terça-feira, 23 de abril de 2013

"Não esgote suas forças tentando ficar rico; tenha bom senso! As riquezas desaparecem assim que você as contempla; elas criam asas e voam como águias pelo céu" (Provérbios 23:4-5)


Quem é que não quer ficar rico? Acredito que existam poucas pessoas que nunca pensaram ou ainda não pensam nisso. Alguns querem se tornar ricos por causa de si mesmos, ou seja, para ter um pouco de tranquilidade econômica, para oferecer melhor comodidade para si e à família: melhor alimentação, vestuário, transporte, educação de qualidade, plano de saúde, habitação, férias dignas de um trabalhador, enfim, experimentar um pouco mais de qualidade de vida. Por outro lado, há pessoas que querem se tornar ricas por uma questão de ostentação. Muitas dessas pessoas, geralmente, tem algum parente que está numa condição econômica superior, e isto lhes causa inveja e desconforto. Assim, mesmo sem ter uma boa condição financeira para "competir" com tal parente, a pessoa assume dívidas maiores do que seu próprio ganho com o fim de aparentar aquilo que não é, desembocando, consequentemente, em muitos problemas emocionais, relacionais e financeiros. O autor de Provérbios não é uma pessoa que despreza a riqueza, pelo contrário, ele foi considerado no período em que viveu, como o homem mais rico dentre as nações do oriente médio. Entretanto, além de ser considerado o homem mais rico, também era considerado o homem mais sábio. Sua sabedoria o levou a reconhecer a importância dos bens econômicos, mas, também, o conduziu a dar maior valor às questões éticas, morais, relacionais. Ele tinha a consciência de que, por mais rico que fosse, sua fortuna poderia desaparecer num piscar de olhos, bastasse apenas que o seu país fosse conquistado por uma outra nação. Porém, a sabedoria, os valores pessoais, não lhes poderiam ser retirados e, portanto, mesmo perdendo tudo, ainda continuaria adquirindo os maiores tesouros desta terra. Tesouros que, postos em prática, com paciência e dedicação, certamente, o reconduziria a reconstrução daquilo que lhe fosse retirado. Lembro-me da "era Collor", quando as aplicações de muitas pessoas foram bloqueadas. Ouvi diversos relatos de pessoas que, num ato de desespero, tiraram a própria vida, pois, o dinheiro aplicado era a única riqueza que lhes restava. Nesse exemplo, creio ser nítido perceber a realidade da palavra do autor de provérbios: "as riquezas desaparecem"; e foi justamente isso o que aconteceu naquela época, e ninguém pode garantir que tal situação não se repita novamente. Por isso, esforcemo-nos para investir bem o nosso dinheiro e, assim, viver de uma maneira digna, porém, juntamente com isso, invistamos os nossos dias e esforços em valores que, mesmo na miséria, nos dêem suporte para vivermos dignamente. Bons investimentos!
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira

Um comentário:

  1. Quais são os bons investimentos que é bom investir o nosso dinheiro?

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