sexta-feira, 22 de março de 2013

"A boa reputação vale mais que grandes riquezas; desfrutar de boa estima vale mais que prata e ouro" (Provérbios 22:1)


Você há deve ter ouvido alguém dizendo: "Não me interessa o que vão pensar de mim". Num primeiro momento esta frase parece expressar a liberdade emocional de quem a disse, porém, nem sempre tal frase implica realmente em liberdade. Essa frase, geralmente, é usada como filosofia de vida por pessoas que desconsideram totalmente os outros. Pessoas que não se importam com o  sofrimento que podem causar por conta de suas palavras e atitudes impensadas. No Evangelho, a boa reputação, ou seja, a impressão que os outros têm de nós é algo importantíssimo. Porém, tal reputação, assim como as riquezas, deve ser conquistada, ou seja, a reputação é um presente que recebemos das pessoas à medida que nós as conquistamos através dos relacionamentos. Uma boa reputação não se constrói do dia para a noite, é necessário tempo, sabedoria e sensibilidade. Para algumas pessoas a reputação é um valor desnecessário, porém, segundo a Palavra de Deus, é um valor superior aos valores desta terra. Como é bom ser amado pelas pessoas! O autor de Provérbios diz que desfrutar de boa estima é algo riquíssimo para o homem. E quem não gosta de ser amado, considerado e valorizado por todos? Vivemos num tempo de valores invertidos, ou seja, as pessoas dão mais valor ao "ter" do que ao "ser". É nítido em nossa sociedade a disputa entre as classes sociais. Aliás, as disputas acontecem, infelizmente, até entre os membros de uma mesma família. Um sempre quer fazer a viagem melhor que a do outro; um sempre que ter roupas, sapatos, carros, bolsas, casas, decoração, melhor que o do outro. Essa ditadura capitalista está engolindo nossos valores. Em contrapartida, encontramos a Palavra de Deus nos orientando à busca daquilo que realmente faz sentido: a amizade, o companheirismo, a simplicidade, a agradabilidade, ou seja, valores que compõem a nossa reputação para nós mesmos e para as pessoas que nos cercam. Porém, acredito eu, que como a reputação e seus valores implícitos nos conduzem à humildade e ao desapego material, infelizmente, muitas pessoas irão continuar a desprezá-la por um bom tempo ainda. Já conheci gente muito pobre que morreu abandonada porque nunca se abriu para o outro, apenas gerou intrigas e criou problemas para as pessoas que a cercavam; já conheci pessoas muito abastadas que, também, morreram abandonas por familiares e amigos; contudo, nunca vi uma pessoa querida, amada, enfim, de boa reputação, ser abandonada em qualquer situação que tivesse vivido. Portanto, que tal assumirmos o compromisso conosco mesmo de deixar aos nossos filhos uma herança realmente significativa, ou seja, nossos valores éticos, relacionais e espirituais: nossa boa reputação. Se nós tivermos esse tesouro em nós; se ele for algo reconhecido pelas pessoas; então, poderemos ficar tranquilos pois, ainda que não tenhamos um centavo para dar aos nossos filhos, eles já receberão de nós um tesouro que os tornarão capazes de viver bem nesta terra, independentemente da condição financeira.
Pense nisso!
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira

quarta-feira, 20 de março de 2013

"É uma honra dar fim a contendas, mas todos os insensatos envolvem-se nelas" (Provérbios 20:3)


