Hoje em dia a palavra amor está tão na moda que, de certa forma, se tornou mais um clichê popular. Hoje fala-se muito que temos de amar as pessoas, que temos de respeitá-las, entretanto, na prática, não é isso que acontece. Na prática, o comportamento das pessoas em relação aos outros nega qualquer discurso acerca ou em nome do amor. Para o autor de Provérbios antes que alguém fale de amor, este alguém tem de conhecê-lo; tem de saber o que é o amor, como ele se manifesta, como se aplica à vida pessoal e coletiva, para que, então, possa falar sobre ele. Para o autor, uma das maneiras de aprendermos a amar-nos - e isso antes de amarmos outra pessoa - é buscando a sabedoria, pois esta nos ajuda a desenvolver o conhecimento acerca de nós mesmos, acerca da vida, e dos valores que regem a existência pacífica neste mundo. A sabedoria dota-nos de critérios para que possamos nos relacionar bem com as pessoas; ajuda-nos a fazer o julgamento mais justo das intenções e comportamento delas (veja bem: julgar intenções e comportamento, não as pessoas); e desenvolve a capacidade de compreendermos a nós mesmos: ante as pessoas e as situações da vida, proporcionando, assim, uma maneira mais "leve" de encarar os fatos e conflitos próprios da existência. A medida que adquirimos sabedoria nos tornamos mais honestos conosco mesmo e, portanto, não criamos tantas expectativas sobre nós, evitando, então, as frustrações, fracassos e decepções que são próprios daqueles que não se conhecem e, portanto, não aceitam suas limitações naturais. Sem sabedoria, geralmente, contribuímos, e muito, para o desenvolvimento de uma baixa-autoestima, visto que as nossas ações impensadas e impulsivas nos frustram frequentemente, fazendo com que tenhamos uma imagem ruim acerca de nós mesmos e, em alguns casos, nos levam à uma atitude de desamor pessoal. E quem não tem condições de amar a si mesmo, como poderá amar qualquer outra pessoa? Por isso, invista nos conhecimentos: das ciências, da vida, das pessoas, de si mesmo; enfim, adquira sabedoria para que, conhecendo a si mesmo e ao universo que o rodeia, você tenha condições de amar, e amar com propriedade, verdade, expressando para as pessoas aquilo que está em você. Afinal de contas, nós só podemos oferecer às pessoas aquilo que nós temos. Pense nisso!
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira
Muiiitoo bom!
ResponderExcluirÓtimo aprendizado
ResponderExcluirmuto boa esta reflexão
ResponderExcluir