para corrigir. O cônjuge sábio, ao estudar a Palavra de Deus, que é a fonte da sabedoria relacional (seja com Deus, seja com as pessoas), vai se apropriando de valores, sensibilidade, amabilidade, e, assim, edifica a sua casa sob alicerces inabaláveis. Isso implica num lar perfeito? Não, de maneira nenhuma. Apenas implica num lar que terá bases firmes para suportar as crises naturais da vida e dos relacionamentos. Porém, segundo o texto, o cônjuge insensato, por estar distante de bons conselhos, distante da sabedoria que provém da Palavra, estará sujeito a destruir a sua própria casa. E isso poderá acontecer porque tal pessoa não estará preparada para responder as demandas relacionais, emocionais e espirituais quando as crises chegarem, visto que os alicerces nos quais o lar foi construído são superficiais demais para suportar as tempestades da vida, aliás, algumas tempestades que nós mesmos criamos quando não temos a orientação do Senhor.
Será que estamos contribuindo para a edificação dos nossos lares? O que o nosso comportamento diz sobre isso? Pense e tome uma nova atitude, caso seja necessário.
Leia a Bíblia! Leia Provérbios. Leia um capítulo por dia do mês. Ainda que você seja uma pessoa muito ocupada, separe alguns minutos do seu dia para buscar sabedoria. Com certeza, você e sua família serão beneficiados com esta leitura.
Com carinho,
Pr. André Luís Pereira

terça-feira, 13 de novembro de 2012

"O filho sábio acolhe a instrução do pai, mas o zombador não ouve a repreensão" (Provérbios 13:1)


Acerca da sabedoria, dentre várias características, uma me chama à atenção: o fato de que o sábio é sempre identificado como aquele que ouve muito mais do que aquele que fala, aconselha ou ensina. Talvez seja por isso que tenhamos certa dificuldade de exercitar a sabedoria, visto que a nossa capacidade de falar é muito mais desenvolvida do que a capacidade de ouvir.
Hoje, olhando para trás, eu reconheço o quanto de besteira eu teria evitado se eu tivesse ouvido os conselhos do meu pai. Ah, com certeza, se eu o tivesse ouvido em alguns assuntos específicos, eu seria um homem melhor. Eu nunca fui um rebelde sem causa, mas também nunca fui um exemplo de obediência. Naquela época, eu falava demais, me achava sábio demais, enfim, eu era um insensato metido a intelectual. Hoje, percebo a sabedoria a qual desprezei. Percebo que se eu tivesse dado ouvido à algumas instruções do meu pai, possivelmente, eu não traria registrado em minha história algumas das frustrações às quais vivi, e algumas das quais eu me envergonho até hoje. Mas, passado é passado, não tem como a gente alterá-lo. O que faço é tentar viver melhor o dia de hoje. Estou exercitando o ouvir, o falar menos e observar mais. Estou longe de ser o Dalai Lama, entretanto, percebo que estou bem perto de ser o orgulho dos meus pais, da minha esposa e dos amigos.
Hoje vejo que a grande sacada do desenvolvimento da sabedoria é ouvir os mais experientes, principalmente os nossos pais visto que, na maioria dos casos, são uma das poucas pessoas nesta vida que fazem da sua sabedoria um farol para iluminar o caminho daqueles a quem eles realmente amam: nós, os filhos.
Agora, para aqueles que são pais, presenteiem seus filhos ajudando-os a desenvolver uma cultura que valorize o ouvir. Como? Ouvindo-os. Tenho certeza de que esse exercício trará muitas alegrias a todos.
Com carinho e amizade, 
Pr. André Luís Pereira

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

"Todo o que ama a disciplina ama o conhecimento, mas aquele que odeia a repreensão é tolo" (Provérbios 12:1)