Você já percebeu o quanto muitas pessoas têm prazer em ver e promover contendas, discórdias e inimizades? Há pessoas que enquanto não vêem o "circo pegar fogo", não ficam sossegadas. E, por incrível que pareça, pessoas assim, em muitas situações, são vistas como gente honesta. Sim, são vistas como honestas porque elas geralmente usam o seguinte jargão: "eu gosto de tudo preto no branco, tudo transparente", porém, esse jargão esconde muitas más intenções e grande insensatez. Na verdade, a grande "sacada" na vida é, justamente, viver e promover o contrário, ou seja, ao invés de contendas, promover reconciliação e cultivar bons relacionamentos. Afinal, quem é que, em sã consciência, gosta de estar ao lado de pessoas que estão sempre metidas em encrencas? Só os tolos mesmo. Porque os sábios sempre querem estar ao lado de quem agrega aquilo que é bom e não daqueles que só atraem para si (e para os outros) discórdias. Como é bom conviver com pessoas que, a despeito do comportamento do outro, é pacífico e, mais do isso, promove a paz nos ambientes aonde está inserido. Pessoas assim são dignas de confiança e admiração. Nós já vivemos num mundo tenso por conta da correria em que vivemos, assim, ter de conviver nesta frenesia rodeado de conflitos implica em adoecer emocional e fisicamente. Por isso, por uma questão de cuidado próprio, por uma questão de saúde relacional, temos de tentar, naquilo que depender de nós, viver em paz com todos. Honradas são as pessoas que, enfrentando as lutas que todo mundo enfrenta: saúde, finanças, relacionamento conjugal, tensão profissional, etc - conseguem pensar e exercitar a paz; conseguem evitar e, quando possível, colocar fim em contendas pessoais. Como é difícil ter de encarar um ambiente onde não podemos nos expressar; onde temos de tomar cuidado com palavras e atitudes. Ambientes assim são hostis demais, ao ponto de adoecer aqueles que nele convivem. Portanto, seguindo a orientação do apóstolo Paulo que diz: "no que depender de vocês, tenham paz com todos", vamos ser portadores de mensagens e atitudes de reconciliação e paz. No que depender de nós façamos aquilo que é sensato. Eu sempre digo para os líderes da minha comunidade: "se uma informação desnecessária chegar até você, não repasse, seja o ponto final". Muitas das contentas que enfraquecem e, em alguns casos, destroem grupos sociais são provenientes de comentários inconvenientes e fofocas, porém, se cada pessoa optasse pela sabedoria, então, cada uma seria o ponto final de palavras e frases que são ditas sem reflexão e só visam o mal das pessoas. Seja sábio, ponha fim às contendas. Com certeza você será muito beneficiado.
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira

terça-feira, 19 de março de 2013

"É a insensatez do homem que arruína a sua vida, mas o seu coração, mas o seu coração se ira contra o Senhor" (Provérbios 19:3)


Esse provérbio é uma prática recorrente de muitas pessoas, até mesmo de muitos religiosos. Quem de nós, por mais religioso que seja, nunca colocou, ainda que inconscientemente, a responsabilidade de alguma decisão mal tomada sob as costas de Deus? Seja a má consequência de uma má decisão; seja o desenvolvimento de uma enfermidade; seja uma crise financeira; enfim, seja lá o que for que, num determinado momento, quando não achamos um culpado, então direcionamos a responsabilidade ao Senhor. Quando eu era criança meus pais sempre me diziam: "não faça isso porque Deus castiga", aí, quando eu os desobedecia e as consequências da minha desobediência recaíam sobre mim, logo eu creditava tal consequência a Deus que, segundo meus pais, havia me castigado. Agora que sou adulto, percebo que muitos religiosos ainda acreditam nessa conversa de castigo de Deus. Sim, acreditam porque me parece que é muito mais fácil dizer que Deus castigou, do que assumir a própria imprudência. Há três problemas nesse tipo de atitude: ético, teológico e relacional. O primeiro - ético - diz respeito ao nosso caráter visto que procurar culpados para assumirem nossa insensatez é, no mínimo, a demonstração de uma disfunção de caráter e, portanto, uma quebra da ética. Há pessoas que tomam decisões por impulso, sem qualquer reflexão; outras, porque não tiveram bons referenciais éticos, até refletem, porém, sob padrões distorcidos; e outras, ainda, por serem egoístas demais, agem apenas em função de si próprias, sem qualquer consideração com o outro ou pelas consequências das atitudes que tomam. Geralmente, pessoas assim, sempre buscam um culpado, e quando não o encontram, lançam sobre Deus. O segundo - teológico - diz respeito à falta de conhecimento bíblico, visto que não compreendem nada sobre as implicações da encarnação e morte de Jesus, então, creditam a Ele o comportamento dos deuses pagãos que, quando não são agradados, castigam seus fiéis. Não! Jesus não é um Deus mimado e infantil que fica esperando que seus súditos o agradem o tempo todo, conferindo-lhes castigos quando isso não acontece. A encarnação e a cruz versam a respeito de um Deus que não se surpreende com nossas atitudes insensatas e nem com os nossos pecados, ao contrário, justamente por saber que somos assim, resolveu se encarnar e assumir para si as punições que eram nossas. Diferentemente de nós, ele assume as consequências dos seus atos, e o faz motivado pelo amor. O terceiro - relacional - diz respeito ao resultado do somatório entre os outros dois problemas - ético+teológico - pois ambos afetam diretamente nossa relação com Deus e com as pessoas. Sim, aquele que não é ético sempre buscará um culpado para o seu próprio sofrimento; aquele que não entende a Palavra de Deus, sempre sobrecarregará a Deus como culpado dos seus sofrimentos; ambos, dificilmente, vão amadurecer ao ponto de ter condições de enfrentarem a vida com verdade e coragem. Infelizmente, vão se esconder através da covardia, apontando um culpado e se fazendo de vítimas do mundo. Essas pessoas sempre vão ter problemas relacionais. Não vão conseguir aprofundar os vínculos relacionais, ou seja, não terão amigos, criarão diversos conflitos nos meios aos quais têm de transitar: escola, trabalho, clube, etc. Viverão com a certeza de que são vítimas de perseguição e punição, porém, nunca, em momento algum, vão fazer uma avaliação pessoal honesta ao ponto de reconhecerem sua insensatez. Vão arruinar o próprio presente e futuro, mas, farão isso com a certeza de que a culpa é do outro. Quando não tiverem condições de culpar o outro, para não de se encarar no espelho da realidade, irão culpar a Deus. É triste, mas neste pouco tempo de pastorado e aconselhamento, é isso que tenho percebido em muitas pessoas.
Bom dia a todos!
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira

