terça-feira, 12 de março de 2013

"A mulher exemplar é a coroa do seu marido, mas a de comportamento vergonhoso é como câncer em seus ossos" (Provérbios 12:4)


Creio que o provérbio de hoje se aplica também ao Marido, ou seja, "o marido exemplar é a coroa da sua esposa, mas o de comportamento vergonhoso é como câncer em seus ossos". Ser exemplar não implica em ser perfeito; ser exemplar significa honrar através das atitudes e palavras. Como é ruim estar ao lado de alguém, seja essa pessoa quem for, que nos envergonha. Já é difícil ter de lidar com pessoas mal educadas, imagine ter de lidar com alguém que, sendo nosso(a) companheiro(a) de caminhada, nos envergonha diante dos outros. O relacionamento entre o homem e uma mulher foi instituído por Deus para que os seres humanos experimentassem a graça da complementaridade. Num relacionamento, pelo menos segundo aquilo que Deus pensou para o homem, um vive para tornar o outro feliz e, assim, através da felicidade e satisfação do outro, nós também sejamos felizes. Porém, com o passar dos anos e com o surgimento de uma sociedade cada vez mais hedonista (que pensa apenas em si próprio), as pessoas passaram a buscar a felicidade para si mesmas, independentemente, do custo que isso cause às outras pessoas, inclusive e até, ao cônjuge. Porém, a grande decepção daqueles que têm aderido a esta filosofia social está no fato de que, mesmo vivendo intensamente na busca da felicidade própria, eles não conseguem a encontrar ou, então, não conseguem-na manter em si mesmos. Por conta disso, trocam de relacionamentos com a mesma facilidade que trocam de roupa, tentando, assim, encontrar algo que as façam sentir felizes, porém, só encontram decepção, frustração e solidão. As músicas populares da parada de sucesso das rádios, demonstram muito claramente esses relacionamentos descartáveis. Ultimamente, as canções versam sobre temática do momento, ou seja, a pessoa como objeto. O outro deixou de ser aquela pessoa com a qual eu me relaciono, para se tornar aquela pessoa a qual eu consumo e, por isso, à medida que se é consumido ao ponto de não oferecer mais nada, então, descarta-se, como se um ser humano fosse tal como papel ou plástico aos quais deixamos jogados para a reciclagem. Entretanto, na contramão de tudo isso, o Evangelho nos convida à ética, à saúde relacional, à moral, ao caráter. O Evangelho nos convida ao compromisso, à parceria, à cumplicidade e à conferir valor ao ser humano, inclusive e principalmente, àqueles que estão ao nosso lado. Portanto, à medida que nos aproximamos do Evangelho, à medida que nos relacionamos mais intimamente com Deus, a consequência natural, à partir da prática da fé, também nos aproximamos do cônjuge, dos filhos, dos pais, dos irmãos, enfim, nos aproximamos de nossa família. Aqueles que se sujeitam à vida segundo o Evangelho, não têm outra atitude senão honrar, amar, doar-se, perdoar, e assumir uma parceira vitalícia com aqueles aos quais ama, ou seja, seu cônjuge e/ou sua família. Esses, quando "encarnam" o Evangelho, tornam-se pessoas exemplares e, consequentemente, coroam a vida de todos aqueles que estão ao seu redor.
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira

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