Há pessoas que ficam horrorizadas quando ouvem notícias de filhos que mataram seus pais ou vice-versa. Outras não conseguem conceber que alguém possar tirar a vida, até, de um desconhecido. Há aquelas que não têm coragem de matar uma formiga, até aquelas mais incômodas. Porém, muitas dessas mesmas pessoas, sem qualquer peso na consciência, causam a morte de muita gente através de palavras ofensivas. Isso mesmo, algumas palavras, ainda que não matem fisicamente uma pessoa, produzem um efeito de destruição em massa; destroem a esperança, a autoestima, a motivação, o amor próprio, enfim, tornam as pessoas em mortos vivos. Em algumas situações, dependendo da intenção e gravidade daquilo que foi dito, os efeitos são muito mais prejudiciais do que a morte. Sim, porque a morte é algo pontual, ou seja, a pessoa morre e todas as consciências e dores também se vão, porém, aqueles que são vítimas das palavras maldosas de alguém, se não forem acompanhadas por um psicólogo, podem sofrer pelo resto da vida, em alguns casos, dependendo da profundidade da ofensa, podem até desistir da vida. Veja só, que perigo. Nós, a partir da falta de juízo e maturidade, podemos nos tornar assassinos emocionais e, particularmente, penso que este tipo de crime é um das piores espécies. Creio que por conta disso, o autor de Provérbios diz que a sabedoria se demonstra no controle da língua, ou seja, no pensar antes de falar; na reflexão sobre se realmente vale a pena dizer determinadas coisas às pessoas. Há um provérbio que diz: "o falar é prata, mas o silêncio é ouro", e, na prática, isso é verdade. Os sabedoria é conquistada pelo ouvir, perceber, observar, relacionar; ela também é demonstrada muito mais pelo comportamento do que pela fala. Ás vezes percebo que determinadas pessoas querem se mostrar sábias através do muito falar e falar sobre tudo, porém, uma pessoa de quem gosto muito certa vez disse o seguinte: "quem fala demais dá bom dia a cavalo", e percebi que isso é verdade. A verbalização do nosso conhecimento é importante enquanto nossa intenção é nobre, ou seja, enquanto temos como objetivo ajudar alguém, porém, quando o nosso falar tem a finalidade de impressionar ou oprimir as pessoas ou, até, expor nossa "sabedoria", então, caímos na tolice da insensatez. Portanto, segundo o autor de Provérbios, se quisermos realmente demonstrar sabedoria, maturidade e experiência, saibamos dominar a nossa língua.
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira
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