terça-feira, 23 de julho de 2013

"Meu filho, se o seu coração for sábio, o meu coração se alegrará. Sentirei grande alegria quando os seus lábios falarem com retidão" (Provérbios 23:15-16)

Neste capítulo do livro de Provérbios, mais uma vez, o autor, através de um recurso de linguagem, torna a sabedoria num personagem: um pai. Um pai que orienta o seu filho acerca daquilo que é bom. Aqueles que são pais, se lessem o capítulo 23 de Provérbios, se sentiriam muito a vontade, visto que as orientações e recomendações são muito paternais/maternais. Sabemos que muitos pais têm orgulho de seus filhos. Todo o esforço, dificuldade, lutas, erros e acertos, lágrimas, valem a pena quando os pais percebem que os filhos estão vivendo bem, a impressão que eu tenho é que o sentimento que envolve os pais é o sentimento de "dever bem cumprido", daí, aquilo que foi um dever se tornou em prazer. Educar é algo que demanda dedicação, insistência, compreensão, perseverança. Aqueles pais que se esforçam para preparar seus filhos para vida, por mais que tenham de punir, discutir, disciplinar, e aguentar o mau humor de seus filhos, quando o fazem por amor, geralmente, colhem como resultado a felicidade, a sabedoria e a maturidade dos filhos. Às vezes, no consultório de aconselhamento pastoral, percebo que muitos pais querem receber de seus filhos aquilo que eles nunca demonstraram ou ensinaram, ou seja, querem que os filhos sejam amorosos, porém, a criação foi desenvolvida a partir de gritos, xingamentos e grosserias; outros reclamam que seus filhos não os ouvem, contudo, em muitos casos, no processo educativo, os pais impunham seus próprios gostos, vontades e decisões, assim, quando o filho cresceu, começou a agir à sua própria maneira; e há aqueles pais que reclamam que seus filhos não dialogam em casa, porém, em muitos desses casos, os filhos não dialogam porque os pais, ainda que pais, lhes são estranhos, visto que ao longo da vida, faltou-lhes o amigo, o companheiro, o acolhedor de suas angústias, pois, por conta dos compromissos pessoais e profissionais, os pais se tornaram ausentes. O livro de Provérbios, assim como a Bíblia num contexto geral, demonstra que a vida segue a regra da lavoura, ou seja, colhemos exatamente aquilo que plantamos. Por isso, se quisermos que bons frutos sejam gerados na vida de nossos filhos, temos também que, necessariamente, plantar boas sementes. O plantio demanda muito trabalho? É certo que sim. Mas nada é mais prazeroso e compensador do que a alegria dos frutos. Pense nisso, e mãos a obra!!!
Com carinho e amizade,  
Pr. André Luís Pereira

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