terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

"Como a neve no verão e como a chuva na ceifa, assim, a honra não convém ao insensato" (Provérbios 26:1)


Em muitas ocasiões, talvez por conta da necessidade que temos de ser aceitos por todos, acabamos que nos curvando diante de pessoas que não são dignas de serem honradas. A palavra do autor de Provérbios nos adverte quanto a essa situação. Às vezes, por conta de nossas conveniências ou por medo daquilo que os outros vão pensar de nós, nos tornamos coniventes com muitas coisas que não são tão boas assim. Há muitas pessoas insensatas que não amadurecem ou não aprendem a agir sabiamente porque aqueles que são sábios se abstém de confrontá-las visto que não querem prejudicar a sua imagem pessoal ante as outras pessoas. Sim, em muitas situações, deixamos de nos posicionar, mesmo quando aquilo que pensamos ou acreditamos está correto, porque temos medo da possível decepção que vamos causar às pessoas. Entretanto, a medida que agimos assim, contribuímos para que a injustiça e a insensatez sejam a bússola de nossas vidas ou da vida daqueles que estão envolvidos em situações que se formatam dessa maneira. Algumas pessoas que agem insensatamente, só agem assim porque aqueles que são sábios, em algumas situações se calam, permitindo que, mesmo conscientes dos prejuízos, as decisões sejam tomadas de maneira equivocada. Martin Luther King disse uma frase que eu, depois que a li num livro, nunca mais me esqueci: "O que me incomoda não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons", e creio que esta fase é a aplicação do provérbio de hoje. Já vi pessoas insensatas tomarem o poder porque os que eram sensatos se esquivaram; já vi pessoas insensatas sendo honradas pelas propostas absurdas que fizeram, porém, foram honradas porque aqueles que eram sensatos se calaram; enfim, enquanto aqueles que são sábios, sensatos, íntegros e honestos se calarem, infelizmente, os insensatos sempre estarão à frente e serão honrados por sua insensatez. E essa situação se aplica em todos os círculos relacionais que estamos envolvidos: família, trabalho, escola, amizades, religião, etc. É mister que sejamos honestos conosco mesmos e com aqueles que, não tendo condições de manifestar-se, depositam em nós a confiança da possibilidade de mudança dessas situações. A medida que vamos amadurecendo na jornada da vida, é quase que uma obrigação nos posicionarmos nas situações às quais nos são apresentadas cotidianamente. Por isso, se você tem como característica calar-se até mesmo diante daquilo que não é bom, pense na possibilidade de reverter esta característica e, assim, ajudar-se a si mesmo e aqueles que, por diversas razões, não têm como expressarem-se e que por isso precisam ser representados por alguém. Pense nisso: temos sido coniventes com os insensatos? O que temos promovido com isso? Será que, por uma questão de justiça, não está na hora de nos posicionarmos de maneira mais efetiva? Eu desejo, de coração, que Deus o ajude nessas reflexões e que, assim, você seja um instrumento da justiça e da sensatez em todos os ambientes que Deus o colocar.
Boa tarde a todos!
Com carinho e amizade,  
Pr. André Luís Pereira

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