quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

"A pedra é pesada e a areia é um fardo, mas a irritação causada pelo insensato é mais pesada do que as duas juntas" (Provérbios 27:3)


O provérbio de hoje, mais uma vez, expõe a dura verdade da realidade. Como é difícil conviver com  gente que não tem bom senso; que fala demais, que se sente a "última bolacha do pacote", que tem a necessidade de opinar sobre tudo, mesmo quando não sabe de nada. Esse tipo de pessoa tem o poder de irritar quem quer que seja. Pessoas assim, por não saberem se colocar no lugar devido, em muitas situações, causam muitos conflitos relacionais. É verdade que quando lemos um provérbio como esse a nossa tendência é pensar em alguém, porém, hoje eu proponho uma reflexão diferente, ou seja, proponho que pensemos em nós; que pensemos na maneira como nos comportamos com as pessoas. Sim, porque, como é próprio dos seres humanos, na maioria das vezes achamos que o problema é e está no outro, porém, temos muita dificuldade de refletirmos acerca do nosso comportamento nos ambientes aos quais estamos inseridos. Ao longo desta vida, nos diversos ambientes que já trabalhei, a reclamação dos profissionais era sempre a mesma: o outro. Pouquíssimas pessoas reconhecem suas fraquezas e chatices, geralmente, esses reconhecimentos acontecem apenas na direção do outro. Mas, e nós, será que somos tão perfeitos assim? Será que as nossas atitudes não incomodam ninguém? Das reclamações que mais ouvi e as que ainda ouço posso destacar o "top 5": 1) Orgulho; 2) Individualismo; 3) Fofoca; 4) Mentira; 5) Abuso de Poder. Essas são atitudes particulares do ambiente de trabalho; atitudes que as pessoas demonstram, porém, em muitos casos, já nem consideram mais essas atitudes como algo negativo, visto que, há muito, adotaram a "lei da sobrevivência", ou seja, o mais forte prevalece. Conviver com pessoas que adotam esses comportamentos é algo que irrita profundamente, principalmente, aqueles que são profissionais sérios, honestos e engajados. Esses comportamentos também são insuportáveis nos demais relacionamentos da vida: casamento, família, amigos e colegas. Aliás, nessa lista de relacionamentos, temos de excluir os "amigos", visto que pessoas orgulhosas, individualistas, fofoqueiras, mentirosas e que abusam do poder, não têm amigos, apenas carregam ao seu redor pessoas que as tratam com falsidade, possivelmente, com o fim de obter alguma vantagem.  E não têm amigos justamente porque é praticamente impossível relacionar-se com pessoas que carregam essas características. Há pessoas que são tão insensatas que quando não recebem a amizade e a simpatia das pessoas, imediatamente, dizem estar sendo perseguidas ou que os outros as invejam. E, particularmente, o fato de alguém pensar assim, já expressa o quanto é orgulhoso e individualista. Temos de fazer uma autoavaliação pessoal-relacional diariamente, para que possamos nos perceber nos relacionamentos. Não há nada pior do que sermos evitados nas rodas de conversa, nos passeios entre amigos, nas comemorações especiais daqueles com quem convivemos. Porém, quando isso acontece, sinaliza que algo está errado e, geralmente, está errado em nosso comportamento e posturas. Que uma ou duas pessoas de um mesmo círculo de amizades não goste de nós é uma coisa (e até normal), porém, se um grupo inteiro não nos aceita, então, isso sinaliza que temos de reavaliar alguns dos nossos conceitos relacionais. Uma das melhores coisas da vida é estabelecer bons vínculos relacionais, porém, o apego às nossas conveniências, em diversas situações, faz com que afastemos as pessoas de nós e, pior ainda, faz com que achemos que apenas os outros é que estão errados. Portanto, pense nisso, pense em você e em seu comportamento com as pessoas que compõem os círculos relacionais que você faz parte. Caso haja alguma constatação que aponte um comportamento indesejável de sua parte, mude. E mude para o seu próprio bem.
Bom dia a todos
Carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira

Nenhum comentário:

Postar um comentário