quarta-feira, 31 de julho de 2013

"Erga a voz em favor dos que não podem defender-se, seja o defensor de todos os desamparados" (Provérbios 31:8)

Este provérbio é o conselho de uma mãe ao seu filho que é um rei, o Rei Lemuel. Esta mãe lembra ao seu filho acerca de uma das finalidades de um governo baseado na justiça: zelar pelos indefesos e desamparados. Ultimamente, por conta de interesses políticos e pessoais, os governos fazem dos desamparados um trampolim para o poder. Quando chegam aonde queriam, mantém o vínculo de dependência dos menos favorecidos e, assim, através do populismo, se estabelecem no poder. Porém, se fizermos uma análise geral do livro de Provérbios, veremos que a instrução desta mãe não está relacionada ao populismo, mas, sua instrução está relacionada a conferência da dignidade àqueles que não a tem. No livro de Provérbios, segundo a instrução do sábio, todo governo deve se estabelecer pelo exercício da justiça, da ética, do temor a Deus, e do amor ao próximo. Creio que pensar desta maneira pareça utópico, visto que esses valores estão cada vez mais distantes da maioria das mentes que se envolvem com o cenário político. A máxima: "o governo provém do povo e é para o povo", infelizmente, está longe de ser uma verdade. Até porque, muitos dos que exercem cargos públicos, nem sabem qual é a sua função. Numa reunião com centenas de funcionários públicos, um determinado prefeito pediu que levantassem uma das mãos aqueles que tinham feito curso de "gestão pública", para sua surpresa, das centenas de pessoas que estavam no auditório, menos de uma dezena se manifestou, demonstrando, assim, o despreparo e a incapacidade de o governo ter condições de defender os desamparados que, em nosso país, representam uma boa parcela da população. Imagine você que, mesmo sendo expressão democrática, há muitos políticos, ditos representantes do povo, que não têm as mínimas condições de interpretar um texto ou dirigir uma possível sindicância interna dos órgãos públicos. Se é democrático qualquer cidadão poder assumir um cargo público, também é democrático que tal pessoa tenha, no mínimo, condições de servir ao povo, muito mais do que a si mesmo. Mas, particularmente, penso que o problema de boa parte da classe política nacional esqueceu-se da sua razão de ser: representar e, portanto, cuidar dos interesses do povo. A mãe do rei Lemuel lembra-o acerca disso. Lembra-o de que a vida, quando revestida de poder, tem como finalidade canalizar a influência provinda do poder em função daqueles que estão à margem de qualquer tipo de influência. Talvez a exortação desta mãe tinha duas motivações: a) a sua maternidade, que a fazia empática às demais pessoas, especialmente os desamparados; b) os governos anteriores, próprios de Israel, que ora serviam a nação, ora a exploravam. Assim, ainda que esse conselho seja direcionado a um rei, creio que seja imprescindível que aqueles que são pais e mães, aconselhem e orientem seus filhos a não serem meros servos de si mesmos, mas que, ao longo da vida, em suas profissões e meios relacionais, se importem com aqueles que, por diversas questões, não tiveram o mesmo amparo, amor, educação. Um governo justo, primeiramente, nasce de um povo justo. 
Com carinho e amizade, 
Pr. André Luís Pereira

terça-feira, 23 de julho de 2013

"Meu filho, se o seu coração for sábio, o meu coração se alegrará. Sentirei grande alegria quando os seus lábios falarem com retidão" (Provérbios 23:15-16)

Neste capítulo do livro de Provérbios, mais uma vez, o autor, através de um recurso de linguagem, torna a sabedoria num personagem: um pai. Um pai que orienta o seu filho acerca daquilo que é bom. Aqueles que são pais, se lessem o capítulo 23 de Provérbios, se sentiriam muito a vontade, visto que as orientações e recomendações são muito paternais/maternais. Sabemos que muitos pais têm orgulho de seus filhos. Todo o esforço, dificuldade, lutas, erros e acertos, lágrimas, valem a pena quando os pais percebem que os filhos estão vivendo bem, a impressão que eu tenho é que o sentimento que envolve os pais é o sentimento de "dever bem cumprido", daí, aquilo que foi um dever se tornou em prazer. Educar é algo que demanda dedicação, insistência, compreensão, perseverança. Aqueles pais que se esforçam para preparar seus filhos para vida, por mais que tenham de punir, discutir, disciplinar, e aguentar o mau humor de seus filhos, quando o fazem por amor, geralmente, colhem como resultado a felicidade, a sabedoria e a maturidade dos filhos. Às vezes, no consultório de aconselhamento pastoral, percebo que muitos pais querem receber de seus filhos aquilo que eles nunca demonstraram ou ensinaram, ou seja, querem que os filhos sejam amorosos, porém, a criação foi desenvolvida a partir de gritos, xingamentos e grosserias; outros reclamam que seus filhos não os ouvem, contudo, em muitos casos, no processo educativo, os pais impunham seus próprios gostos, vontades e decisões, assim, quando o filho cresceu, começou a agir à sua própria maneira; e há aqueles pais que reclamam que seus filhos não dialogam em casa, porém, em muitos desses casos, os filhos não dialogam porque os pais, ainda que pais, lhes são estranhos, visto que ao longo da vida, faltou-lhes o amigo, o companheiro, o acolhedor de suas angústias, pois, por conta dos compromissos pessoais e profissionais, os pais se tornaram ausentes. O livro de Provérbios, assim como a Bíblia num contexto geral, demonstra que a vida segue a regra da lavoura, ou seja, colhemos exatamente aquilo que plantamos. Por isso, se quisermos que bons frutos sejam gerados na vida de nossos filhos, temos também que, necessariamente, plantar boas sementes. O plantio demanda muito trabalho? É certo que sim. Mas nada é mais prazeroso e compensador do que a alegria dos frutos. Pense nisso, e mãos a obra!!!
Com carinho e amizade,  
Pr. André Luís Pereira