Este Provérbio de hoje me fez recordar da minha adolescência. Me fez lembrar das multidões de vezes que eu me comportei como um tolo ante a disciplina dos meus pais. Puxa, quantas vezes eu deixei de dar ouvidos àquelas pessoas que mais me amavam! Creio que a maioria das pessoas passam ou passaram por esse mesmo tipo de experiência. Aliás, até mesmo quando adultos, parece que há momentos em que a gente volta à adolescência, principalmente quando não paramos para ouvir as pessoas que apenas querem o nosso bem. Nós criamos uma mentira para nós mesmos: que toda disciplina, conselho, repreensão, é prática da raiva, da vingança, da inveja; e, assim, não nos permitimos a disciplina como expressão do amor. A nossa mentira, que nos ilude até hoje, quer nos convencer de que o amor apenas se manifesta em atos de complacência, consentimentos sem reflexão, liberdade para a libertinagem. Entretanto, isso não é amor. O amor quer o nosso bem, como bem disse o apóstolo Paulo: "o amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade" (1 Coríntios 13:6). Há momentos na vida em que temos de parar e refletir sobre tudo o que estamos fazendo, pra onde nossas atitudes e filosofias de vida estão nos conduzindo, sob quais são os resultados que estamos colhendo nesse pouco tempo em que vivemos nesta terra. É necessário questionarmos se, de fato, aquela(s) pessoa(s) que tem tentado nos aconselhar, realmente não tem razão naquilo que está dizendo. Chega um determinado momento da vida em que não dá mais para agir como adolescente, visto que as responsabilidades que estão sobre nós, exigem uma postura madura, ética, sensata. Àqueles que ainda insistem em se comportar como adolescentes, ou pior ainda, como crianças, de fato não têm mesmo muito o que esperar desta vida. A estes o autor de Provérbios chama de tolos.
Não sei a idade de todos os que recebem essas reflexões, entretanto, o provérbio de hoje nada tem a ver com a nossa idade e, sim, com a nossa capacidade, ou não, de ouvir, prestar atenção, dar honra, àqueles que apenas querem o nosso bem, contribuindo para a nossa maturidade, sejam essas pessoas nossos pais, amigos (verdadeiros), parentes, professores, líderes, etc.
Comece a cultivar a sabedoria em sua vida: ame a disciplina, os conselhos amigos, pare para ouvir aqueles que, verdadeiramente, o amam.
Bom dia a todos!
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

"A sabedoria construiu sua casa; ergueu suas sete colunas. Matou animais para a refeição, preparou seu vinho e arrumou sua mesa. Enviou suas servas para fazerem convites desde o ponto mais alto da cidade, clamando: Venham todos os inexperientes! Aos que não têm bom senso ela diz: Venham comer minha comida e beber o vinho que preparei. Deixem a insensatez, e vocês terão vida; andem pelo caminho do entendimento" (Provérbios 9:1-6)


No texto de hoje, o autor de Provérbios, valendo-se de um recurso de linguagem, torna a sabedoria uma personagem. Aliás uma personagem muito simpática e gentil, visto que esta prepara um banquete para receber àqueles aos quais o convite será feito: os inexperientes e os insensatos. É interessante percebermos que a sabedoria está à disposição de todos, e não apenas dos entendidos e abastados. A sabedoria é para todos, inclusive àqueles que dela necessitam.
Na Bíblia, a sabedoria é tratada como a maior das riquezas. E dentre todas as riquezas desta terra, a sabedoria é a única riqueza a qual a Bíblia afirma que Deus dá deliberadamente para aqueles que a pedem: "Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus que a todos dá livremente, de boa vontade" (Tiago 1:5). E creio que Deus age assim, justamente porque a sabedoria gera em nós valores éticos, morais e relacionais que são capazes de enriquecer a vida de uma pessoa, ou seja, tornando-a agradável, amiga, conselheira, educada, altruísta, amável, generosa, etc. E há riqueza maior do que ser uma pessoa assim?
A sabedoria está clamando, diz o autor de Provérbios, para que todos a busquem e se fartem do banquete que ela está oferecendo gratuitamente, inclusive e principalmente, aqueles que dela precisam. O cenário está montado; o prato principal pronto; o vinho geladinho; e todo ambiente aconchegante de sua casa à nossa disposição. Entretanto, todo convite aguarda uma resposta. Qual será a nossa?
Vamos à casa da sabedoria?
Bom dia a todos!
Um abraçãozão carinhoso.
Pr. André Luís Pereira

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

"Prefiram a minha instrução à prata, e o conhecimento ao ouro puro, pois a sabedoria é mais preciosa do que rubis; nada do que vocês possam desejar compara-se a ela" (Provérbios 8:10-11)


