terça-feira, 28 de maio de 2013

"Quem repreende o próximo obterá por fim mais favor do que aquele que só sabe bajular" (Provérbios 28:23)

O provérbio de hoje chama-nos a atenção para uma situação da vida real: saber discernir entre um amigo e um colega; e refletir sobre qual tipo de pessoas preferimos ter ao nosso lado. Todos nós gostamos de ter alguém por perto que nos bajule; que não nos exorte; que não chame a nossa atenção; porém, essas atitudes, ainda que sejam muito prazerosas, nem sempre são boas. É certo que elogiar e receber elogios são atitudes comuns num relacionamento entre amigos, porém, os amigos, seja pelas vias do elogio ou pelas vias da repreensão, sempre vão querer o nosso bem. Há pessoas que têm dificuldade de compreender essa verdade. Acham que aqueles que lhes chamam a atenção ou os repreendem em alguns momentos, estão tentando tirar a sua felicidade ou estão com inveja. Outros, quando um amigo demonstra zelo através de uma repreensão, rompem com a amizade. Ora, ter bajuladores ao nosso lado é bom, porém, até a bajulação tem seus limites. Já testemunhei pessoas indo pro fundo do poço e os "camaradas" de bebida apoiando, acariciando o ego, incentivando as atitudes impensadas. Também já testemunhei uma menina ser apoiada pelas amigas a insistir num relacionamento que não tinha mais condições de se restabelecer, provocando, assim, mais frustração e sofrimento. Tudo tem o seu limite. Há momentos que temos de parar; temos de reconhecer que chegamos ou ultrapassamos o limite daquilo que é sensato. Porém, se as amizades que constituímos não forem verdadeiras, entraremos em muitas enrascadas. Creio que isso se aplica a nós, na maneira como nos relacionamos com as pessoas que confiam em nós. Às vezes, eu digo isso porque já o fiz, por não termos coragem de contrariar uma pessoa, nos tornamos coniventes e cúmplices de grandes besteiras; ao pensar que estamos fazendo o bem, na verdade, estamos prejudicando uma pessoa. Por isso, é importante que repensemos nossas amizades e a nossa maneira de nos relacionarmos com as pessoas, para que, nossas boas intensões, não se tornem em grandes armadilhas para quem nós amamos. É importante, também, que reflitamos acerca da nossa própria postura quando somos repreendidos por alguém, pois, dependendo do grau de intimidade que temos com quem está nos repreendendo, creio que vale a pena atentar àquilo que nos está sendo dito. Em algumas situações, uma boa repreensão é mais importante do que um elogio ou uma palavra de motivação. Pense nisso!
Com carinho e amizade, 
Pr. André Luís Pereira

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