sexta-feira, 5 de julho de 2013

"Agora, então, meu filho, ouça-me; não se desvie das minhas palavras" (Provérbios 5:7)

A sabedoria nos convida a ouví-la. Este é um convite que, em Provérbios, é muito repetido. A intenção do autor é esta mesmo: repetir para que seus leitores não se esqueçam. Mas todos nós nos esquecemos disso, não é verdade? E nos esquecemos justamente porque não gostamos de ouvir, principalmente, em situações em que somos repreendidos ou aconselhados a fazer aquilo que não nos sentimos confortáveis. Temos muito mais facilidade em verbalizar do que em ouvir. Porém, quando não ouvimos, também não aprendemos a falar, aí, o que verbalizamos, geralmente, passa longe da sabedoria. E tal insensatez é atribuído à regra natural da vida: é muito difícil oferecer aquilo que não recebemos, ou seja, quem não ouve a sabedoria não pode falar com sabedoria. Hoje, por conta da internet, todo mundo pode se expressar através de redes sociais, blog, sites pessoais, enfim, há uma gama de oportunidades para que possamos verbalizar nossa opinião. E, particularmente, penso que tudo isso é rico e importante, contudo, não podemos nos esquecer que tudo aquilo que verbalizamos, assim como acontece com o nosso comportamento, temos de assumir a responsabilidade e as consequências dessa exposição. Por isso, se faz necessário que, antes de falar, saibamos, primeiramente, ouvir. O autor de Provérbios nos convida a ouvir os sábios, as pessoas honestas, aqueles que nos amam, e os mais amadurecidos na caminhada da vida. Ele faz essa recomendação justamente para que tenhamos condições de nos comunicar com qualidade e produtividade para o outro. Na escola, faculdade, concílios da Igreja na qual sou pastor, nos cursos de especialização que já fiz, enfim, nos diversos círculos sociais, há pessoas que falam apenas por necessidade de serem ouvidas, porém, quase nenhuma de suas palavras são aproveitadas, visto que, na maioria dos casos, não há prévia reflexão acerca daquilo que é exposto, ocasionando, assim, na inutilidade daquilo que foi dito e, consequentemente, no constrangimento daquele que falou. Por isso, para que o seu falar seja agradável e proveitoso, exercite a prática do ouvir aquilo que é bom e que vem de pessoas de bem, fazendo isso, com certeza, sua presença será sempre agradável e edificante.
Com carinho e amizade, 
Pr. André Luís Pereira

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