O provérbio de hoje aponta para a questão do valor. O autor de Provérbios, um dos homens mais sábios da Bíblia e também um dos mais ricos de toda a narrativa bíblica, fala acerca deste assunto com muita propriedade. Um homem cercado de bens móveis e imóveis, exalta como maior patrimônio a sabedoria. Creio que se formos muito sinceros conosco mesmo, também vamos  concordar com o autor. Sim, porque, qual o valor de grandes riquezas se não a soubermos administrá-las? Lembro-me de um programa jornalístico que fez uma matéria especial com pessoas que ganharam muito dinheiro nos jogos de loteria, entretanto, por má administração perderam tudo e voltaram à pobreza. Tudo isso por que? Por falta de sabedoria somada à falta de valores.
Conheço pessoas que correram boa parte de suas vida atrás de riqueza, ostentação e status, porém, tais coisas, quando alcançadas, não pagaram o preço do esforço em tê-las. Essas pessoas tinham como valor na vida coisas que se desvalorizam à medida que iam sendo conquistadas; coisas que não lhes saciavam enquanto às possuíam. Entretanto, o sábio Salomão, aponta para um valor, a sabedoria, que à medida que o homem vai adquirindo-a, outros novos valores vão sendo agregados à sua vida, ao seu caráter, e, assim, ele vai sendo conduzido sabiamente àquilo que realmente faz sentido nessa vida. Alguns, em obtendo sabedoria, tornam-se prósperos; outros, desenvolvem a capacidade de entender a felicidade com aquilo que têm; outros são encorajados a lutar por aquilo que sonham, porém, sem atropelarem o que é lhes é essencial nesta vida; enfim, a sabedoria é fundamental na vida de um homem que deseja qualquer coisa: riqueza, felicidade, fé, saúde, etc. É ela, quando absorvida como valor, quem vai nos ajudar em todas as áreas da nossa vida. Portanto, busque por ela, pois, quem busca a encontra. A Bíblia diz o seguinte sobre essa busca: "Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida. Peça-a, porém, com fé, sem duvidar, pois aquele que duvida é semelhante a onda do mar, lavada e agitada pelo vento" (Tiago 1:5-6).
Nós pedimos tantas coisas a Deus, todos os dias, que tal começarmos a pedir por sabedoria? Que tal reavaliarmos os nossos valores e invertirmos naquilo que realmente nos capacitará àquilo que tanto corremos atrás? Pense nisso!
Desejo, de coração, que todos tenham um excelente dia.
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

"Diga à sabedoria: 'Você é minha irmã', e chame ao entendimento seu parente; eles o manterão afastado da mulher imoral, da mulher leviana com suas palavras sedutoras" (Provérbios 7:4-5)


Todo o capítulo 7 de Provérbios contém conselhos contra o adultério. Tais conselhos se aplicam tanto aos homens quanto às mulheres. A questão do adultério sempre foi levado muito a sério no contexto bíblico. Até mesmo Deus usa este termo para falar sobre a traição do seu povo, o qual o deixou e passou a servir aos deuses pagãos. A idéia principal de "adultério" é adulteração ou profanação daquilo que é puro, autêntico e verdadeiro. Aquelas pessoas que moram no estado de São Paulo, especialmente na região de Campinas, sabem os males provindos da adulteração dos combustíveis: o carro passa a gastar mais combustível; diminui consideravelmente a rodagem por litro de combustível; acúmulo de sujeira nos bicos ou carburador; sem contar o desgaste acelerado nas peças do motor e sistema de escamentos. Enfim, uma tragédia para quem é vitimado por combustíveis adulterados. Mas, pessoas não são carros. Nelas, os estragos são ainda maiores, principalmente porque não é possível substituir a dor, os traumas, a perda da confiança, o desenvolvimento da baixa autoestima e, principalmente, o sentimento de culpa que, geralmente, assola aquele que traiu e, em muitos casos, até aquele que foi traído. Enfim, relacionamentos afetivos foram feitos para ser autênticos, assim como devem ser autênticos aqueles que decidem envolver-se afetivamente com alguém, seja num vínculo de amizade ou num vínculo conjugal. A questão do adultério passa sempre pelo terreno da insegurança, seja de si mesmo ou do outro. Também não podemos deixar de ressaltar que, em alguns casos, o problema está relacionado a uma disfunção de caráter, entretanto, não vou analisar nem uma ou outra questão; penso que em ambos os casos, há sempre a falta de sabedoria e orientação. O autor de Provérbios, nesse caso, convida aos homens ou mulheres a buscarem pela sabedoria; a tornarem-se íntimos do conhecimento, abrangendo, assim, a capacidade de discernimento, julgamento das situações e percepção do perigo. Com isso, o autor não está afirmando que os sábios não caem nesta tentação, entretanto, ele parece querer demonstrar no contexto de todo o livro que, a medida que nos apropriamos da sabedoria, somos instrumentalizados para ponderarmos melhor acerca das decisões que temos de tomar. É verdade que vamos continuar a tomar algumas decisões erradas, entretanto, com menos frequência. Dotados de sabedoria, teremos mais condições de decidir, por exemplo, sobre o tipo de pessoa que vamos escolher para passar a vida inteira ao nosso lado; vamos ter mais condições de balancear a razão e a emoção para que, assim, tenhamos condições de fazer uma melhor escolha. Mas, como eu já disse, pode ser que, mesmo dotados de sabedoria, tomemos algumas decisões erradas, porém, faremos isso correndo menos riscos do que aqueles que fogem da sabedoria e desdenham da razão. Por isso, não perca tempo, invista em tornar-se sábio, enriqueça seus conhecimentos, e, assim, prove de relacionamentos autênticos, duradouros, baseados na amizade, fidelidade e cumplicidade.
Com carinho e amizade,  
Pr. André Luís Pereira