quinta-feira, 18 de julho de 2013

"O nome do Senhor é uma torre forte; os justos correm para ela e estão seguros" (Provérbios 18:10)

Creio que em nenhuma outra época na história, viu-se tanta preocupação com a segurança. Por conta da segurança, o mercado de trabalho fez com que surgisse a profissão de "técnico de segurança do trabalho"; também, por conta da violência, estão surgindo os condomínios fechados, os quais são sinônimos de segurança. Até a cultura popular está sendo modificada visto que, antigamente, as famílias tinham preferência por casas, porém, por conta da marginalidade, e por conta da segurança da família, muitos estão dando preferência aos apartamentos.  Enfim, como podemos perceber, a segurança é uma questão de prioridade para as pessoas. E quem consegue viver bem se não se sentir seguro? Porém, o fato de sentirmo-nos seguros não está, necessariamente, relacionado à moradia, à vigilância da polícia e nem a um ambiente de trabalho cuidado por um profissional da segurança. Na verdade, a segurança é um fator diretamente ligado às emoções, de forma que uma pessoa pode morar num bairro marginalizado e, mesmo assim, sentir-se seguro; da mesma maneira que uma pessoa pode morar num condomínio fechado ou num apartamento e, apesar de toda segurança e comodidade, sentir-se insegura. E é sobre este aspecto da segurança que o autor de Provérbios está falando, ou seja, não é de uma segurança anti-violência, mas de uma segurança emocional, aquela que provém da certeza da presença, da assistência, e do acolhimento. Um tipo de segurança que está disponível a nós, independentemente do poder aquisitivo. Ainda que muitas religiões estejam demonstrando um "deus" capitalista e explorador do sofrimento humano, o Deus sobre o qual a Bíblia fala, e o autor de Provérbios aponta, é aquele que se projeta em direção ao homem com o objetivo de ser-lhe um parceiro na caminhada da vida. Sim, a proposta de Deus, declarada de maneira muito clara na pessoa, vida e obra de Jesus, é estar com homem em suas limitações, carências, angústias, dificuldade vivenciais e todas as demais fragilidades próprias da humanidade. O Deus para o qual aponta o autor de Provérbios é o Deus que está mais disponível e interessado em dar do que em receber qualquer coisa do homem. Se há algum interesse de Deus naquilo que o homem possui, este interesse está voltado à felicidade deste. Sim, o interesse de Deus é a felicidade do homem, e isso sem qualquer interesse de negociação, seja via troca ou comercialização religiosa. Deus é o Pai amoroso, gracioso que, assim como nossos pais, querem cuidar de seus filhos. A expressão do autor de Provérbios: "os justos correm para ela e estão seguros", me trouxe à memória a cena da parábola do "filho pródigo" voltando ao lar, para os braços de seu pai, depois de perceber que longe do pai não havia outro ambiente de acolhimento, paz, amor e segurança. Enquanto estamos nesta jornada da vida, por conta de todas as vicissitudes que lhes são próprias, carecemos de direção, orientação e acolhimento, por isso, segundo a experiência e apontamento do autor de Provérbios, creio que possamos nos achegar a Deus e nos aconchegarmos em seu peito e, assim, mesmo quando estivermos nos sentindo sozinhos, a sua presença espiritual nos trará consolo, pacificação, acolhimento e segurança.
Com carinho e amizade, 
Pr. André Luís Pereira

terça-feira, 16 de julho de 2013

“As palavras agradáveis são como um favo de mel, são doces para a alma e trazem cura para os ossos” (Provérbios 16:24)

