terça-feira, 6 de agosto de 2013

"​Meu filho, se você serviu de fiador do seu próximo, se, com um aperto de mãos, empenhou-se por um estranho, e caiu na armadilha das palavras, que você mesmo disse, está prisioneiro do que falou. Então, meu filho, uma vez que você caiu nas mãos do seu próximo, vá e humilhe-se, insista, incomode o seu próximo. Não se entregue ao sono, não procure descansar.​" (Provérbios 6:1-4)

Quem é que gosta de se humilhar a quem quer que seja? Com certeza, ninguém. As situações que demandam que nos humilhemos a outra pessoa são muito constrangedoras. Há pessoas que assumem grandes prejuízos - financeiro, emocional e profissional, mas não se humilham pra ninguém. O autor de Provérbios sugere que aqueles que se dispuseram a ser fiadores de outrem, em caso de não pagamento daquilo que foi acordado, se preciso for, até se humilhe diante daquele que não cumpriu com a palavra, para que, assim, o prejuízo pessoal seja menor. Sim, porque o prejuízo, nesses casos ​é inevitável, visto que, ainda que a dívida seja paga, no mínimo, a amizade ficará estremecida. Grandes amizades e bons relacionamentos familiares já foram quebrados por conta desse tipo de acordo. Algumas pessoas dizem que a Bíblia condena aquele que se torna fiador de alguém, porém, isso não ​é verdade. A Bíblia orienta-nos a não entrarmos nesse tipo de negócio, porém, nos diz que, quando entrarmos, devemos estar cientes da responsabilidade que estamos assumindo e das consequências dessa responsabilidade. ​É por isso que o autor de Provérbios recomenda que devemos ficar humilhação àqueles a quem nos tornamos fiadores, e, se essa pessoa não estiver cumprindo com seu compromisso, para que não venhamos a pagar por uma dívida que não é nossa, devemos ser insistentes e, se necessário, nos humilharmos. Sim, porque ​é menos vergonhoso humilharmo-nos para alguém que conhecemos do que vivenciarmos a humilhação de perder algum bem por uma dívida de outra pessoa. Muitas pessoas colocam seu patrimônio e nome em risco​,​ porque não conseguem dizer "não" a amigos e parentes, porém, como aquilo que temos, em muitos casos, pertence também a nossa família, especialmente o que diz respeito a imóveis, n​ão podemos penhorar por causa de terceiros. E isto não implica em sermos egoístas, mas em sermos prudentes com aquilo que temos. Por isso, acolhamos a recomendação do autor de Provérbios caso tenhamos nos sujeitado a condição de fiador. Mas, por uma questão de prudência, evitemos ao máximo este tipo de situação,pois, todos os envolvidos podem perder, seja valor humano (relacionamentos), seja valor monetário (dinheiro/patrimônio). Pense nisso!
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira

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