terça-feira, 6 de novembro de 2012

"Até quando você vai ficar deitado, preguiçoso? Quando se levantará de seu sono? Tirando uma soneca, cochilando um pouco, cruzando um pouco os braços para descansar, e sua pobreza o surpreenderá como um assaltante, e a sua necessidade lhe sobrevirá como um homem armado" (Provérbios 6:9-11)


Eu já ouvi vários absurdos nesta vida, mas tem um que, ouvindo até hoje, eu não me conformo: "o trabalho é uma maldição por causa do pecado". Você já parou para imaginar como seria a vida sem trabalho? Com certeza os mais preguiçosos vão dizer que seria uma bênção, entretanto, isso não é verdade. O trabalho, desde o início de todas as coisas, segundo a Bíblia, é um exercício que nos confere dignidade. O homem foi criado por Deus para, através do trabalho, também, conferir sentido à sua vida. Na narrativa do Gênesis (Cap.2: 5; 15; 19), fica evidente que, na sua constituição, o homem é um trabalhador, ou seja, é alguém que executa atividades administrativas para que a vida siga o seu curso natural. Lavrar a terra, preparar o solo, enfim, cuidar do mundo, era a sua responsabilidade e, também, uma das razões da sua existência. O homem faz parte do ciclo da vida, sua participação neste ciclo é fundamental, visto que, dentre todos os animais, ele é o único que detém conhecimento. Portanto, não é por causa do pecado que trabalhamos, mas, o fazemos por causa de Deus, que nos dignifica através das atividades que desempenhamos, sejam elas remuneradas ou não. Além disso, o trabalho, também, é o nosso meio de sustento. Por isso, a Bíblia, especialmente neste capítulo de provérbios, chama à atenção dos preguiçosos; daqueles que vêm no trabalho um peso, uma tortura, um castigo. O autor de provérbios lembra-nos que o nosso sustento não cairá do céu, lembra-nos que temos de trabalhar pois, para aqueles que são preguiçosos, a única coisa que virá sem esforço será a pobreza. Hoje, no ambiente religioso, há uma grande tendência de se vender prosperidade. Com isso, as pessoas acabam que comprando preguiça e mais pobreza. Com isso eu não estou dizendo que Deus não possa abençoar uma pessoa com prosperidade. Ele pode sim, aliás, ele faz isso sempre. Entretanto, como ele é justo, tal prosperidade se manifesta numa parceria com aquele que quer alcançá-la, ou seja, através de muito trabalho. Esse negócio de que, com Deus, o dinheiro cai do céu, é pura balela. Com Deus, as coisas são simples: quem trabalha recebe pelo trabalho que desempenhou; quem não trabalha, porque é preguiçoso, passa fome. Parece uma palavra dura, entretanto, é assim que as coisas funcionam. Aqueles que não nasceram em berço de ouro, têm de transpirar muito mais se quiserem ter algum conforto nesta vida. Aqueles que nasceram numa família abastada, se quiserem manter o padrão de vida, têm, também, de trabalhar muito. Porém, como eu disse no início, o trabalho existe também para nos dignificar, para nos dar o prazer da conquista, da recompensa, e das realizações. O trabalho existe para que nos desenvolvamos intelectualmente, fisicamente, eticamente e relacionalmente. Aqueles que não gostam de trabalhar tem uma tarefa desafiadora pela frente: descobrir sua vocação profissional. Aqueles que estão desempenhando sua vocação através do exercício de sua profissão, com certeza, entendem seu trabalho como uma prática prazerosa. Por fazerem aquilo que gostam, beneficiam a si mesmos e aos outros. Para esses, a prosperidade, o prazer, as realizações e, até, a própria vida tem um sentido mais pleno. Para os preguiçosos, bom, esses, infelizmente, vão passar pela vida a lamentar, criando problemas para si, e envergonhando seus familiares. Portanto, mãos ao trabalho!
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