Quem nunca teve o privilégio de conviver com alguém que tem a capacidade de transmitir paz até quando está passando por dificuldades? Acredito que, pelo menos uma vez na vida, tenhamos a oportunidade de nos relacionarmos com este tipo de pessoa. Tem gente que adquiriu tanta sabedoria nesta vida que aprendeu a viver bem independentemente das circunstâncias. Geralmente, pessoas assim, têm muita facilidade de compartilhar experiências, em demonstrar cuidado àqueles que estão ao redor delas. E como é bom ouvir uma palavra bem colocada, na hora certa, com o tom de voz correto. Como é faz bem um conselho ou orientação que nos conduz à melhor atitude ou à melhor decisão. Como é bom conviver com pessoas que se importam conosco e que podemos confiar. É maravilhoso compartilhar a vida com gente que quer o nosso bem e, por isso, não tem medo e nem é egoísta ao ponto de nos esconder o “mapa da mina”. Por outro lado, há pessoas que, mesmo quando demonstram boa intenção, por não terem sabedoria, não sabem conversar, não têm condições de aconselhar e nem orientar a quem quer que seja. Às vezes, esse tipo de pessoa tem muito conhecimento, porém, quase nenhuma sabedoria. Assim, ao se relacionar com o outro, impõe-lhe o seu jeito de ser, de fazer e decidir. Não conseguem respeitar o outro, quando este discorda de suas opiniões ou conselhos. Assim, aquilo que poderia ser um tempo de auxílio mútuo, torna-se numa situação angustiante para ambos. Porém, aquele que é sábio, tem como característica, além de ouvir, perceber ou captar a angústia do outro, fazendo com que sua sabedoria seja assertiva quanto a orientação ou aconselhamento. Pessoas que ouvem, que percebem, geralmente, quando falam, quando orientam, oferecem cura e bem-estar àqueles que as procuram. O autor de Provérbios diz que pessoas que são sábias, quando falam, tornam agradável a vida daqueles que a ouvem. É uma pena que estamos tão acostumados a procurar por pessoas assim, e que já não nos ocupamos mais em ser pessoas assim, ou seja, pessoas que ouvem os outros, que refletem acerca da vida, que percebem as angústias por detrás de cada fala. Estamos nos acostumando a apenas receber, porém, desacostumando-nos a dar e a nos oferecer. Com isso, deixamos de provar um princípio bíblico: “bem melhor é dar do que receber”. Entretanto, enquanto estamos no caminho da vida, temos a oportunidade de mudar alguns valores pessoais e, assim, provar de novas experiências tais como esta sobre a qual falamos hoje. Pense nisso!

Com carinho e amizade.  
Pr. André Luís Pereira

segunda-feira, 15 de julho de 2013

"O Senhor detesta o sacrifício dos ímpios, mas a oração do justo o agrada" (Provérbios 15:8)

Neste universo religioso no qual vivemos, principalmente aqui no Brasil, o ato de sacrificar alguma coisa que o fiel possui se tornou demonstração de uma fé autêntica ou um meio de negociar com Deus. Em algumas "concentrações de fé e milagres", nada sai de graça, tudo tem um preço, seja ele financeiro, patrimonial e, até, pessoal. As pessoas estão sendo educadas a se relacionar com um "deus capitalista", o qual, desde quando estudo a Bíblia, nunca o encontrei nas Escrituras. Na verdade, até encontrei, porém, este "deus capitalista" era um produto de algumas religiões ou, então, produto de determinados líderes religiosos que diziam servir ao "Deus Criador", porém, na prática, serviam a si próprios. Mas quando falamos do Deus da Bíblia, revelado em sua páginas no Antigo e Novo Testamentos, fica claro que Ele não requer sacrifícios para abençoar a quem quer que seja. Na verdade, no Antigo Testamento, os sacrifícios eram rituais para expiação dos pecados do povo, e todos estes sacrifícios preanunciavam o sacrifício perfeito e definitivo que o próprio Deus faria acerca de si mesmo: o Cristo. No Novo Testamento, quando Deus se encarna na pessoa do Cristo, além de anunciar a redenção pela fé, demonstra toda sua indignação com os sacrifícios oferecidos no templo. Sim, sua indignação se dá porque muito aquilo que era feito no templo tinha como motivação a exploração espiritual, emocional e financeira dos fiéis. Por isso, num certo dia, Jesus entra no templo e, irado, joga as mesas dos mercadores no chão e os expulsam para fora. Assim, Jesus passa a anunciar aos seus ouvintes que os sacrifícios já não tinham mais sentido em si mesmos, visto que os homens já não entendiam mais o seu significado e, por isso, estavam, na verdade, barganhando com Deus através deles. Então, em sua mensagem, Jesus aponta para o sacrifício perfeito, ou seja, o sacrifício de si mesmo. Assim, no tempo propício, Jesus entrega a sua vida na cruz como o único, último e suficiente sacrifício a Deus em favor dos homens, liberando-os da entrega ou troca do que quer que fosse para que pudessem ser perdoados de seus pecados ou serem abençoados por Deus. Na cruz, quando Jesus dá o brado da consumação: "Está consumado!", além de cumprir toda a Lei de Deus em nosso lugar, Ele também nos liberta de todos os ritos e rituais da Lei. À partir da cruz, e lá repousa o sentido da fé, nenhum homem precisa de quem quer que seja para se achegar a Deus. A cruz põe fim no trabalho intercessor do sacerdote, o qual oferecia os sacrifícios dos pecadores para que estes fossem perdoados, assim, a partir da cruz, cada homem e mulher se tornam sacerdotes de si mesmos, podem, então, confessar os seus pecados, expor o sofrimento da alma, mostrar suas limitações e dificuldades de mudanças diretamente para Deus, sem qualquer necessidade de campanhas, novenas, oferendas ou qualquer outro tipo de "sacrifício". A cruz inutiliza as penitências, visto que Cristo foi penitenciado em nosso lugar e de maneira definitiva. A cruz tira o sentido das peregrinações: à cavalo, à pé, de carro, de joelhos, ou seja lá como for, visto que Jesus, através da sua morte, reconectou-nos ao Pai, ligando-o diretamente a nós. A cruz nos diz que Ele já não está na Igreja tal, nem com o líder religioso fulano de tal. A cruz diz que Jesus está EM nós, assim, Jesus está aonde quer que viermos estar: no nosso lar, na nossa comunidade religiosa, e num "happy hour" celebrando com os amigos. E, por causa da cruz, Deus, então, ouve as nossas orações e sem a necessidade da intervenção de quem quer que seja. E Deus nos ouve não porque tenhamos mais fé ou menos fé do que determinada pessoa, Deus nos ouve por causa da Cruz, por causa do Cristo que, através do sacrifício definitivo de si mesmo, abriu também, definitivamente, o canal de comunicação e relacionamento com o Pai. Assim, sem a necessidade de qualquer sacrifício ou intercessor, Ele nos ouve aonde quer que estejamos. Ele nos ouve quando estamos firmes na caminhada da fé, e nos ouve quando estamos desanimados de tal caminhada, e, até quando estamos incrédulos de que Ele realmente possa nos ajudar. Por isso, exercite o seu relacionamento com Deus. Ele está próximo, aliás, em você, portanto, curta essa íntima amizade.
Com carinho e fé,
Pr. André Luís Pereira

