Todo mundo gosta de ser recompensado por aquilo que fez de bom. Particularmente, eu penso que pessoas que fazem o que é justo, correto, verdadeiro e honesto, deveriam ser recompensadas, nem que fosse com os simples elogios: "Parabéns!" ou "Muito Obrigado". É verdade que os mais santarrões vão dizer que tal pessoa "não fez mais do que a obrigação", porém, em tempos tão violentos e de tanta indiferença, acredito que a recompensa surge como um reforço para aquilo que é bom. O provérbio de hoje fala sobre recompensa. Engana-se aquele que interpreta que quem cumprir os mandamentos será recompensado por Deus, não, não é bem assim. Deus não irá nos recompensar por aquilo que Cristo fez em nosso lugar. Nem mesmo a salvação é uma recompensa, ela é graça, ou seja, um presente que reconhecidamente não merecemos porém, por causa da obediência e sacrifício de Cristo, recebemos gratuitamente. No contexto bíblico, quando pensamos em recompensa, temos de levar em consideração que o benefício que colhemos é resultado natural daquilo que fazemos. Assim, aquele que respeita o mandamento, aliás, mandamento que é bom, será recompensado, no mínimo, com uma consciência tranquila e pacificada por agir corretamente. Talvez, mas isto não deve criar grandes expectativas, alguém reconheça, agradeça e, até, recompense-nos. Contudo, a recompensa maior estará em nós mesmos, demonstrada pela consciência tranquila, pelo caráter aprovado, pelo legado de honra, valor e dignidade que deixaremos aos nossos filhos e às outras gerações. Há pessoas que obedecem com a finalidade de receberem a recompensa, porém, quando esta não vem tais pessoas ficam decepcionadas e desistem de fazer o que é bom. Contudo, aqueles que absorveram os valores e conceitos dos mandamentos (não somente os bíblicos, mas também os da Lei Civil e os próprios valores éticos-relacionais), encontram prazer pelo fato de se perceberem pessoas honestas, dignas, com valores éticos que fazem bem a si próprios e às pessoas as quais eles amam. Para estes, a recompensa é apenas mais um benefício, porém, se ela não for recebida, a consciência de ser honesto já é suficiente para que se viva em paz. Aliás, penso que uma das grandes recompensas da vida é ter a consciência limpa e tranquila acerca dos nossos comportamentos, de forma que possamos viver em paz independentemente do reconhecimento dos outros. Mas, infelizmente, só compreenderão isto aqueles que não esperam por recompensas pelo fato de serem o que são: éticos.
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira
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