sexta-feira, 17 de maio de 2013

"Aquele que cobre uma ofensa promove amor, mas quem a lança em rosto separa bons amigos" (Provérbios 17:9)


Às vezes nós temos alguns comportamentos estranhos, dentre esses, um é ridículo: achar que falar tudo na "cara" das pessoas é uma questão de ser verdadeiro. Bom, verdadeiro até pode ser, entretanto, concomitantemente, é estúpido. Acho que é mais estúpido do que verdadeiro. Digo isso porque a própria vida ensina-nos que nem tudo deve ser dito; nem toda situação deve ser confrontada; nem todo problema tem solução; e, por isso, temos de saber temperar cada uma dessas situações. Sim, porque se não tivermos sabedoria para moderar tudo isso, vamos produzir um genocídio relacional. O autor de Provérbios aponta para uma direção maior quando o assunto é relevar a ofensa: ele aponta para o amor; aquela atitude que nos dá condições de relevar a ofensa e, assim, preservar o outro e o vínculo que temos com o outro. Mas, num tempo em que cada um pensa limitadamente apenas em si próprio, quem, de fato, se importa com o bem estar do outro? Na verdade, o que eu tenho visto é que há muitas pessoas que esperam que o outro se prejudique para que, assim, possam obter aquilo que o outro tem, ou seja, prestígio, amizades, cargos profissionais, etc. E quando tal prejuízo não acontece naturalmente, então, "não custa dar uma mãozinha", pensam alguns. E daí surge tudo quanto é tipo de ofensa, maldade, falsidade, mentira, fofoca; e o pior de tudo, é que tais maldades, quase sempre, são feitas em nome da "justiça" e da "verdade". Com isso eu não estou dizendo que temos de passar a mão na cabeça daqueles que nos ofendem; que devemos "engolir" a ofensa; que não podemos revidar ou que não devemos tirar satisfação com quem nos ofendeu. Pelo contrário, penso que temos de resolver aquilo que nos constrangeu ou nos prejudicou, porém, antes, temos de refletir se realmente vale à pena; temos de refletir se compensa "gastar vela boa com defunto ruim". Sim, porque há pessoas, principalmente aquelas que não se importam em ferir os outros, que, infelizmente, por mais que sejam orientadas, advertidas e censuradas, numa vão aprender o que quer que seja. Há pessoas que não têm condições de ver um palmo além do seu próprio umbigo e, portanto, não valem o nosso desgaste e nem as nossas boas intenções. Pessoas assim, infelizmente, têm como castigo a dolorida tarefa de conviver consigo mesmo, sem amigos, pois, quem em sã consciência vai querer criar vínculos com alguém intransigente? Portanto, se você convive com alguém assim, seja sábio, não perca tempo com os joguinhos que esse tipo de pessoa propõe. Não permita que os comportamentos negativos das pessoas mal intencionadas roubem a sua doçura, educação, prudência e tudo aquilo que há de bom em você. Viva sob a condução do amor. Amor a Deus, às pessoas e a si mesmo, pois, isto sim agrega valor e qualidade de vida à nossa vida.
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira

4 comentários:

  1. Tudo bem...mas eu sinceramente fiquei em duvida..Não seria mais interessante resolver as coisas??? Por exemplo se conheço alguem que esta namorando e pronto pra casar vejo sua namorada com outro,na intenção de livrar aquela pessoa de problemas futuros conto a ela oque vi..Não seria esse o caminho? o ideal é ver aquela pessoa se prejudicar,e acabar com seu futuro?

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    1. Sim, resolver sempre, mas primeiro por diante de Deus, certo?! Porque Ele é quem convence os corações e nEle há juízo e justiça. E se a pessoa se arrepender? E se a outra parte decidir perdoar? Não estaríamos causando um transtorno ainda maior?

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    2. Oi Julio Fonseca, bom dia!
      Então, sugiro que releia o texto para que perceba sobre o tipo de pessoa e relação a qual estou me referindo. Não estou falando de amigos. Não estou falando de situações como essa que você se referiu.
      Obrigado pelo comentário!

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  2. curti concordo plenamente ass:gdeon

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