terça-feira, 12 de março de 2013

"A mulher exemplar é a coroa do seu marido, mas a de comportamento vergonhoso é como câncer em seus ossos" (Provérbios 12:4)


Creio que o provérbio de hoje se aplica também ao Marido, ou seja, "o marido exemplar é a coroa da sua esposa, mas o de comportamento vergonhoso é como câncer em seus ossos". Ser exemplar não implica em ser perfeito; ser exemplar significa honrar através das atitudes e palavras. Como é ruim estar ao lado de alguém, seja essa pessoa quem for, que nos envergonha. Já é difícil ter de lidar com pessoas mal educadas, imagine ter de lidar com alguém que, sendo nosso(a) companheiro(a) de caminhada, nos envergonha diante dos outros. O relacionamento entre o homem e uma mulher foi instituído por Deus para que os seres humanos experimentassem a graça da complementaridade. Num relacionamento, pelo menos segundo aquilo que Deus pensou para o homem, um vive para tornar o outro feliz e, assim, através da felicidade e satisfação do outro, nós também sejamos felizes. Porém, com o passar dos anos e com o surgimento de uma sociedade cada vez mais hedonista (que pensa apenas em si próprio), as pessoas passaram a buscar a felicidade para si mesmas, independentemente, do custo que isso cause às outras pessoas, inclusive e até, ao cônjuge. Porém, a grande decepção daqueles que têm aderido a esta filosofia social está no fato de que, mesmo vivendo intensamente na busca da felicidade própria, eles não conseguem a encontrar ou, então, não conseguem-na manter em si mesmos. Por conta disso, trocam de relacionamentos com a mesma facilidade que trocam de roupa, tentando, assim, encontrar algo que as façam sentir felizes, porém, só encontram decepção, frustração e solidão. As músicas populares da parada de sucesso das rádios, demonstram muito claramente esses relacionamentos descartáveis. Ultimamente, as canções versam sobre temática do momento, ou seja, a pessoa como objeto. O outro deixou de ser aquela pessoa com a qual eu me relaciono, para se tornar aquela pessoa a qual eu consumo e, por isso, à medida que se é consumido ao ponto de não oferecer mais nada, então, descarta-se, como se um ser humano fosse tal como papel ou plástico aos quais deixamos jogados para a reciclagem. Entretanto, na contramão de tudo isso, o Evangelho nos convida à ética, à saúde relacional, à moral, ao caráter. O Evangelho nos convida ao compromisso, à parceria, à cumplicidade e à conferir valor ao ser humano, inclusive e principalmente, àqueles que estão ao nosso lado. Portanto, à medida que nos aproximamos do Evangelho, à medida que nos relacionamos mais intimamente com Deus, a consequência natural, à partir da prática da fé, também nos aproximamos do cônjuge, dos filhos, dos pais, dos irmãos, enfim, nos aproximamos de nossa família. Aqueles que se sujeitam à vida segundo o Evangelho, não têm outra atitude senão honrar, amar, doar-se, perdoar, e assumir uma parceira vitalícia com aqueles aos quais ama, ou seja, seu cônjuge e/ou sua família. Esses, quando "encarnam" o Evangelho, tornam-se pessoas exemplares e, consequentemente, coroam a vida de todos aqueles que estão ao seu redor.
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira

