sexta-feira, 1 de março de 2013

Meu filho, se os maus tentarem seduzí-lo, não ceda! (Provérbios 1:10)


Este conselho de Salomão parece ser muito fácil de atender, afinal, nenhum de nós, pelo menos conscientemente, quer fazer aquilo que é mau ou andar com pessoas de má índole. Entretanto, mesmo não querendo, há ambientes que nos obrigam a conviver com os mais variados tipos de pessoas, inclusive os mau intencionados, por exemplo: escola, faculdade, trabalho, grupo social, igreja, etc. Estando à mercê dessas pessoas, às vezes, quando a situação a qual estamos vivendo parece nos prejudicar de alguma maneira, somos tentados a dar ouvidos àquelas pessoas que a única coisa que sabem fazer nesta vida é vingar-se, ofender os outros, gerar intrigas. Geralmente, pessoas que têm uma certa tendência à maldade sabem influenciar e manipular os outros. Sim, porque eu e você sabemos que quando somos prejudicados, justa ou injustamente, os nossos valores éticos e morais se enfraquecem diante do nosso orgulho ferido. Sendo assim, nos tornamos facilmente influenciáveis por qualquer pessoa que alimente o nosso orgulho ao ponto de tomarmos atitudes que não tomaríamos quando estamos bem. Portanto, é necessário que estejamos atentos nesses momentos de instabilidade emocional, pois, o orgulho quando ferido, pode fazer com que esse conselho tão simples de Salomão seja difícil de ser praticado. E nós sabemos o quanto é difícil construir um caráter ético; o quanto leva tempo para consolidar a nossa imagem nesse mundo; entretanto, num momento de fragilidade emocional, podemos colocar tudo a perder, se cedermos às conversas de pessoas levianas que fazem parte dos nossos círculos relacionais. Portanto, fiquemos atentos a nós mesmos e às pessoas que nos cercam. Sabedoria a todos!!!
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

"A pedra é pesada e a areia é um fardo, mas a irritação causada pelo insensato é mais pesada do que as duas juntas" (Provérbios 27:3)


O provérbio de hoje, mais uma vez, expõe a dura verdade da realidade. Como é difícil conviver com  gente que não tem bom senso; que fala demais, que se sente a "última bolacha do pacote", que tem a necessidade de opinar sobre tudo, mesmo quando não sabe de nada. Esse tipo de pessoa tem o poder de irritar quem quer que seja. Pessoas assim, por não saberem se colocar no lugar devido, em muitas situações, causam muitos conflitos relacionais. É verdade que quando lemos um provérbio como esse a nossa tendência é pensar em alguém, porém, hoje eu proponho uma reflexão diferente, ou seja, proponho que pensemos em nós; que pensemos na maneira como nos comportamos com as pessoas. Sim, porque, como é próprio dos seres humanos, na maioria das vezes achamos que o problema é e está no outro, porém, temos muita dificuldade de refletirmos acerca do nosso comportamento nos ambientes aos quais estamos inseridos. Ao longo desta vida, nos diversos ambientes que já trabalhei, a reclamação dos profissionais era sempre a mesma: o outro. Pouquíssimas pessoas reconhecem suas fraquezas e chatices, geralmente, esses reconhecimentos acontecem apenas na direção do outro. Mas, e nós, será que somos tão perfeitos assim? Será que as nossas atitudes não incomodam ninguém? Das reclamações que mais ouvi e as que ainda ouço posso destacar o "top 5": 1) Orgulho; 2) Individualismo; 3) Fofoca; 4) Mentira; 5) Abuso de Poder. Essas são atitudes particulares do ambiente de trabalho; atitudes que as pessoas demonstram, porém, em muitos casos, já nem consideram mais essas atitudes como algo negativo, visto que, há muito, adotaram a "lei da sobrevivência", ou seja, o mais forte prevalece. Conviver com pessoas que adotam esses comportamentos é algo que irrita profundamente, principalmente, aqueles que são profissionais sérios, honestos e engajados. Esses comportamentos também são insuportáveis nos demais relacionamentos da vida: casamento, família, amigos e colegas. Aliás, nessa lista de relacionamentos, temos de excluir os "amigos", visto que pessoas orgulhosas, individualistas, fofoqueiras, mentirosas e que abusam do poder, não têm amigos, apenas carregam ao seu redor pessoas que as tratam com falsidade, possivelmente, com o fim de obter alguma vantagem.  E não têm amigos justamente porque é praticamente impossível relacionar-se com pessoas que carregam essas características. Há pessoas que são tão insensatas que quando não recebem a amizade e a simpatia das pessoas, imediatamente, dizem estar sendo perseguidas ou que os outros as invejam. E, particularmente, o fato de alguém pensar assim, já expressa o quanto é orgulhoso e individualista. Temos de fazer uma autoavaliação pessoal-relacional diariamente, para que possamos nos perceber nos relacionamentos. Não há nada pior do que sermos evitados nas rodas de conversa, nos passeios entre amigos, nas comemorações especiais daqueles com quem convivemos. Porém, quando isso acontece, sinaliza que algo está errado e, geralmente, está errado em nosso comportamento e posturas. Que uma ou duas pessoas de um mesmo círculo de amizades não goste de nós é uma coisa (e até normal), porém, se um grupo inteiro não nos aceita, então, isso sinaliza que temos de reavaliar alguns dos nossos conceitos relacionais. Uma das melhores coisas da vida é estabelecer bons vínculos relacionais, porém, o apego às nossas conveniências, em diversas situações, faz com que afastemos as pessoas de nós e, pior ainda, faz com que achemos que apenas os outros é que estão errados. Portanto, pense nisso, pense em você e em seu comportamento com as pessoas que compõem os círculos relacionais que você faz parte. Caso haja alguma constatação que aponte um comportamento indesejável de sua parte, mude. E mude para o seu próprio bem.
Bom dia a todos
Carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