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Proverbios 12:26 - O homem honesto é cauteloso em suas amizades, mas o caminho dos ímpios os leva a perder-se.

Escolher uma pessoa para se tornar nosso amigo e' algo muito serio. Eu digo isso porque a exposicao da nossa vida nao pode ser feita para quaquer pessoa. Ha pessoas que denominam como amigo qualquer pessoa que lhe seja simpatica, porem, simpatia nao e', necessariamente, sinonimo de confianca. Algumas pessoas se aproximam de nos, ainda que com muita simpatia, apenas por interesse pessoal ou profissional. Nem sempre a pessoa que se apresenta de forma interessada e' alguem com mas intencoes, as relacoes estabelecidas por conveniencias tambem São necessarias, porem, nao podemos misturar esse tipo de relacionamento com amor ou amizade. O Cantor e compositor Milton Nascimento disse que "amigo e' coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito, dentro do coracao", e isto e' verdade, visto que o amigo e' aquela pessoa que recebe as chaves da nossa intimidade. Ha situacoes, preocupacoes, segredos e angustias que nao compartilharemos nem com nossos pais, irmaos ou conjuges, apenas para nosso amigo. Por isso, conforme diz o autor de Proverbios, temos de ser cautelosos na escolha de nossas amizades. Se nao tivermos cautela, podemos expor a nossa vida a morte emocional, sim, porque quando algo pessoal e sigiloso extravaza para alem da nossa intimidade, dependendo do que e' exposto, a vergonha ou frustracao podem roubar a alegria da vida. Algumas pessoas entram em depressao muito mais por saber que foram traidas por seus amigosdo que pro aquilo que foi exposto. E, geralmente, quando tal decepcao acontece aquele que e' traido dificilmente confiara novamente em alguem. E viver sem ter um amigo talvez seja a maneira mais cruel de existir. Porem, segundo pontua o autor de Proverbios, nossas amizades são escolhas que devem ser feitas com cautela para que nao nos tornemos vitimas de nossas proprias escolhas. Portanto, assim como voce e' cauteloso com quem entra na sua casa, seja ainda mais cauteloso com quem voce deixa entrar na sua vida.
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira


Obs.: texto escrito a partir de um tablet, por isso a ausencia de algumas acentuacoes.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

"O homem que não tem juízo ridiculariza o seu próximo, mas o que tem entendimento refreia a língua" (Provérbios 11:12)

