quarta-feira, 10 de julho de 2013

"O ódio provoca dissensão, mas o amor cobre todos os pecados" (Provérbios 10:12)

Em algum momento da  vida todas as pessoas já sentiram ódio, seja de alguém, de uma instituição ou de uma situação. O ódio é, assim como os demais sentimentos, algo comum ao nosso dia-a-dia. Particularmente, acredito que há dois tipos de ódio: o ódio que é passageiro e o ódio que é permanente. O primeiro, geralmente, é o tipo de ódio que as pessoas mais sentem e, num certo sentido, podemos até dizer que é um ódio natural. O segundo tipo de ódio talvez seja o mais preocupante, visto que se estende, às vezes, ao longo de uma vida toda, gerando, assim, algumas enfermidades e inconveniências emocionais. Há pessoas que optam em cultivar o ódio, tornando-o permanente em suas vidas e, assim, perdem a alegria da vida. Geralmente, quando cultivado, o ódio nos aprisiona emocionalmente, visto que nos bloqueia de sermos tocados pelo amor e, consequentemente, o perdão; também nos bloqueia geograficamente, visto que, dependendo do caso, deixamos de estar nos lugares aonde os nossos desafetos estão; e, ainda, nos bloqueia no desenvolvimento da nossa maturidade, visto que, por causa desse sentimento, regredimos à infantilidade. Quando cultivamos o ódio em nosso coração, envolvemos até quem não tem nada a ver com a nossa decisão de odiar, ou seja, quando odiamos alguém, geralmente, constrangemos as pessoas as quais amamos caso elas se relacionem com aquela pessoa a qual odiamos. Num certo sentido, impomos sobre nossos amigos e parentes o ódio que cultivamos contra determinada pessoa. Assim, na ótica do ódio, se eu odeio, todos os meus amigos e parentes devem, também, odiar, demonstrando, então, que realmente são meus amigos. Assim, o ódio nos torna mesquinhos, imaturos e insensatos. Por outro lado, segundo o autor de Provérbios, há o amor que, diferentemente do ódio, nos liberta (em todos os aspectos), nos abre para o outro e para a vida. O amor nos ensina que o ódio, por mais que nos dê uma sensação de vingança, não nos leva a lugar algum, pelo contrário, nos aprisiona de todas as formas. Assim, o amor é o convite que Deus nos faz para que vivamos, conforme disse Jesus: "verdadeiramente livres". O amor nos liberta das cadeias emocionais; nos liberta da autocomiseração; nos liberta do adoecedor desejo de vingança; nos liberta do desconforto relacional gerado pelo ódio; enfim, nos liberta de nos tornarmos ranzinzas, depressivos e pobres de espírito. O amor nos conduz ao perdão, visto que o perdão é, em si, amor. E perdoar não significa em esquecer a mágoa e nem libertar o outro da culpa; perdoar implica, essencialmente, em nos libertar do ódio e nos libertar para a paz em nós mesmos. Durante todo o dia somos expostos a situações em que podemos tomar duas direções: o ódio e o amor. Cada uma dessas escolhas determinará como o nosso dia ou a nossa vida se desenvolverá, portanto, seja prudente, pois, são as pequenas decisões vão nos orientar a nossa vida e, assim, nos influenciar quando tivermos de tomar as decisões mais importantes.
Com carinho e amizade,  
Pr. André Luís Pereira

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