segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

"Veja bem por onde anda, e os seus passos serão seguros" (Provérbios 4:26)


Vivemos num tempo de muitas direções e oportunidades. Para todo lado que olhamos, temos opções de caminhos diferentes. Entretanto, todos o caminhos se resumem em apenas duas direções: o bem ou o mal. E quando digo bem e mal, não estou falando de forças malignas que conspiram contra os seres humanos mortais, arrastando-os para a prática da maldade, sem que tenham qualquer escolha. Pelo contrário, ao falar sobre o bem e o mal, estou falando daquelas escolhas que fazemos diariamente, conscientes das consequências delas. Atualmente, por conta dessa filosofia "fast-food" de vida, ou seja, imediatista, as pessoas têm optado por atalhos que, quase sempre, não são os melhores caminhos. Porém, a pressa em se alcançar seus objetivos pessoais, profissionais e relacionais, acaba que impedindo a reflexão que, necessariamente, deveria anteceder toda e qualquer decisão. E, na vida, atalhos são como aquelas estradas de terra que muitas vezes pegamos para não pagarmos os pedágios das rodovias, ou seja, tais estradas até nos levam ao destino pretendido, entretanto, a qualidade da viagem e os riscos que submetemos o carro, geralmente, não valem à pena. Mas, ainda pensando nessa analogia, quem quer pagar pedágios, não é mesmo? Assim, também, as pessoas pensam em relação à vida. Nem todos querem pagar o preço da ética, honestidade, paciência, etc. A maioria, por ser tão imediatista, prefere pagar o preço mais alto dos atalhos, por vezes, desonestos, reducionistas, sem qualquer ética, amorais e imorais. Basta que liguemos nossa televisão e vamos ver nos noticiários os escândalos daqueles que optaram pelo atalho do enriquecimento ilícito, denominado mensalão. É verdade que cada um daqueles homens ficaram mais ricos, numa velocidade muito maior do que um trabalhador honesto possa enriquecer, entretanto, será que tal riqueza pode amenizar a vergonha que os pais, os filhos, os cônjuges, estão passando? Será que tais atalhos na vida compensam o preço que as suas consequências vão cobrar daqueles que os utilizam? Os mensaleiros pegaram um atalho que, além de sujar seus nomes, expuseram seus familiares, e suas atitudes ficarão registrados na história do nosso país. E  tudo isso por quê? Por causa de alguns milhões de reais que, neste momento, não podem comprar sua honra (ainda que talvez compre a sua liberdade física, porém, não emocional e moral), não podem excluir-lhes a vergonha, não podem impedir a desconstrução emocional que, com certeza, deve estar afetando seus familiares. Como eu disse: os atalhos são muitos, mas todos eles tendem a nos levar para duas vidas: o bem e o mal. Na verdade, o caminho do bem não tem atalhos porque, afinal, é um caminho sinalizado pela honestidade, verdade, ética, moral; é o caminho que só pode ser trilhado por aqueles que são sábios, que sabem discernir a si mesmos; que sabem discernir as propostas daqueles que estão nos atalhos da maldade. O conselho do autor de provérbios é para que saibamos decidir pelo caminho correto, o caminho do bem, e, assim, mesmo que o caminho seja longo, será seguro, terá um destino certo: a consciência tranquila e uma caminhada na qual não teremos nada do que nos envergonhar.
Boa caminhada a todos!!!
Com carinho e amizade, 
Pr. André Luís Pereira

Nenhum comentário:

Postar um comentário