segunda-feira, 11 de março de 2013

"Quem muito fala trai a confidência, mas quem merece confiança guarda o segredo" (Provérbios 11:13)


Essa temática de se "falar demais" é bem repetitiva no livro de Provérbios. Todas as vezes que ela é usada sempre há um conselho para que evitemos colocar nossa confiança em quem fala muito. E isso é uma verdade. Você possivelmente conheça alguém que fala demais; gente que não sabe guardar segredos ou qualquer coisa que lhe for dita em caráter particular. Penso que o provérbio de hoje nos alerta sobre dois tipos de pessoas: 1) As que falam demais; e 2) As que confiam em quem fala demais. No primeiro caso, penso que o provérbio nos convida à reflexão pessoal acerca da maneira como nos comportamos ante aquilo que nos é confidenciado. Muitas pessoas quando vêm desabafar algo para nós, geralmente, nem querem saber nossa opinião, estão apenas em busca de expôr aquilo que está, de alguma forma, sufocando-as. Quando optamos por, sem autorização da pessoa, compartilhar o desabafo com outro, então, tornamo-nos traidores e, portanto, colocamos nosso caráter em jogo. Há, ainda, aquelas pessoas que, por saberem que nós temos uma grande facilidade de expor todas as notícias que nos chegam, se aproximam de nós com o objetivo de nos usar como porta recados, muitas vezes envolvendo-nos em grandes conflitos e situações constrangedoras. Mas, esse é o preço que geralmente temos de pagar quando não somos sensatos no cuidado com as informações que recebemos. No segundo caso, o das pessoas que confiam em quem fala demais, esse provérbio nos alerta sobre a grande possibilidade de conflitos aos quais nos submetemos todas as vezes que compartilhamos algo com alguém que não tem as mínimas condições de participar da vida, problemas e dos segredos de quem quer que seja. Eu sei que quando reconhecemos pessoas assim, somos tentados a usá-las para enviar nossos recados à outras pessoas com as quais já não nos relacionamos mais ou, então, para pessoas que não temos coragem de dizer algo frente a frente. Porém, em ambas as situações corremos sempre os riscos das grandes confusões. Confiar em quem não é digno de confiança é um problema muito sério; usar uma pessoa para dar um recado porque não temos coragem de o fazer, é algo desonesto. Penso que a única saída é sermos mais sensatos quanto as nossas amizades. Nossa vida, nossa história, ou seja, tudo aquilo que somos, com todos os sentimentos, desejos e fraquezas, não pode ser exposta para qualquer pessoa, nem mesmo quando estamos tomados pela raiva e, assim, deixando nossas emoções expostas na vitrine de nossos comportamentos. Nossas particularidades devem ser compartilhadas a alguém honesto, íntegro, verdadeiro, cúmplice (que também se exponha a nós), discreto, enfim, alguém que tenha condições de nos orientar e não tornar público aquilo que é privado e pessoal. Portanto, se você é daquele tipo de pessoa que se expõem facilmente a qualquer um, tome muito cuidado, pois, neste mundo competitivo, você pode, sem perceber, estar "cavando sua própria sepultura", ou, então, preparando suas próprias decepções e frustrações acerca das pessoas. Pense nisso.
Boa semana a todos.
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira

sexta-feira, 8 de março de 2013

"Prefiram a minha instrução à prata, e o conhecimento ao ouro puro, pois a sabedoria é mais preciosa do que rubis; nada do que vocês possam desejar compara-se a ela" (Provérbios 8:10-11)


