quinta-feira, 11 de outubro de 2012

"A integridade dos justos os guia, mas a falsidade dos infiéis os destrói" (Provérbios 11:3)


Uma das coisas que me fascina no Evangelho é o presente que ele nos dá em sermos autênticos. O provérbio de hoje ressalta essa questão da integridade. Hoje, com as redes sociais, vemos um misto de integridade e falsidade. Geralmente, o "ser virtual" é bem diferente do "ser real". As pessoas têm uma grande necessidade de esconder suas fraquezas, limitações e incapacidades. Numa entrevista de RH, percebemos que as pessoas apresentam-se como se fossem perfeitas. Quando são questionadas pelo entrevistador sobre os defeitos, geralmente, a pessoa demora algum tempo para responder. É claro que a pressão e o medo de dizer algo errado influenciam diretamente na expressão da verdade. Às vezes, nós é que idealizamos demais o outro; criamos expectativas as quais excedem as capacidades do outro e, daí, quando realmente nos deparamos com a realidade, nos sentimos traídos ou acusamos o outro de falsidade. Por isso, temos de tomar muito cuidado com aquilo que projetamos nas pessoas. Entretanto, a despeito de qualquer coisa, devemos ser íntegros em todas as áreas da nossa vida. É importante, para nós e para os outros, que sejamos exatamente aquilo que somos, sem medo, nem inseguranças, afinal, a nossa constituição ética, moral, emocional tem o seu lugar na vida. Quem foi que disse que temos de ser perfeitos? Qual o problema em ser limitados em algumas coisas? Qual o benefício de criar uma personagem de mim mesmo? A quem realmente enganamos com isso? A falsidade, conforme nos diz o sábio, destrói. Como é triste ver a nossa máscara cair na frente das pessoas! Pior do que isso é vê-la cair diante de nós mesmos. Quando tentamos mascarar o que somos, nos tornamos injustos com as pessoas porque, sem saber, elas se relacionam com uma pessoa que, na verdade, não é exatamente aquela. Daí, os nossos relacionamentos são frustrados. E eu não estou falando apenas de relacionamentos amorosos, mas, também, relações de trabalho, de amizade e familiar. O Evangelho é um convite a sermos exatamente aquilo que somos e, assim, com todas as imperfeições, nos aproximarmos dAquele que nos ama incondicionalmente. Assim, o Evangelho faz com que aqueles que são íntegros aprendam a aceitar os outros da mesma maneira em que foram aceitos por Deus, sem preconceitos e nem resistências.
Permita-se à verdade. Permita-se à integridade e à autenticidade. Com certeza, na pior da hipóteses, você vai ser livre para si mesmo. E esta liberdade não tem preço.
Bom dia a todos!
Um abraçãozão.
Pr. André Luís Pereira

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