Há pessoas que ficam horrorizadas quando ouvem notícias de filhos que mataram seus pais ou vice-versa. Outras não conseguem conceber que alguém possar tirar a vida, até, de um desconhecido. Há aquelas que não têm coragem de matar uma formiga, até aquelas mais incômodas. Porém, muitas dessas mesmas pessoas, sem qualquer peso na consciência, causam a morte de muita gente através de palavras ofensivas. Isso mesmo, algumas palavras, ainda que não matem fisicamente uma pessoa, produzem um efeito de destruição em massa; destroem a esperança, a autoestima, a motivação, o amor próprio, enfim, tornam as pessoas em mortos vivos. Em algumas situações, dependendo da intenção e gravidade daquilo que foi dito, os efeitos são muito mais prejudiciais do que a morte. Sim, porque a morte é algo pontual, ou seja, a pessoa morre e todas as consciências e dores também se vão, porém, aqueles que são vítimas das palavras maldosas de alguém, se não forem acompanhadas por um psicólogo, podem sofrer pelo resto da vida, em alguns casos, dependendo da profundidade da ofensa, podem até desistir da vida. Veja só, que perigo. Nós, a partir da falta de juízo e maturidade, podemos nos tornar assassinos emocionais e, particularmente, penso que este tipo de crime é um das piores espécies. Creio que por conta disso, o autor de Provérbios diz que a sabedoria se demonstra no controle da língua, ou seja, no pensar antes de falar; na reflexão sobre se realmente vale a pena dizer determinadas coisas às pessoas. Há um provérbio que diz: "o falar é prata, mas o silêncio é ouro", e, na prática, isso é verdade. Os sabedoria é conquistada pelo ouvir, perceber, observar, relacionar; ela também é demonstrada muito mais pelo comportamento do que pela fala. Ás vezes percebo que determinadas pessoas querem se mostrar sábias através do muito falar e falar sobre tudo, porém, uma pessoa de quem gosto muito certa vez disse o seguinte: "quem fala demais dá bom dia a cavalo", e percebi que isso é verdade. A verbalização do nosso conhecimento é importante enquanto nossa intenção é nobre, ou seja, enquanto temos como objetivo ajudar alguém, porém, quando o nosso falar tem a finalidade de impressionar ou oprimir as pessoas ou, até, expor nossa "sabedoria", então, caímos na tolice da insensatez. Portanto, segundo o autor de Provérbios, se quisermos realmente demonstrar sabedoria, maturidade e experiência, saibamos dominar a nossa língua.
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira

quarta-feira, 10 de julho de 2013

"O ódio provoca dissensão, mas o amor cobre todos os pecados" (Provérbios 10:12)

Em algum momento da  vida todas as pessoas já sentiram ódio, seja de alguém, de uma instituição ou de uma situação. O ódio é, assim como os demais sentimentos, algo comum ao nosso dia-a-dia. Particularmente, acredito que há dois tipos de ódio: o ódio que é passageiro e o ódio que é permanente. O primeiro, geralmente, é o tipo de ódio que as pessoas mais sentem e, num certo sentido, podemos até dizer que é um ódio natural. O segundo tipo de ódio talvez seja o mais preocupante, visto que se estende, às vezes, ao longo de uma vida toda, gerando, assim, algumas enfermidades e inconveniências emocionais. Há pessoas que optam em cultivar o ódio, tornando-o permanente em suas vidas e, assim, perdem a alegria da vida. Geralmente, quando cultivado, o ódio nos aprisiona emocionalmente, visto que nos bloqueia de sermos tocados pelo amor e, consequentemente, o perdão; também nos bloqueia geograficamente, visto que, dependendo do caso, deixamos de estar nos lugares aonde os nossos desafetos estão; e, ainda, nos bloqueia no desenvolvimento da nossa maturidade, visto que, por causa desse sentimento, regredimos à infantilidade. Quando cultivamos o ódio em nosso coração, envolvemos até quem não tem nada a ver com a nossa decisão de odiar, ou seja, quando odiamos alguém, geralmente, constrangemos as pessoas as quais amamos caso elas se relacionem com aquela pessoa a qual odiamos. Num certo sentido, impomos sobre nossos amigos e parentes o ódio que cultivamos contra determinada pessoa. Assim, na ótica do ódio, se eu odeio, todos os meus amigos e parentes devem, também, odiar, demonstrando, então, que realmente são meus amigos. Assim, o ódio nos torna mesquinhos, imaturos e insensatos. Por outro lado, segundo o autor de Provérbios, há o amor que, diferentemente do ódio, nos liberta (em todos os aspectos), nos abre para o outro e para a vida. O amor nos ensina que o ódio, por mais que nos dê uma sensação de vingança, não nos leva a lugar algum, pelo contrário, nos aprisiona de todas as formas. Assim, o amor é o convite que Deus nos faz para que vivamos, conforme disse Jesus: "verdadeiramente livres". O amor nos liberta das cadeias emocionais; nos liberta da autocomiseração; nos liberta do adoecedor desejo de vingança; nos liberta do desconforto relacional gerado pelo ódio; enfim, nos liberta de nos tornarmos ranzinzas, depressivos e pobres de espírito. O amor nos conduz ao perdão, visto que o perdão é, em si, amor. E perdoar não significa em esquecer a mágoa e nem libertar o outro da culpa; perdoar implica, essencialmente, em nos libertar do ódio e nos libertar para a paz em nós mesmos. Durante todo o dia somos expostos a situações em que podemos tomar duas direções: o ódio e o amor. Cada uma dessas escolhas determinará como o nosso dia ou a nossa vida se desenvolverá, portanto, seja prudente, pois, são as pequenas decisões vão nos orientar a nossa vida e, assim, nos influenciar quando tivermos de tomar as decisões mais importantes.
Com carinho e amizade,  
Pr. André Luís Pereira