O provérbio de hoje aponta para a questão do valor. O autor de Provérbios, um dos homens mais sábios da Bíblia e também um dos mais ricos de toda a narrativa bíblica, fala acerca deste assunto com muita propriedade. Um homem cercado de bens móveis e imóveis, exalta como maior patrimônio a sabedoria. Creio que se formos muito sinceros conosco mesmo, também vamos  concordar com o autor. Sim, porque, qual o valor de grandes riquezas se não a soubermos administrá-las? Lembro-me de um programa jornalístico que fez uma matéria especial com pessoas que ganharam muito dinheiro nos jogos de loteria, entretanto, por má administração perderam tudo e voltaram à pobreza. Tudo isso por que? Por falta de sabedoria somada à falta de valores. Conheço pessoas que correram boa parte de suas vida atrás de riqueza, ostentação e status, porém, tais coisas, quando alcançadas, não pagaram o preço do esforço em tê-las. Essas pessoas tinham como valor na vida coisas que se desvalorizavam à medida que iam sendo conquistadas; coisas que não lhes saciavam enquanto às possuíam. Entretanto, o sábio Salomão, aponta para um valor, a sabedoria, que à medida que o homem vai adquirindo-a, outros novos valores vão sendo agregados à sua vida, ao seu caráter, e, assim, ele vai sendo conduzido sabiamente àquilo que realmente faz sentido nessa vida. Alguns, em obtendo sabedoria, tornam-se prósperos; outros, desenvolvem a capacidade de entender a felicidade com aquilo que têm; outros são encorajados a lutar por aquilo que sonham, porém, sem atropelarem o que é lhes é essencial nesta vida; enfim, a sabedoria é fundamental na vida de um homem que deseja qualquer coisa: riqueza, felicidade, fé, saúde, etc. É ela, quando absorvida como valor, quem vai nos ajudar em todas as áreas da nossa vida. Portanto, busque por ela, pois, quem busca a encontra. A Bíblia diz o seguinte sobre essa busca: "Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida. Peça-a, porém, com fé, sem duvidar, pois aquele que duvida é semelhante a onda do mar, lavada e agitada pelo vento" (Tiago 1:5-6).
Nós pedimos tantas coisas a Deus, todos os dias, que tal começarmos a pedir por sabedoria? Que tal reavaliarmos os nossos valores e investirmos naquilo que realmente nos capacitará àquilo que tanto corremos atrás? Pense nisso!
Desejo, de coração, que todos tenham um excelente dia.
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira

quinta-feira, 7 de março de 2013

"Da janela da minha casa olhei através da grade e vi entre os inexperientes, no meio dos jovens, um rapaz sem juízo..." (Provérbios 7:6-7)


Esses versículos estão inseridos num contexto de sedução. Essa frase é de uma mulher que, quando seu marido sai pra viajar a trabalho, vai a procura de outros homens e os leva para sua casa. Nesse momento do texto ela encontra a pessoa perfeita para seduzir, ou seja, um rapaz sem juízo. Quando uma pessoa não tem bom senso; quando seus valores não foram bem formados; quando seu caráter é distorcido; esta pessoa se torna uma presa fácil para qualquer tipo de armadilha. Pessoas assim, que não tem juízo, parecem ter um ímã natural que atrai todo tipo de problema pra si próprio. Estão sempre envolvidas em relacionamentos complicados; estão sempre envolvidas com dívidas; estão sempre envolvidas com mentiras; enfim, vivem uma vida inteira de conflitos. Por outro lado, há muita gente de má índole que se aproveita de pessoas que não têm bom senso que, segundo o texto, não têm juízo. Pelo fato de não terem critérios para perceber as más intenções dos outros, essas pessoas são alvos fáceis para aqueles que estão em busca de um "bode expiatório". A falta de sabedoria e maturidade faz com que criemos e/ou caiamos em muitas ciladas. É por isso que, ao final deste capítulo de Provérbios, o autor aconselha-nos a ouvir as suas palavras; à levarmos em consideração o que diz a sabedoria. Sua finalidade é ajudar-nos a desenvolver o bom senso, a sensibilidade, e o senso de justiça para que, assim, tenhamos condições de avaliar as situações desta vida. Há pessoas que se sentem vitimadas pelo mundo, pelas pessoas, por Deus. Elas sempre têm certeza de que são apenas vítimas das enrascadas em que entram, porém, dificilmente aceitam que cada situação complicada na qual se envolveram, na verdade, é responsabilidade delas mesmas. Faltou-lhes sabedoria; faltou-lhes bom senso e discernimento. Esse jovem do texto de provérbios, por não ter juízo, foi um alvo e uma vítima fácil. E quantas vezes nós, por não buscarmos a sabedoria, também somos alvos fáceis daqueles que têm prazer em prejudicar as pessoas? Quantas vezes nós, por sermos ingênuos demais, confiamos nas pessoas erradas; fazemos negócios com as pessoas desonestas? Se fizermos uma análise bem justa acerca dessas situações, possivelmente, vamos chegar à conclusão de que fomos vítimas de nós mesmos, pois se fôssemos mais sábios, não teríamos entrado nesses "barcos furados". Portanto, permitamo-nos às lições que a vida já nos ensinou; estejamos de coração e mente abertos para absorvemos a sabedoria proveniente das decepções que tivemos; deixemos de lado o preconceito religioso e busquemos, através da leitura do livro de  Provérbios, a sabedoria e as orientações da Palavra de Deus. Tenho certeza de que essa atitude sábia vai nos conduzir por um caminho mais seguro, menos ingênuo e menos perigoso. Pense nisso!
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira

quarta-feira, 6 de março de 2013

"Até quando você vai ficar deitado, preguiçoso? Quando se levantará de seu sono? Tirando uma soneca, cochilando um pouco, cruzando um pouco os braços para descansar, e sua pobreza o surpreenderá como um assaltante, e a sua necessidade lhe sobrevirá como um homem armado" (Provérbios 6:9-11)


Eu já ouvi vários absurdos nesta vida, mas tem um que, ouvindo até hoje, eu não me conformo: "o trabalho é uma maldição por causa do pecado". Você já parou para imaginar como seria a vida sem trabalho? Com certeza os mais preguiçosos vão dizer que seria uma bênção, entretanto, isso não é verdade. O trabalho, desde o início de todas as coisas, segundo a Bíblia, é um exercício que nos confere dignidade. O homem foi criado por Deus para, através do trabalho, também, conferir sentido à sua vida. Na narrativa do Gênesis (Cap.2: 5; 15; 19), fica evidente que, na sua constituição, o homem é um trabalhador, ou seja, é alguém que executa atividades administrativas para que a vida siga o seu curso natural. Lavrar a terra, preparar o solo, enfim, cuidar do mundo, era a sua responsabilidade e, também, uma das razões da sua existência. O homem faz parte do ciclo da vida, sua participação neste ciclo é fundamental, visto que, dentre todos os animais, ele é o único que detém conhecimento. Portanto, não é por causa do pecado que trabalhamos, mas, o fazemos por causa de Deus, que nos dignifica através das atividades que desempenhamos, sejam elas remuneradas ou não. Além disso, o trabalho, também, é o nosso meio de sustento. Por isso, a Bíblia, especialmente neste capítulo de provérbios, chama à atenção dos preguiçosos; daqueles que vêm no trabalho um peso, uma tortura, um castigo. O autor de provérbios lembra-nos que o nosso sustento não cairá do céu, lembra-nos que temos de trabalhar pois, para aqueles que são preguiçosos, a única coisa que virá sem esforço será a pobreza. Hoje, no ambiente religioso, há uma grande tendência de se vender prosperidade. Com isso, as pessoas acabam que comprando preguiça e mais pobreza. Com isso eu não estou dizendo que Deus não possa abençoar uma pessoa com prosperidade. Ele pode sim, aliás, ele faz isso sempre. Entretanto, como ele é justo, tal prosperidade se manifesta numa parceria com aquele que quer alcançá-la, ou seja, através de muito trabalho. Esse negócio de que, com Deus, o dinheiro cai do céu, é pura balela. Com Deus, as coisas são simples: quem trabalha recebe pelo trabalho que desempenhou; quem não trabalha, porque é preguiçoso, passa fome. Parece uma palavra dura, entretanto, é assim que as coisas funcionam. Aqueles que não nasceram em berço de ouro, têm de transpirar muito mais se quiserem ter algum conforto nesta vida. Aqueles que nasceram numa família abastada, se quiserem manter o padrão de vida, têm, também, de trabalhar muito. Porém, como eu disse no início, o trabalho existe também para nos dignificar, para nos dar o prazer da conquista, da recompensa, e das realizações. O trabalho existe para que nos desenvolvamos intelectualmente, fisicamente, eticamente e relacionalmente. Aqueles que não gostam de trabalhar tem uma tarefa desafiadora pela frente: descobrir sua vocação profissional. Aqueles que estão desempenhando sua vocação através do exercício de sua profissão, com certeza, entendem seu trabalho como uma prática prazerosa. Por fazerem aquilo que gostam, beneficiam a si mesmos e aos outros. Para esses, a prosperidade, o prazer, as realizações e, até, a própria vida tem um sentido mais pleno. Para os preguiçosos, bom, esses, infelizmente, vão passar pela vida a lamentar, criando problemas para si, e envergonhando seus familiares. Portanto, mãos ao trabalho!
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira

terça-feira, 5 de março de 2013

"Ela nem percebe que anda por caminhos tortuosos, e não enxerga a vereda da vida" (Provérbios 5:6)


O capítulo 5 do livro de Provérbios contém advertências acerca do Adultério. Nesse versículo o autor afirma que uma mulher/homem imoral comete imoralidades mas nem percebe ou nem considera seus atos como algo errado. Penso que essa situação é muito própria dos seres humanos, principalmente, para aqueles que não tem parâmetros éticos que regulem o seu comportamento e filosofia de vida. Pessoas assim, geralmente, cometem muitos equívocos, porém, por serem destituídos de padrões éticos, não têm qualquer crise de consciência acerca dos males que praticam contra si mesmos e contra as outras pessoas. Há também um outro grupo de pessoas que assumiu aquilo que chamamos de relativismo ético, ou seja, para esse grupo  o comportamento, as opiniões e decisões, correspondem a ética à medida da conveniência pessoal. Assim, age-se eticamente enquanto os interesses pessoais estão sendo atendidos, porém, basta que haja qualquer sinal de prejuízo, então, prioriza-se o lucro. Mas, quando este tipo de situação acontece com o outro, então, esses relativistas são prontos em acusar e difamar os que, também, "pisam na bola". É claro que sabemos que nesta vida não dá pra levar tudo a ferro e fogo, porém, temos, no mínimo, de ser coerentes com aquilo que defendemos e absorvemos como valores, lembrando-nos que as outras pessoas são livres para tomarem as decisões que quiserem em suas vidas. O provérbio de hoje nos convida a refletir sobre a maneira como temos lidado com os valores que tanto defendemos e a maneira coerente, ou não, que lidamos com eles. Segundo o autor de Provérbios nos alerta, há, sim, uma grande possibilidade de acostumarmos tanto com os nossos maus comportamentos que já nem mais os consideramos maus ou errados, tudo depende apenas do crivo da nossa conveniência e, às vezes, necessidade. Acostumarmo-nos com esse tipo de situação implica em desviarmo-nos do caminho da vida, do caminho da ética, do caminho de Deus e, portanto, trilharmos por outras estradas e atalhos que poderão - a curto ou longo prazo - nos levar a abismos acerca dos quais corremos o risco de cair e nunca mais conseguirmos voltar. Pense sobre qual é o fim do caminho que você está trilhando. Reflita acerca dos valores que você está alicerçando seu comportamento e filosofia de vida. Considere tudo isso e se houver necessidade de fazer ajustes, faça enquanto ainda é tempo.
Bom dia a todos!
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira

segunda-feira, 4 de março de 2013

"Veja bem por onde anda, e os seus passos serão seguros" (Provérbios 4:26)


