sexta-feira, 22 de março de 2013

"A boa reputação vale mais que grandes riquezas; desfrutar de boa estima vale mais que prata e ouro" (Provérbios 22:1)


Você há deve ter ouvido alguém dizendo: "Não me interessa o que vão pensar de mim". Num primeiro momento esta frase parece expressar a liberdade emocional de quem a disse, porém, nem sempre tal frase implica realmente em liberdade. Essa frase, geralmente, é usada como filosofia de vida por pessoas que desconsideram totalmente os outros. Pessoas que não se importam com o  sofrimento que podem causar por conta de suas palavras e atitudes impensadas. No Evangelho, a boa reputação, ou seja, a impressão que os outros têm de nós é algo importantíssimo. Porém, tal reputação, assim como as riquezas, deve ser conquistada, ou seja, a reputação é um presente que recebemos das pessoas à medida que nós as conquistamos através dos relacionamentos. Uma boa reputação não se constrói do dia para a noite, é necessário tempo, sabedoria e sensibilidade. Para algumas pessoas a reputação é um valor desnecessário, porém, segundo a Palavra de Deus, é um valor superior aos valores desta terra. Como é bom ser amado pelas pessoas! O autor de Provérbios diz que desfrutar de boa estima é algo riquíssimo para o homem. E quem não gosta de ser amado, considerado e valorizado por todos? Vivemos num tempo de valores invertidos, ou seja, as pessoas dão mais valor ao "ter" do que ao "ser". É nítido em nossa sociedade a disputa entre as classes sociais. Aliás, as disputas acontecem, infelizmente, até entre os membros de uma mesma família. Um sempre quer fazer a viagem melhor que a do outro; um sempre que ter roupas, sapatos, carros, bolsas, casas, decoração, melhor que o do outro. Essa ditadura capitalista está engolindo nossos valores. Em contrapartida, encontramos a Palavra de Deus nos orientando à busca daquilo que realmente faz sentido: a amizade, o companheirismo, a simplicidade, a agradabilidade, ou seja, valores que compõem a nossa reputação para nós mesmos e para as pessoas que nos cercam. Porém, acredito eu, que como a reputação e seus valores implícitos nos conduzem à humildade e ao desapego material, infelizmente, muitas pessoas irão continuar a desprezá-la por um bom tempo ainda. Já conheci gente muito pobre que morreu abandonada porque nunca se abriu para o outro, apenas gerou intrigas e criou problemas para as pessoas que a cercavam; já conheci pessoas muito abastadas que, também, morreram abandonas por familiares e amigos; contudo, nunca vi uma pessoa querida, amada, enfim, de boa reputação, ser abandonada em qualquer situação que tivesse vivido. Portanto, que tal assumirmos o compromisso conosco mesmo de deixar aos nossos filhos uma herança realmente significativa, ou seja, nossos valores éticos, relacionais e espirituais: nossa boa reputação. Se nós tivermos esse tesouro em nós; se ele for algo reconhecido pelas pessoas; então, poderemos ficar tranquilos pois, ainda que não tenhamos um centavo para dar aos nossos filhos, eles já receberão de nós um tesouro que os tornarão capazes de viver bem nesta terra, independentemente da condição financeira.
Pense nisso!
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira

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