"Pois os lábios da mulher imoral destilam mel; sua voz é mais suave que o azeite, mas no final é amarga como o fel, afiada como uma espada de dois gumes. Os seus pés descem para a morte; os seus passos conduzem diretamente para a sepultura." (Provérbios 5:3-5)


Esta vida é cheia de tentações. Somos tentados o dia todo, o tempo todo. Cada um sabe exatamente aquilo que lhe seduz e sabe que, dependendo do momento, é quase que impossível não cair em tentação. Na oração do "Pai nosso" Jesus afirma que: "não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal". Creio que estas palavra de Jesus demonstram o reconhecimento que ele tinha sobre as fraquezas dos seres humanos e, por isso, ensina-os a pedir forças para Deus, pois, a maioria das tentações são maiores do que nós mesmos. No provérbio de hoje o autor fala sobre uma das grandes tentações, tanto para os homens como para as mulheres: a imoralidade. Ainda que o autor se refira ao gênero feminino, o provérbio também se aplica ao gênero masculino, pois, afinal de contas, há homens e mulheres imorais. Na visão do autor de Provérbios as relações imorais (adultério, prostituição, cobiça, lascívia, etc) são caminhos de morte. E quando o autor fala de morte, somos remetidos a pensar em três direcionamentos: 1) Morte Física: nos casos de adultério em que um dos cônjuges traídos descobre e, por falta de controle emocional, comete homicídio ou suicídio; 2) Morte Emocional: nos casos de traição quando o parceiro traído descobre e, assim, tal situação desenvolve diversos problemas emocionais. Em alguns casos aquele que traiu, quando cai em si, também, sofre demasiadamente ao perceber o mal que causou a si mesmo e ao outro; 3) Morte Moral: nos casos em que muitas pessoas são envolvidas (família e amigos) e, então, aquele que cedeu a tentação, sente-se envergonhado ao ponto de querer esconder-se de todos; ou, então, quando todos resolvem ignorar a presença daquele que errou. Enfim, seja qual for o caso, sempre há algum tipo de morte e, consequentemente, luto (no sentido de perda, sofrimento e dor). Por isso, nos versículos anteriores, o autor de Provérbios aconselha que as pessoas ouçam a sabedoria e busquem por ela, pois, somente aquelas pessoas sábias têm mais condições de evitar tais tentações. E têm mais condições porque a sabedoria dota aquele que a possui de discernimento e de valores preciosos à vida e aos relacionamentos. Sem sabedoria os seres humanos estão fadados ao fracasso e entregues as tentações que são próprias da existência. Quando falta sabedoria trocamos, com facilidade, aquilo que é permanente (relacionamentos: filiais, paternais, conjugais; valores, reputação, etc) por tudo o que é transitório. Creio que o provérbio de hoje convida-nos a avaliar para onde o caminho que estamos trilhando nos levará, entretanto, até para tal avaliação é necessário sabedoria, porque, senão, mesmo trilhando para a ruína da nossa vida vamos achar que estamos indo para o paraíso. Portanto, reflita, pois, nem tudo que é doce, bonito, e agradável, faz bem à nossa vida. Às vezes, o sabor, a beleza e a agradabilidade, com o passar do tempo, tornam-se intragáveis e, no final, aquilo que parecia saudável era, na verdade, um veneno. Seja sábio, reflita, avalie e, se necessário for, reconsidere e tome novas posturas.
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

"Pois o Senhor é quem dá sabedoria; de sua boca procedem o conhecimento e o discernimento" (Provérbios 2:6)