"Como a neve no verão e como a chuva na ceifa, assim, a honra não convém ao insensato" (Provérbios 26:1)


Em muitas ocasiões, talvez por conta da necessidade que temos de ser aceitos por todos, acabamos que nos curvando diante de pessoas que não são dignas de serem honradas. A palavra do autor de Provérbios nos adverte quanto a essa situação. Às vezes, por conta de nossas conveniências ou por medo daquilo que os outros vão pensar de nós, nos tornamos coniventes com muitas coisas que não são tão boas assim. Há muitas pessoas insensatas que não amadurecem ou não aprendem a agir sabiamente porque aqueles que são sábios se abstém de confrontá-las visto que não querem prejudicar a sua imagem pessoal ante as outras pessoas. Sim, em muitas situações, deixamos de nos posicionar, mesmo quando aquilo que pensamos ou acreditamos está correto, porque temos medo da possível decepção que vamos causar às pessoas. Entretanto, a medida que agimos assim, contribuímos para que a injustiça e a insensatez sejam a bússola de nossas vidas ou da vida daqueles que estão envolvidos em situações que se formatam dessa maneira. Algumas pessoas que agem insensatamente, só agem assim porque aqueles que são sábios, em algumas situações se calam, permitindo que, mesmo conscientes dos prejuízos, as decisões sejam tomadas de maneira equivocada. Martin Luther King disse uma frase que eu, depois que a li num livro, nunca mais me esqueci: "O que me incomoda não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons", e creio que esta fase é a aplicação do provérbio de hoje. Já vi pessoas insensatas tomarem o poder porque os que eram sensatos se esquivaram; já vi pessoas insensatas sendo honradas pelas propostas absurdas que fizeram, porém, foram honradas porque aqueles que eram sensatos se calaram; enfim, enquanto aqueles que são sábios, sensatos, íntegros e honestos se calarem, infelizmente, os insensatos sempre estarão à frente e serão honrados por sua insensatez. E essa situação se aplica em todos os círculos relacionais que estamos envolvidos: família, trabalho, escola, amizades, religião, etc. É mister que sejamos honestos conosco mesmos e com aqueles que, não tendo condições de manifestar-se, depositam em nós a confiança da possibilidade de mudança dessas situações. A medida que vamos amadurecendo na jornada da vida, é quase que uma obrigação nos posicionarmos nas situações às quais nos são apresentadas cotidianamente. Por isso, se você tem como característica calar-se até mesmo diante daquilo que não é bom, pense na possibilidade de reverter esta característica e, assim, ajudar-se a si mesmo e aqueles que, por diversas razões, não têm como expressarem-se e que por isso precisam ser representados por alguém. Pense nisso: temos sido coniventes com os insensatos? O que temos promovido com isso? Será que, por uma questão de justiça, não está na hora de nos posicionarmos de maneira mais efetiva? Eu desejo, de coração, que Deus o ajude nessas reflexões e que, assim, você seja um instrumento da justiça e da sensatez em todos os ambientes que Deus o colocar.
Boa tarde a todos!
Com carinho e amizade,  
Pr. André Luís Pereira

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

"Pleiteia a tua causa diretamente com o teu próximo..." (Provérbios 25:9a)


Hoje pela manhã este provérbio me chamou muito à atenção. Fiquei pensando sobre como, em muitas situações, temos a capacidade de tornar problemas simples em grandes atrocidades. Pensei isso porque muitas pessoas (inclusive eu) quando se deparam com algum problema com alguém, ao invés tentarem resolver o problema com este alguém, permitem que o problema seja alastrado ao reclamarem com outras pessoas que, definitivamente, não podem fazer nada quanto ao problema dos envolvidos. No máximo, em casos assim, o que acontece é o surgimento de fofocas e, junto delas, a infiltração da maldade e/ou partidarismo daqueles que são envolvidos num problema que pertencia apenas às duas pessoas. O autor de Provérbios, em sua sabedoria nos aconselha a resolvermos nossos problemas com aquele que está diretamente ligado na situação. Quando nos privamos de fazer isso, seja lá por quais motivos, contribuímos para duas situações: 1) o envolvimento de pessoas alheias à situação que, num determinado momento, por conta das conversas de corredor, vão começar a se sentir parte do problema que é do outro, gerando, assim, um problema desnecessário no círculo relacional; 2) a promoção do partidarismo "sem causa", que, no final das contas, gera inimizade e divisão; enfim, seja qualquer for a situação, os resultados são sempre negativos, pois, não resolvem a questão, alastram o problema e, consequentemente, afeta negativamente o relacionamento de todos. Tenho certeza de que você já fez isso ou já foi vítima de uma situação parecida. E isso acontece justamente quando falta-nos maturidade e sabedoria. Lidar com pessoas não é um exercício fácil, porém, com sabedoria e maturidade, pode ser um exercício possível. Contudo, para que possamos iniciar este processo de sabedoria e maturidade temos que, em primeiro lugar, resolver os problemas diretamente com aquele que gerou tal dificuldade em/para nós. Eu sei, por experiência própria, que encarar os que nos ofendem ou agem contra nós, não é nada fácil, porém, mais difícil do que esta confrontação é lidar com todos os outros problemas que causamos ou geramos naqueles que nada têm a haver com uma mágoa que é especificamente nossa. Aliás, tal confrontação, além de ser uma atitude de sabedoria e maturidade, é, também, um ato de honestidade e justiça para com o ofendido e para com o ofensor. Mas, como eu já disse, quando tal confrontação não acontece, transmitimos todos os nossos sentimentos negativos em relação a determinada pessoa, para outras pessoas que não merecem, não podem  e nem devem recebê-los. Por isso, caro leitor, caso você tenha iniciado a semana, o mês ou o ano com pendências com outra pessoa, seja sábio, haja de maneira madura, ou seja, atente-se ao conselho do autor de Provérbios: resolva seu problema com seu próximo, a saber, aquele que de alguma maneira o ofendeu; não se permita ser desonesto ao ponto de transferir o que é seu para outras pessoas que são inocentes diante dos fatos. Pense nisso!
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

"Quem semeia a injustiça colhe a maldade..." (Provérbios 22:8)


Penso que se as pessoas refletissem um pouco mais acerca da verdade exposta por esse provérbio, no mínimo, se esforçariam mais para fazer o que é justo. Acho interessante quando alguns clamam contra a injustiça, a corrupção e a desonestidade. Acho interessante porque quando ouvimos tal clamar a impressão que temos é que esses males estão presentes apenas no outro, geralmente apenas nos políticos e, ultimamente, nos líderes religiosos. Porém, se fôssemos honestos na avaliação pessoal, possivelmente chegaríamos a conclusão de que nós, em proporção às vezes maiores ou menores, também, sempre que temos oportunidade de algum benefício próprio, porém que seja obtido apenas de forma ilícita, optamos pela injustiça. Na verdade, a filosofia pós-moderna relativizou todas as coisas, daí, então, tudo o que era inegociável tornou-se negociável ou inutilizável dependendo da situação, inclusive alguns valores éticos, como por exemplo a verdade, a honestidade e a justiça. Quem de nós, por mais crítico que seja das atitudes de outrem, nunca se valeu de uma mentirinha que seja para evitar um castigo materno ou, então, nunca deu uma coladinha numa prova pra evitar uma nota vermelha em seu boletim? É possível que alguém diga que não se encaixe em nenhum desses exemplos, porém, com certeza, sabe que se encaixaria em outros. Com isso eu estou exercendo juízo sobre as pessoas? De maneira alguma! Na verdade, eu estou querendo chegar é na condição de estarmos conscientes acerca das consequências de nossos atos. Há muitas pessoas que decidem pela mentira, pela desonestidade e, consequentemente, pela injustiça, porém, quando a verdade vem à tona, querem deprimir-se, revoltar-se contra quem descobriu a verdade e, assim, sentir-se perseguido pelas pessoas. Ora, em todas as situações temos sempre uma escolha a ser feita: podemos optar pelo que é correto e, assim, pagarmos o preço da honestidade que, em algumas situações nos beneficia e em outras até pode nos "prejudicar"; e podemos optar pelo que não é correto, porém, temos de estar conscientes de que, em algum momento, podemos colher os frutos dessa decisão. Nesse tipo de situação eu penso que, pior do que fazer o que não é certo, é não querer sofrer as consequências daquilo que se fez. Um comediante brasileiro dizia uma frase que é bíblica: "quem pranta, cói" (quem planta, colhe), e colhe exatamente aquilo que plantou. Na lei da natureza é impossível plantar arroz e colher feijão. Na lei da existência também é impossível plantar o que é mau e receber o que é bom. É verdade que alguns vão pensar: "eu já me dei bem através da mentira", e, particularmente, eu já vi muita gente se dar bem valendo-se da mentira, muitos no Congresso Nacional mentem e roubam e, até agora, estão vivendo muito bem. Porém, ainda que eles não sintam qualquer peso na consciência, têm de conviver a insegurança, pois sabem que a qualquer momento a verdade pode vir à tona. Às vezes, quando a verdade é exposta tanto aquele que praticou o que é errado, quanto aqueles que o rodeiam, passam por grande vergonha. Aliás, vergonha que mentira nenhuma pode esconder e que dinheiro nenhum no mundo pode evitar. Quando vejo os políticos sendo desmascarados em rede nacional, fico pensando o tamanho da vergonha e o desgosto que seus pais, cônjuges, filhos e amigos sentem. Particularmente, hoje mais maduro e experimentando uma relação mais intensa com a Palavra de Deus, tenho aprendido que vale mais os prejuízos resultantes da verdade do que os lucros provindos da mentira ou da desonestidade, ainda que esta nunca seja descoberta. Deitar e dormir com a consciência tranquila é a maior riqueza que um homem pode ter e é o maior legado que ele pode deixar a todos que o cercam. Pense nisso!
Bom final de semana a todos!
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

"O coração do rei é como um rio controlado pelo Senhor; ele o dirige para onde quer" (Provérbios 21:1)


Como é bom ter a vida dirigida por Deus. Ainda que o texto esteja falando do rei, até porque foi um rei que o escreveu, creio que o mesmo se aplica a cada um de nós. Num primeiro momento podemos ter a impressão de que o texto está falando de um boneco manipulado por Deus, que não tem decisão e nem opinião própria. Entretanto, se levarmos em consideração todo o contexto do livro de Provérbios, perceberemos que o autor está se referindo a situação de dependência de Deus. A dependência de Deus não implica na anulação da nossa vontade e nem da nossa autonomia, pelo contrário, tal dependência conduz-nos a conformarmos (no sentido de dar forma) a nossa mente, à mente de Cristo. Acerca disso, o apóstolo Paulo disse o seguinte:"...nós temos a mente de Cristo" (1 Coríntios 2:16). Ou seja, implica em absorvermos os valores éticos e relacionais do Evangelho, em todas as áreas de nossa vida. Isso sim, significa em ser controlado pelo Senhor. A medida que vamos nos apropriando dos valores do Evangelho, então, vamos nos tornando, assim como disse o autor de Provérbios, como um rio que é dirigido pelo Senhor. Porém, esta direção não será imposta, mas fluirá naturalmente em nós pelo fato de praticarmos o Evangelho. Há muitas pessoas que querem conhecer a vontade de Deus, entretanto, isso só é possível à medida que nos dispomos à estudar o Evangelho e, em o conhecendo, também praticá-lo. E, por experiência própria de um homem que tem estudado e aprendido muito com a vida de Jesus, eu posso lhe garantir: vale à pena! Ter a vida dirigida por Deus é um privilégio e uma bênção muito maior do que possamos imaginar. A direção de Deus nos conduz à educação, ao caráter ético, ao compromisso conjugal, ao profissionalismo com excelência, enfim, à uma relação melhor com as pessoas, sejam elas quem forem. Portanto, se você é alguém que aprecia a sabedoria, a maturidade e o desenvolvimento pessoal, leia a Bíblia. Contudo, a leia não apenas como um livro religioso, mas como um Manual de Vida e Comportamento com Deus e com as Pessoas. Leia com a disposição de ir além da absorção de informações, leia com a motivação para colocar seus valores em prática em sua vida, a começar pela sua família. Assim você vai provar, na prática, o que o autor de Provérbios quis dizer com "ser dirigido por Deus".
Bom dia a todos vocês!!!!
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

"Casas e riquezas herdam-se dos pais, mas a esposa prudente vem do Senhor" (Provérbios 19:14)


Esse provérbio já causou muita confusão na cabeça de muitos religiosos. Aliás, tudo o que se diz que "vem do Senhor" sempre causa muita dúvida: será que o Senhor vai me dar uma esposa prudente? Será que o Senhor vai me dar uma casa, um carro, e dinheiro? Bom, sinceramente? Não! Pelo menos não do jeito que se pensa ou seja prega nos programas religiosos de televisão. Nada nesta vida cai do céu como se Deus fosse o gênio da lâmpada, pronto para atender nossos desejos. Quando o autor de provérbios fala sobre algo vir de Deus, ele está apontando para aquele que pede. Como assim? Simples: aquele que quer uma esposa prudente deve, necessariamente, ser prudente. Sim, somente pessoas prudentes têm condições de fazer escolhas prudentes. Agora, a prudência à qual o autor de provérbios sempre se reporta está na Bíblia, por isso ele afirma que "vem do Senhor". Para o autor de provérbios a sabedoria está na Palavra de Deus. É essa Palavra que instrumentaliza o ser humano para que este tenha condições intelectuais para discernir aquilo que é bom ou ruim para si mesmo. Essas idéias de que "Deus vai nos dar isso ou aquilo" são de uma infantilidade espiritual e intelectual sem tamanho. O Senhor, através da sua Palavra - e creio que você esteja percebendo isso através dos provérbios - nos dá critérios contundentes para que possamos fazer as escolhas próprias desta vida. Se você quer um bom carro, trabalhe. Caso você seja pobre, assim como eu, vai ter de trabalhar muito pra conseguir um bom carro. Se você quer uma casa própria, então, prepare-se para trabalhar bastante, fazer horas extras, economizar ao máximo possível. Caso contrário, nem adianta pedir pra Deus, pois, a parte dele é dar-lhe saúde e dotar-lhe de sabedoria para que você conquiste seus sonhos e supra suas necessidades. Quando o assunto é relacionamento afetivo, creio que o princípio seja o mesmo. Quer ter alguém que seja realmente significativo à sua vida? Então, o caminho é você agregar valores éticos, morais, relacionais, familiares, espirituais, à sua própria vida. Esses valores vão ajudá-lo a discernir melhor acerca do tipo de pessoa que você quer ao seu lado. Infelizmente, da maneira como a nossa geração está se relacionando - descartavelmente - será muito difícil construir vínculos significativos e contrair um casamento que realmente agregue valor à vida. Infelizmente, também, a maneira como muitos religiosos crêem em Deus - utilitariamente - os levará à muita frustração, decepção e a maus relacionamentos. Seja sábio, leia a Bíblia, leia Provérbios e mãos à obra!
Um bom dia a todos!!!
​Com carinho e amizade, 
Pr. André Luís Pereira