sexta-feira, 5 de julho de 2013

"Agora, então, meu filho, ouça-me; não se desvie das minhas palavras" (Provérbios 5:7)

A sabedoria nos convida a ouví-la. Este é um convite que, em Provérbios, é muito repetido. A intenção do autor é esta mesmo: repetir para que seus leitores não se esqueçam. Mas todos nós nos esquecemos disso, não é verdade? E nos esquecemos justamente porque não gostamos de ouvir, principalmente, em situações em que somos repreendidos ou aconselhados a fazer aquilo que não nos sentimos confortáveis. Temos muito mais facilidade em verbalizar do que em ouvir. Porém, quando não ouvimos, também não aprendemos a falar, aí, o que verbalizamos, geralmente, passa longe da sabedoria. E tal insensatez é atribuído à regra natural da vida: é muito difícil oferecer aquilo que não recebemos, ou seja, quem não ouve a sabedoria não pode falar com sabedoria. Hoje, por conta da internet, todo mundo pode se expressar através de redes sociais, blog, sites pessoais, enfim, há uma gama de oportunidades para que possamos verbalizar nossa opinião. E, particularmente, penso que tudo isso é rico e importante, contudo, não podemos nos esquecer que tudo aquilo que verbalizamos, assim como acontece com o nosso comportamento, temos de assumir a responsabilidade e as consequências dessa exposição. Por isso, se faz necessário que, antes de falar, saibamos, primeiramente, ouvir. O autor de Provérbios nos convida a ouvir os sábios, as pessoas honestas, aqueles que nos amam, e os mais amadurecidos na caminhada da vida. Ele faz essa recomendação justamente para que tenhamos condições de nos comunicar com qualidade e produtividade para o outro. Na escola, faculdade, concílios da Igreja na qual sou pastor, nos cursos de especialização que já fiz, enfim, nos diversos círculos sociais, há pessoas que falam apenas por necessidade de serem ouvidas, porém, quase nenhuma de suas palavras são aproveitadas, visto que, na maioria dos casos, não há prévia reflexão acerca daquilo que é exposto, ocasionando, assim, na inutilidade daquilo que foi dito e, consequentemente, no constrangimento daquele que falou. Por isso, para que o seu falar seja agradável e proveitoso, exercite a prática do ouvir aquilo que é bom e que vem de pessoas de bem, fazendo isso, com certeza, sua presença será sempre agradável e edificante.
Com carinho e amizade, 
Pr. André Luís Pereira

quinta-feira, 4 de julho de 2013

"Meu filho, escute o que lhe digo; preste atenção às minhas palavras. Nunca as perca de vista; guarde-as no fundo do coração, pois são vida para quem as encontra e saúde para todo o seu ser." (Provérbios 4:20-22)

