quinta-feira, 15 de agosto de 2013

"Os planos fracassam por falta de conselho, mas são bem sucedidos quando há muitos conselheiros" (Provérbios 15:22)

Eu já escrevi em diversas reflexões sobre a importância de construirmos bons relacionamentos, visto que os vínculos relacionais são imprescindíveis para que possamos viver bem. Acerca disso, falei, também, sobre a necessidade de sermos sensatos na escolha daqueles que denominaremos como "amigos", pois uma boa amizade pode significar o livramento de muitas enrascadas. Enfim, os vínculos relacionais são preciosos, sejam eles quais forem. Cada vínculo que criamos - família, cônjuge, amigos, colegas - impede que nos tornemos egoístas e, assim, ajuda-nos a, através da troca de experiências e orientações, amadurecermos enquanto indivíduos.  Os bons relacionamentos fazem com que tenhamos ao nosso lado pessoas que, verdadeiramente, se importam conosco e, por isso, sempre vão querer o nosso bem. E quando constituímos bons vínculos relacionais, a liberdade que temos uns com os outros, faz com que um ajude o outro quando os sofrimentos, as angústias, as dúvidas, as incertezas, e todas as outras difíceis situações da vida, surgem em nossa caminhada. Tenho quatro grandes amigos: a Liliane, o Flávio, o Fábio e a Eunice, pessoas que sempre posso contar quando preciso de auxílio em minhas crises pessoais, emocionais, espirituais. Em cada situação que apresento a eles, sempre sou orientado de maneira prudente. O vínculo de nossa amizade permite que eu possa me expor a eles e, assim, com muita transparência, dialogamos com a finalidade de gerar crescimento e mais sabedoria para que seja possível lidar com cada situação. Nesses diálogos há muito acolhimento e, portanto, reforço e correções. Às vezes recebo, através do acolhimento, orientações que reforçam as atitudes que estou tomando; outras vezes, também num ato de acolhimento, recebo orientações que corrigem a maneira como estou lidando com determinadas situações; porém, tudo isso acontece quando há exposição e, assim, transparência daquele que busca conselhos. Percebo que muitas pessoas cometem erros absurdos porque, infelizmente, por medo de se exporem aos amigos, ou por não terem amigos, vivem apenas em função dos seus próprios "achismos". Geralmente, pessoas assim, por não se permitirem à exposição, dirigem a vida a partir de si mesmos, sem qualquer possibilidade de ver determinadas situações pela ótica de outra pessoa. Assim, por conta dessa "autosuficiência", casamentos são desfeitos, empregos são perdidos, amizades nunca são estabelecidas, contribuindo, então, para as muitas frustrações e desajustes emocionais. Nos últimos cincos meses tenho trabalho mais diretamente como assessor familiar, neste período tenho notado que o medo da exposição faz com que as pessoas não criem vínculos profundos e, então, vão desenvolvendo a vida segundo a maneira como a entendem e, assim, geram terríveis problemas relacionais, que fazem mal a si mesmas e ao outro, porém, como não podem demonstrar suas fraquezas a quem quer que seja, quando vão buscar ajuda a situação está tão desesperadora que, infelizmente, há pouco o que se fazer. Outros, infelizmente, quando colocados de frente consigo mesmos, ao invés de buscarem ajuda e, então, fazer os ajustes necessários, preferem dar desculpas (os mais educados) a mudar suas posturas ou permitir que alguém os oriente. Desta forma, nasce uma gama de cônjuges insatisfeitos, casamentos de fachada, profissionais frustrados, filhos em crise, e a dureza de coração. Portanto, se você tem intenção de viver bem, com qualidade de vida, estabeleça vínculos  relacionais profundos. Permita-se ao cuidado. Permita-se a exposição. Permita-se a liberdade das concepções engessadas e edificadas apenas em si mesmo. Pense nisso! 
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira

3 comentários:

  1. Ta de parabéns o seu blog. Irei acompanha-lo.

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  2. Dejo a você os parabéns pelo seu blog vou esforça para te acompanhar

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  3. Dejo a você os parabéns pelo seu blog vou esforça para te acompanhar

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