terça-feira, 25 de setembro de 2012

"Procure resolver sua causa diretamente com seu próximo..." (Provérbios 25:9a)


O provérbio de hoje aconselha-nos a um exercício difícil de se colocar em prática: resolver as pendências relacionais diretamente com as pessoas com as quais tais pendências existem. Você já percebeu que quando as pessoas têm alguma dificuldade relacional com alguém, geralmente, ao invés de resolver a situação com o envolvido, as pessoas contam a situação pra todo mundo, menos para aquele que poderia resolvê-la? Quando isso acontece, aquele problema que era algo restrito e simples de se resolver, acaba que se tornando um problemão porque, na lei do telefone sem fio, cada um distorce ou reinterpreta a história contada. O mais correto é que, se alguém nos ofendeu, seja por meio de palavras ou atitudes, essa ofensa deve ser resolvida entre ofendido e ofensor apenas, sem intermediários. E isso deve ser assim porque, em algumas situações, há ofensas que acontecem sem qualquer intensão por parte da outra pessoa. Geralmente, este tipo de ofensa se dá porque, em alguns vínculos relacionais, não nos expressamos plenamente, ou seja, não deixamos claro para as pessoas as coisas que não gostamos, como, por exemplo, brincadeiras com algum costume que temos, azaração com a nossa timidez, exposição do nosso jeito de ser para os outros, etc. É verdade que há pessoas que, muitas vezes, extrapolam nas brincadeiras e na maneira de expor os defeitos dos outros, entretanto, também, há pessoas que fazem assim porque nós nunca colocamos os limites para elas. Então, quando nos calamos, perdemos a razão em nos irar com o outro.  Esse tipo de situação, por exemplo, é muito frequente entre pais e filhos. Você já viu aqueles pais que ficam tirando sarro de alguma atitude dos filhos perto de pessoas que, por mais próximas que sejam da família, são estranhas à criança ou adolescente? Você já observou a reação de crianças ou adolescentes que passam por isso? Pois bem, esse tipo de atitude, por mais engraçada que seja aos pais, expõem aqueles que não deram qualquer autorização para que sua vida fosse exposta, criando assim, afastamento e perda de confiança. E, se no ambiente familiar tal exposição gera conflitos, imagine em outros círculos relacionais, menos íntimos. Portanto, se uma pessoa nos ofende, a melhor atitude que podemos tomar - para o nosso benefício e para o benefício do outro - é resolver a questão diretamente com o ofensor. Caso sejamos o ofensor, é igualmente necessário que, num gesto de hombridade, nos reconciliemos com o ofendido e, também, corrijamos aquilo que fizemos diante das pessoas. Agora, o que não resolve a situação, aliás, apenas a piora, é o fato de, tanto o ofendido quanto o ofensor, reclamarem da situação para todo mundo, menos um para o outro. Portanto, sejamos sinceros em nossos relacionamentos, saibamos explicitar os limites das relações que temos; sejamos, também, educados e saibamos reconhecer quais os limites que as pessoas nos dão em cada relacionamento. Se cada um agir assim, com certeza, teremos menos conflitos na vida.
Um abraçãozão a todos!
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira

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