Vivemos num tempo de muitas direções e oportunidades. Para todo lado que olhamos, temos opções de caminhos diferentes. Entretanto, todos os caminhos se resumem em apenas duas direções: o bem ou o mal. E quando digo bem e mal, não estou falando de forças malignas que conspiram contra os seres humanos mortais, arrastando-os para a prática da maldade, sem que tenham qualquer escolha. Pelo contrário, ao falar sobre o bem e o mal, estou falando daquelas escolhas que fazemos diariamente, conscientes das consequências delas. Atualmente, por conta dessa filosofia "fast-food" de vida, ou seja, imediatista, as pessoas têm optado por atalhos que, quase sempre, não são os melhores caminhos. Porém, a pressa em se alcançar seus objetivos pessoais, profissionais e relacionais, acaba que impedindo a reflexão que, necessariamente, deveria anteceder toda e qualquer decisão. E, na vida, atalhos são como aquelas estradas de terra que muitas vezes pegamos para não pagarmos os pedágios das rodovias, ou seja, tais estradas até nos levam ao destino pretendido, entretanto, a qualidade da viagem e os riscos que submetemos o carro, geralmente, não valem à pena. Mas, ainda pensando nessa analogia, quem quer pagar pedágios, não é mesmo? Assim, também, as pessoas pensam em relação à vida. Nem todos querem pagar o preço da ética, honestidade, paciência, etc. A maioria, por ser tão imediatista, prefere pagar o preço mais alto dos atalhos, por vezes, desonestos, reducionistas, sem qualquer ética, amorais e imorais. Basta que o liguemos nossa televisão e vamos ver nos noticiários os escândalos daqueles que optaram pelo atalho do enriquecimento ilícito, denominado mensalão. É verdade que cada um daqueles homens ficaram mais ricos, numa velocidade muito maior do que um trabalhador honesto possa enriquecer, entretanto, será que tal riqueza pode amenizar a vergonha que os pais, os filhos, os cônjuges, estão passando? Será que tais atalhos na vida compensam o preço que as suas consequências vão cobrar daqueles que os utilizam? Os mensaleiros pegaram um atalho que, além de sujar seus nomes, expuseram seus familiares, e suas atitudes ficarão registrados na história do nosso país. E  tudo isso por quê? Por causa de alguns milhões de reais que, neste momento, não podem comprar sua honra (ainda que talvez compre a sua liberdade física, porém, não emocional e moral), não podem excluir-lhes a vergonha, não podem impedir a desconstrução emocional que, com certeza, deve estar afetando seus familiares. Como eu disse: os atalhos são muitos, mas todos eles tendem a nos levar para duas vidas: o bem e o mal. Na verdade, o caminho do bem não tem atalhos porque, afinal, é um caminho sinalizado pela honestidade, verdade, ética, moral; é o caminho que só pode ser trilhado por aqueles que são sábios, que sabem discernir a si mesmos; que sabem discernir as propostas daqueles que estão nos atalhos da maldade. O conselho do autor de provérbios é para que saibamos decidir pelo caminho correto, o caminho do bem, e, assim, mesmo que o caminho seja longo, será seguro, terá um destino certo: a consciência tranquila e uma caminhada na qual não teremos nada do que nos envergonhar.
Boa caminhada a todos!!!
Com carinho e amizade, 
Pr. André Luís Pereira

sexta-feira, 1 de março de 2013

Meu filho, se os maus tentarem seduzí-lo, não ceda! (Provérbios 1:10)


Este conselho de Salomão parece ser muito fácil de atender, afinal, nenhum de nós, pelo menos conscientemente, quer fazer aquilo que é mau ou andar com pessoas de má índole. Entretanto, mesmo não querendo, há ambientes que nos obrigam a conviver com os mais variados tipos de pessoas, inclusive os mau intencionados, por exemplo: escola, faculdade, trabalho, grupo social, igreja, etc. Estando à mercê dessas pessoas, às vezes, quando a situação a qual estamos vivendo parece nos prejudicar de alguma maneira, somos tentados a dar ouvidos àquelas pessoas que a única coisa que sabem fazer nesta vida é vingar-se, ofender os outros, gerar intrigas. Geralmente, pessoas que têm uma certa tendência à maldade sabem influenciar e manipular os outros. Sim, porque eu e você sabemos que quando somos prejudicados, justa ou injustamente, os nossos valores éticos e morais se enfraquecem diante do nosso orgulho ferido. Sendo assim, nos tornamos facilmente influenciáveis por qualquer pessoa que alimente o nosso orgulho ao ponto de tomarmos atitudes que não tomaríamos quando estamos bem. Portanto, é necessário que estejamos atentos nesses momentos de instabilidade emocional, pois, o orgulho quando ferido, pode fazer com que esse conselho tão simples de Salomão seja difícil de ser praticado. E nós sabemos o quanto é difícil construir um caráter ético; o quanto leva tempo para consolidar a nossa imagem nesse mundo; entretanto, num momento de fragilidade emocional, podemos colocar tudo a perder, se cedermos às conversas de pessoas levianas que fazem parte dos nossos círculos relacionais. Portanto, fiquemos atentos a nós mesmos e às pessoas que nos cercam. Sabedoria a todos!!!
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira