O contexto deste provérbio está apontando o caminho daqueles que vivem com a finalidade de fazer o mal às pessoas; daqueles que se deliciam com o sofrimento alheio. Assim, este provérbio aponta para o resultado que os que maquinam o mal receberão em suas vidas, ou seja, a própria destruição. Talvez sejamos até tentados a pensar que, neste país corrupto, são pouquíssimos os assassinos ou ladrões que recebem a punição merecida. Particularmente, penso que isso é verdade. Porém, a punição às maldades humanas, nem sempre, se limitam a prisão ou pena de morte, há, também, aquela punição da consciência de si mesmo. É verdade que há algumas pessoas que, pelo que fazem e dizem, parecem não ter qualquer consciência de si mesmas, porém, isso não é verdade. A não ser que a maldade seja fruto de um distúrbio emocional, aquele que a pratica tem consciência do mal que está em si mesmo; tem consciência de que suas atitudes são um fardo sobre si mesmo. Um fardo que o afasta da possibilidade de ter uma vida melhor, de ter boas amizades, bons relacionamentos, uma boa imagem para si mesmo e para a sociedade, e, consequentemente, a rejeição por parte daqueles aos quais gostaria de ser aceito. É certo que alguns vão dizer que é impossível que aqueles que cometem grandes atrocidades tenham consciência do que estão fazendo, mas, infelizmente, por mais difícil que nos seja encarar a realidade de que um ser humano possa cometer grandes desgraças em nome de nada, não há como fugirmos de tal, triste, constatação. E por mais que essa pessoa fique impune ante a Lei, visto que esta possui muitas brechas, o fim dessa pessoa é a destruição de si mesma, com as próprias mãos. O que resta da vida para alguém que cometeu um ou mais assassinatos? O que há de bom na vida para aqueles que foram desmascarados ante a prática da corrupção? Enfim, o que mais uma pessoa que opta pelo caminho da maldade pode esperar da vida? Nada! Realmente, nada! Eu imagino que chegar num determinado momento da vida e percebermos que alguém destruiu nossas esperanças deva ser algo terrível, porém, muito mais terrível do que isso, é chegarmos a conclusão de que nós mesmos destruímos nossa esperança, nosso futuro e todas as possibilidades de uma vida significativa nesta terra. Por isso, reflitamos sobre nós mesmos. Pensemos sobre o quanto nossas lutas, decepções e frustrações, são frutos da maldade alheia, ou, então, são resultados de nossas próprias decisões; pois, a despeito de tanta crueldade sendo praticada neste mundo, a maior delas é aquela que praticamos contra nós mesmos. Pensemos nisso!!!
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira
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