Vivemos numa geração que está conseguindo alçar vôos cada vez mais alto em relação ao conhecimento. Em nosso país a educação nunca esteve tão acessível quanto atualmente, ainda que, em algumas cidades do interior, tal realidade ainda não se aplique. Mas, apesar disso, temos de reconhecer que houve alguma melhora. A Bíblia, ainda que seja um livro religioso, demonstra em suas páginas um Deus sábio que tem interesse e prazer no desenvolvimento do ser humano. Aliás, dentre as muitas divindades conhecidas, o Deus da Bíblia é um dos únicos que quer que o homem madureça e torne-se autônomo. Na verdade, a Bíblia revela o Deus que dá sabedoria ao homem para que este se desenvolva. Acerca disso, o apóstolo Tiago diz o seguinte: "Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida" (Tiago 1:5). Muitas pessoas pedem muitas coisas a Deus, porém, num mundo cada vez mais capitalista, a sabedoria não faz parte das listas de pedidos. Entretanto, para aqueles que a pedem, diz a Bíblia, Deus a dá livremente, ou seja, Deus tem prazer em dar condições para que o homem torne-se sábio. Na leitura de Provérbios, você poderá perceber que, para o autor, a sabedoria é a verdadeira riqueza; somente ela é a fonte de prosperidade. Porém, ainda que Deus presenteie o homem com a sabedoria, esta não cai do céu como se fosse um download espiritual. Tal sabedoria nos é dada a medida que nos dispomos ao conhecimento, à dedicação aos estudos, e, também, a medida que nos abrimos às experiências da vida, que nos enriquecem vivencialmente. A sabedoria que Deus dá nos prepara para a vida; nos conduz ao enfrentamento das situações próprias da existência e, portanto, nos dignifica. Porém, cabe a cada um de nós decidir sob quais valores vamos edificar nossa vida.
Um abraçãozão a todos!
Pr. André Luís Pereira

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

"Estes são os provérbios de Salomão, filho de Davi, rei de Israel. Eles ajudarão a experimentar a sabedoria e a disciplina; a compreender as palavras que dão entendimento; a viver com disciplina e sensatez, fazendo o que é justo, direito e correto; ajudarão a dar prudência aos inexperientes e conhecimento e bom senso aos jovens." (Provérbios 1:1-4)



Esta é a introdução e objetivo do livro bíblico de Provérbios. Se você leu com atenção, percebeu a razão pela qual vale a pena investir tempo na leitura diária deste livro tão objetivo e prático. Na verdade, ao ler a Bíblia, você também vai perceber que os demais livros têm esse mesmo objetivo: oferecer sabedoria para vivermos melhor. Porém, eu reconheço que a correria do dia-a-dia prejudica a leitura de qualquer coisa, inclusive das reflexões que tenho escrito. Sei, também, que a leitura não faz parte da nossa cultura. Aliás, em nosso país, a única palavra que as pessoas se interessam é aquela que é pronunciada, e não escrita. Entretanto, a medida que nos afastamos da leitura empobrecemos a nossa fala, nosso vocabulário e, assim, tornando-nos imprudentes. A proposta do autor de Provérbios é compartilhar a si mesmo com seus leitores, por isso, ele fala da vida, das experiências próprias da existência. É verdade que ele não fala sobre todos os assuntos, afinal, suas palavras foram escritas há mais de 2.500 anos, porém, os conceitos ainda são muito atuais e podem nos ajudar a lidar com muitas situações cotidianas. Viver não é um exercício fácil, ainda mais quando não temos orientação. Atualmente, por conta de compromissos profissionais e pessoais, os pais quase não têm tempo de orientar seus filhos de maneira efetiva. Geralmente, grande parte da educação infantil fica por conta de terceiros: avós, babás e/ou escolinhas especializadas. Contudo, ainda que os terceiros sejam pessoas de boa índole, eles também não têm tempo para orientar a criança acerca de princípios importantes para a vida: honestidade, verdade, fidelidade, justiça, etc. Princípios que, na prática, são aprendidos pela criança através da identificação com seus pais, no ambiente familiar, ou seja, princípios que, para a criança, são aprendidos na convivência do lar, no relacionamento com, e entre, seus pais e irmãos. Entretanto, se a família não tiver um parâmetro, uma direção, uma fonte, tais princípios podem não ser demonstrados ou, então, ser deturpados, empobrecendo, assim, o desenvolvimento familiar. Por isso, independentemente da sua confissão, ou não, da fé cristã, quero convidá-lo a ler o livro de Provérbios, o qual tem 31 capítulos que podem ser lidos diariamente conforme o dia do mês. Tenho certeza de que, muito do que está escrito neste livro, ainda que escrito há muito tempo, em outro contexto e numa cultura bem diferente da nossa, pode nos ajudar muito na edificação da nossa própria vida e no amadurecimento da nossa família. Aproveite que hoje é o primeiro dia do mês e inicie essa caminhada diária de leitura, mas faça isso de coração aberto. Tenho certeza de que até o último dia do mês você estará, no mínimo, mais sábio.
Um abraçãozão pra você!
Pr. André Luís Pereira