sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

"Quem semeia a injustiça colhe a maldade..." (Provérbios 22:8)


Penso que se as pessoas refletissem um pouco mais acerca da verdade exposta por esse provérbio, no mínimo, se esforçariam mais para fazer o que é justo. Acho interessante quando alguns clamam contra a injustiça, a corrupção e a desonestidade. Acho interessante porque quando ouvimos tal clamar a impressão que temos é que esses males estão presentes apenas no outro, geralmente apenas nos políticos e, ultimamente, nos líderes religiosos. Porém, se fôssemos honestos na avaliação pessoal, possivelmente chegaríamos a conclusão de que nós, em proporção às vezes maiores ou menores, também, sempre que temos oportunidade de algum benefício próprio, porém que seja obtido apenas de forma ilícita, optamos pela injustiça. Na verdade, a filosofia pós-moderna relativizou todas as coisas, daí, então, tudo o que era inegociável tornou-se negociável ou inutilizável dependendo da situação, inclusive alguns valores éticos, como por exemplo a verdade, a honestidade e a justiça. Quem de nós, por mais crítico que seja das atitudes de outrem, nunca se valeu de uma mentirinha que seja para evitar um castigo materno ou, então, nunca deu uma coladinha numa prova pra evitar uma nota vermelha em seu boletim? É possível que alguém diga que não se encaixe em nenhum desses exemplos, porém, com certeza, sabe que se encaixaria em outros. Com isso eu estou exercendo juízo sobre as pessoas? De maneira alguma! Na verdade, eu estou querendo chegar é na condição de estarmos conscientes acerca das consequências de nossos atos. Há muitas pessoas que decidem pela mentira, pela desonestidade e, consequentemente, pela injustiça, porém, quando a verdade vem à tona, querem deprimir-se, revoltar-se contra quem descobriu a verdade e, assim, sentir-se perseguido pelas pessoas. Ora, em todas as situações temos sempre uma escolha a ser feita: podemos optar pelo que é correto e, assim, pagarmos o preço da honestidade que, em algumas situações nos beneficia e em outras até pode nos "prejudicar"; e podemos optar pelo que não é correto, porém, temos de estar conscientes de que, em algum momento, podemos colher os frutos dessa decisão. Nesse tipo de situação eu penso que, pior do que fazer o que não é certo, é não querer sofrer as consequências daquilo que se fez. Um comediante brasileiro dizia uma frase que é bíblica: "quem pranta, cói" (quem planta, colhe), e colhe exatamente aquilo que plantou. Na lei da natureza é impossível plantar arroz e colher feijão. Na lei da existência também é impossível plantar o que é mau e receber o que é bom. É verdade que alguns vão pensar: "eu já me dei bem através da mentira", e, particularmente, eu já vi muita gente se dar bem valendo-se da mentira, muitos no Congresso Nacional mentem e roubam e, até agora, estão vivendo muito bem. Porém, ainda que eles não sintam qualquer peso na consciência, têm de conviver a insegurança, pois sabem que a qualquer momento a verdade pode vir à tona. Às vezes, quando a verdade é exposta tanto aquele que praticou o que é errado, quanto aqueles que o rodeiam, passam por grande vergonha. Aliás, vergonha que mentira nenhuma pode esconder e que dinheiro nenhum no mundo pode evitar. Quando vejo os políticos sendo desmascarados em rede nacional, fico pensando o tamanho da vergonha e o desgosto que seus pais, cônjuges, filhos e amigos sentem. Particularmente, hoje mais maduro e experimentando uma relação mais intensa com a Palavra de Deus, tenho aprendido que vale mais os prejuízos resultantes da verdade do que os lucros provindos da mentira ou da desonestidade, ainda que esta nunca seja descoberta. Deitar e dormir com a consciência tranquila é a maior riqueza que um homem pode ter e é o maior legado que ele pode deixar a todos que o cercam. Pense nisso!
Bom final de semana a todos!
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira

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