quinta-feira, 4 de julho de 2013

"Meu filho, escute o que lhe digo; preste atenção às minhas palavras. Nunca as perca de vista; guarde-as no fundo do coração, pois são vida para quem as encontra e saúde para todo o seu ser." (Provérbios 4:20-22)

Quem já não ouviu esta frase dita por seus pais ou, então, por uma pessoa querida? Porém, neste provérbio, o autor da frase é a própria sabedoria, transformada pelo escritor de Provérbios numa figura de linguagem que se coloca como um pai, orientando seu filho. Quando li esta frase, minha memória fez um retrospecto histórico e me conduziu à infância e adolescência. Fui levado ao passado de uma maneira tão profunda que tive a impressão de ouvir o meu pai dizendo essas palavras. Lembrei dos conselhos que ouvi e coloquei em prática; lembrei-me daqueles conselhos que ouvi, ignorei e, por causa disso, me arrependi, visto que me dei muito mal; lembrei-me, também, dos conselhos que não ouvi, mas pude vê-los através do comportamento dos meus pais, e então aprendi. Há um ditado popular que diz que "se conselho fosse bom não seria dado, mas, sim, vendido", mas na minha experiência, muitos dos conselhos que recebi foram muito importantes. É verdade que os conselhos mais importantes vieram daqueles que realmente se importavam comigo; os conselhos menos significativos, muitos dos quais foi muito proveitoso eu tê-los ignorado, vieram de pessoas que preferiam não me confrontar, visto que achavam que amizade implica em não-confrontação. Cinco pessoas foram muito influentes na minha formação: pai, mãe, Flávio, Ivo (dois amigos) e o Rev. Márcio (meu pastor na adolescência). Essas pessoas sempre me aconselharam, apontando os caminhos e valores sob os quais eu deveria andar: meus pais me ensinaram os passos da honestidade; o Flávio me ensinou os passos da lealdade e cumplicidade; o Ivo me ensinou o caminho da camaradagem e profissionalismo; e o Rev. Márcio me ajudou a trilhar no caminho da fé. Nessas pessoas eu pude confiar plenamente, pois, tinham a capacidade de me ensinar através dos elogios, incentivos e exortações; foram pessoas que, até quando eu os decepcionei, continuaram acreditando em mim, e tal crédito foi demonstrado enquanto investiam tempo, reflexões e reorientações na minha caminhada. E como foi bom tê-los por perto. Como foi bom ouví-los. É verdade que, em muitas situações, eu os ouvi por educação e os atendi por obrigação, mas, hoje agradeço a Deus pela educação e senso de obrigação, porque ouví-los e atender a sabedoria de cada um me tornou numa pessoa melhor. Ainda que o autor de Provérbios use uma figura de linguagem para dar voz à sabedoria, eu posso dizer que ela esteve encarnada em minha vida através dessas cinco pessoas. Houveram outras, porém, estas cinco pessoas foram colocadas por Deus em minha vida nas fases mais importantes do meu desenvolvimento pessoal. A sabedoria continua falando ainda hoje, pra mim através dessas pessoas, mas pra você, quem sabe ela esteja falando através de pessoas às quais você nem tem dado tanto valor. Os grandes equívocos da minha vida aconteceram quando eu me senti auto-suficiente. Porém, os grandes acertos aconteceram quando eu me percebi submisso àqueles que realmente se importam comigo. Ouça a sabedoria, ouça quem lhe quer bem. Pense nisso!
Com carinho e amizade, 
Pr. André Luís Pereira

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