quinta-feira, 15 de novembro de 2012

"A resposta calma desvia a fúria, mas a palavra ríspida desperta a ira"(Provérbios 15:1)


O ser humano tem uma grande dificuldade de se comunicar. Talvez, seja por causa disso que grandes conflitos se levantaram no mundo. Mas, o que é o mundo se levarmos em consideração os grandes conflitos em nossos lares? Conflitos que, em grande parte, advém da debilidade da comunicação conjugal/familiar. Particularmente, eu acredito que há dois problemas recorrentes na comunicação: a omissão e a insensatez. A omissão é o exercício do silêncio irresponsável, ou seja, é o silêncio daquele que deveria expor sua opinião, entretanto, se cala. Às vezes, se cala para não magoar o outro; às vezes se cala por medo do outro; às vezes se cala porque já desistiu da relação, e talvez, esta seja uma das piores situações no contexto de um lar: desistir de participar. A omissão, às vezes, é uma característica do temperamento da pessoa; às vezes é algo imposto pelo outro; e, às vezes é um meio de não se posicionar. A insensatez, geralmente, é percebida em quem fala demais. É a característica marcante daquelas pessoas que não pensam pra falar, que não pensam se vão magoar o outro. Geralmente, o insensato tem em seu vocabulário a seguinte frase: "eu falo mesmo, não estou nem aí!". Entretanto, este tipo de pessoa é quem mais deixa rastros de destruição na caminhada da vida. Também, este tipo de pessoa não consegue conviver quando o ditado popular se torna real em sua vida, ou seja: "Quem fala o que quer, escuta o que não quer". Sim, porque falar tudo o que se pensa, também demanda em ouvir tudo o que os outros pensam. E será que estamos, de fato, dispostos a isso? No ambiente familiar temos que tentar minar esses dois problemas da comunicação: a omissão e a insensatez. A dinâmica familiar é tão rica que, às vezes, causa alguns desentendimentos que são próprios dessas demandas: filhos que desobedecem, pais que não compreendem, cônjuges que não sabem lidar com a TPM, problemas financeiros, a crise do ninho vazio, enfim, diversas situações próprias de toda e qualquer família.
O autor de Provérbios nos convida à sensatez, ou seja, a agir de maneira que não torne aquilo que já está tenso numa guerra armada, ainda que esta seja de munição verbal, a qual eu creio que seja a que mais mata quando o assunto é relacionamento, principalmente, familiar/conjugal. Perceba que a sabedoria do autor não apóia a omissão, entretanto, conduz-no à sensatez. A palavra sensata, dita no momento certo e da maneira correta, apazigua tempestades. E, dentre as regras gerais de comunicação eficaz, falar na hora certo e do jeito certo é uma arte que demanda sabedoria do comunicador.Portanto meus queridos, antes de falarmos qualquer coisa, pensemos bem em qual será o resultado da nossa fala. Pensemos se o momento é propício. Pensemos na maneira como vamos dizer. Pensemos! Pois até a melhor idéia pode perder o seu valor quando exposta no pior momento. Lutemos para que sejamos instrumentos de reconciliação e, para isso, peçamos a Deus sabedoria, sensatez e domínio próprio.
Bom dia a todos!
Com carinho,
Pr. André Luís Pereira

3 comentários:

  1. Adorei! Ótima reflexão sobre uma das origens que consomem o conflito dentro das famílias e da sociedade.

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  2. verdade Lucas, omitir e dizer não à insensatez sempre!

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  3. O autor de Provérbios nos convida à sensatez, ou seja, a agir de maneira que não torne aquilo que já está tenso numa guerra armada, ainda que esta seja de munição verbal, a qual eu creio que seja a que mais mata quando o assunto é relacionamento, principalmente, familiar/conjugal.

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