Quem já não ouviu esta frase dita por seus pais ou, então, por uma pessoa querida? Porém, neste provérbio, o autor da frase é a própria sabedoria, transformada pelo escritor de Provérbios numa figura de linguagem que se coloca como um pai, orientando seu filho. Quando li esta frase, minha memória fez um retrospecto histórico e me conduziu à infância e adolescência. Fui levado ao passado de uma maneira tão profunda que tive a impressão de ouvir o meu pai dizendo essas palavras. Lembrei dos conselhos que ouvi e coloquei em prática; lembrei-me daqueles conselhos que ouvi, ignorei e, por causa disso, me arrependi, visto que me dei muito mal; lembrei-me, também, dos conselhos que não ouvi, mas pude vê-los através do comportamento dos meus pais, e então aprendi. Há um ditado popular que diz que "se conselho fosse bom não seria dado, mas, sim, vendido", mas na minha experiência, muitos dos conselhos que recebi foram muito importantes. É verdade que os conselhos mais importantes vieram daqueles que realmente se importavam comigo; os conselhos menos significativos, muitos dos quais foi muito proveitoso eu tê-los ignorado, vieram de pessoas que preferiam não me confrontar, visto que achavam que amizade implica em não-confrontação. Cinco pessoas foram muito influentes na minha formação: pai, mãe, Flávio, Ivo (dois amigos) e o Rev. Márcio (meu pastor na adolescência). Essas pessoas sempre me aconselharam, apontando os caminhos e valores sob os quais eu deveria andar: meus pais me ensinaram os passos da honestidade; o Flávio me ensinou os passos da lealdade e cumplicidade; o Ivo me ensinou o caminho da camaradagem e profissionalismo; e o Rev. Márcio me ajudou a trilhar no caminho da fé. Nessas pessoas eu pude confiar plenamente, pois, tinham a capacidade de me ensinar através dos elogios, incentivos e exortações; foram pessoas que, até quando eu os decepcionei, continuaram acreditando em mim, e tal crédito foi demonstrado enquanto investiam tempo, reflexões e reorientações na minha caminhada. E como foi bom tê-los por perto. Como foi bom ouví-los. É verdade que, em muitas situações, eu os ouvi por educação e os atendi por obrigação, mas, hoje agradeço a Deus pela educação e senso de obrigação, porque ouví-los e atender a sabedoria de cada um me tornou numa pessoa melhor. Ainda que o autor de Provérbios use uma figura de linguagem para dar voz à sabedoria, eu posso dizer que ela esteve encarnada em minha vida através dessas cinco pessoas. Houveram outras, porém, estas cinco pessoas foram colocadas por Deus em minha vida nas fases mais importantes do meu desenvolvimento pessoal. A sabedoria continua falando ainda hoje, pra mim através dessas pessoas, mas pra você, quem sabe ela esteja falando através de pessoas às quais você nem tem dado tanto valor. Os grandes equívocos da minha vida aconteceram quando eu me senti auto-suficiente. Porém, os grandes acertos aconteceram quando eu me percebi submisso àqueles que realmente se importam comigo. Ouça a sabedoria, ouça quem lhe quer bem. Pense nisso!
Com carinho e amizade, 
Pr. André Luís Pereira

quarta-feira, 3 de julho de 2013

"Meu filho, não despreze a disciplina do Senhor nem se magoe com a sua repreensão, pois o Senhor disciplina a quem ama, assim como o pai faz ao filho de quem deseja o bem" (Provérbios 3:11-12)

"Deus é Pai!" Esta frase é comumente dita por algumas pessoas, principalmente, quando o momento em que estão vivendo está envolvido por diversas complicações próprias da vida. E, de fato, elas têm razão, Deus é pai. Porém, como todo pai que ama seus filhos, Ele é o pai que, também, disciplina. Entretanto, diferentemente de muitos pais, Deus não castiga seus filhos no sentido de puní-los pelos seus pecados ou ações pecaminosas. Penso que o que Ele faz é deixar-nos provar das consequências de nossas atitudes e/ou decisões, diferentemente de outros pais que, a partir de um sentimento de pena, livram seus filhos das consequências daquilo que fazem, prejudicando, assim, o exercício natural da disciplina. A disciplina divina demonstra-se como correção, ajustamento e recondução do filho ao caminho do Evangelho e, consequentemente, da ética. Tal disciplina não visa fazer com que o filho seja punido, mas, além disso, que seja orientado. O castigo, a punição, foram lançados sobre Jesus Cristo, na cruz do Calvário. Toda a punição pelos nossos pecados - sejam do passado, presente e futuro - foi lançada sobre Jesus. De forma que hoje, nos alegramos na obra de Jesus por nós que, como Filho e representante dos demais filhos, assumiu a culpa dos pecados de todos. É justamente por isso que Deus não nos castiga, apenas nos disciplina e repreende. Por isso é anticristão dizer que "a doença do fulano só pode ser um castigo de Deus"; "isto aconteceu com você porque Deus está te castigando"; "filho, papai do céu castiga criança que faz/fala isto". Não! Deus não nos castiga, porém, nos disciplina. E a sua disciplina é um exercício do seu amor. Todo pai e mãe que amam seus filhos entendem muito bem isto. O Senhor quer o nosso bem. Ele nos conhece ao ponto de sondar nossas intenções em tudo aquilo que fazemos, por isso, quando erramos, mesmo que peçamos perdão daquilo que fizemos, Ele nos perdoa, porém não retira de nós as consequências dos nossos erros, visto que é assumindo tais consequências que passamos a aprender sobre como nossas ações desencadeiam reações. Creio que esta ação paterna de Deus é pedagógica para todos os papais e mamães, portanto, reflitamos acerca da maneira como exercitamos a disciplina em nosso lar. 
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira

terça-feira, 2 de julho de 2013

"A mulher imoral se dirige para a morte, que é a sua casa, e os seus caminhos levam às sombras" (Provérbios 2:18)

A imoralidade sempre se apresenta através da beleza, sensualidade e palavriado obsceno. Nas sombras do inconsciente humano há mundo de fantasias e desejos que ora se manifesta acobertado por comportamentos com segundas intenções, ora se resguardam na imaginação. Todo ser humano é assim. Freud foi muito sábio ao perceber, analisar e discorrer sobre o nosso inconsciente. Mas, apesar de todas essas sombras do inconsciente, algumas de nossas fantasias e desejos não podem ser satisfeitos. Tanto é assim que o nosso sistema emocional, através do superego, nos ajuda a conter os impulsos de algumas dessas fantasias. Quando o autor de Provérbios fala da mulher(homem) imoral, está apontando como imoralidade a relação sexual ilícita, ou seja,  ele está falando daquela pessoa que, dentro de um relacionamento conjugal, aventura-se em outros relacionamentos. A impressão que temos é o autor de Provérbios, antes de censurar tal pessoal imoral, censura aqueles(as) que a procuram. Sim, porque é praticamente impossível censurar alguém que opta por este tipo de comportamento, porém, ainda que a nossa consciência do que é ético não possa ser imposta sobre quem quer que seja, podemos, a semelhança do autor de Provérbios, orientar as pessoas sobre os perigos de certos relacionamentos. É verdade que hoje em dia a sensualidade, desprovida de qualquer pudor, tornou-se banal e perdeu o seu encanto enquanto artifício de um relacionamento saudável, contudo, ainda que o sentido melhor esteja se perdendo, as consequências desastrosas são inevitáveis. Este tipo de relação é uma faca com dois gumes, ou seja, fere os dois envolvidos: a) os que se oferecem como objeto de desfrute e realização das fantasias e desejos do outro, visto que se tornam utilitários e descartáveis; b) os que se aproveitam daqueles que se oferecem, tratando-os com indignidade e desrespeitando, na maioria dos casos, os terceiros que, indiretamente, são afetados: namorados, noivos, cônjuges. Seja quem for que estiver envolvido neste tipo de relação acarretará para si sérios problemas emocionais, como por exemplo, baixa-autoestima, frustração e decepção. A autor de Provérbios já aponta tais decepções quando afirma que tanto a mulher (homem) imoral, quanto aqueles que com ela/ele se envolvem, caminham para a morte: moral, ética, física e espiritual. Por isso, muito cuidado ao alimentar e dar vazão àquilo que está em seu coração. Caso sua luta esteja maior do que suas forças, procure um terapeuta.
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira

segunda-feira, 1 de julho de 2013

"Tal é o caminho de todos os gananciosos; quem assim procede a si mesmo se destrói" (Provérbios 1:19)

O contexto deste provérbio está apontando o caminho daqueles que vivem com a finalidade de fazer o mal às pessoas; daqueles que se deliciam com o sofrimento alheio. Assim, este provérbio aponta para o resultado que os que maquinam o mal receberão em suas vidas, ou seja, a própria destruição. Talvez sejamos até tentados a pensar que, neste país corrupto, são pouquíssimos os assassinos ou ladrões que recebem a punição merecida. Particularmente, penso que isso é verdade. Porém, a punição às maldades humanas, nem sempre, se limitam a prisão ou pena de morte, há, também, aquela punição da consciência de si mesmo. É verdade que há algumas pessoas que, pelo que fazem e dizem, parecem não ter qualquer consciência de si mesmas, porém, isso não é verdade. A não ser que a maldade seja fruto de um distúrbio emocional, aquele que a pratica tem consciência do mal que está em si mesmo; tem consciência de que suas atitudes são um fardo sobre si mesmo. Um fardo que o afasta da possibilidade de ter uma vida melhor, de ter boas amizades, bons relacionamentos, uma boa imagem para si mesmo e para a sociedade, e, consequentemente, a rejeição por parte daqueles aos quais gostaria de ser aceito. É certo que alguns vão dizer que é impossível que aqueles que cometem grandes atrocidades tenham consciência do que estão fazendo, mas, infelizmente, por mais difícil que nos seja encarar a realidade de que um ser humano possa cometer grandes desgraças em nome de nada,  não há como fugirmos de tal, triste, constatação. E por mais que essa pessoa fique impune ante a Lei, visto que esta possui muitas brechas, o fim dessa pessoa é a destruição de si mesma, com as próprias mãos. O que resta da vida para alguém que cometeu um ou mais assassinatos? O que há de bom na vida para aqueles que foram desmascarados ante a prática da corrupção? Enfim, o que mais uma pessoa que opta pelo caminho da maldade pode esperar da vida? Nada! Realmente, nada! Eu imagino que chegar num determinado momento da vida e percebermos que alguém destruiu nossas esperanças deva ser algo terrível, porém, muito mais terrível do que isso, é chegarmos a conclusão de que nós mesmos destruímos nossa esperança, nosso futuro e todas as possibilidades de uma vida significativa nesta terra. Por isso, reflitamos sobre nós mesmos. Pensemos sobre o quanto nossas lutas, decepções e frustrações, são frutos da maldade alheia, ou, então, são resultados de nossas próprias decisões; pois, a despeito de tanta crueldade sendo praticada neste mundo, a maior delas é aquela que praticamos contra nós mesmos. Pensemos nisso!!!
Com carinho e amizade, 
Pr. André Luís Pereira