sexta-feira, 5 de outubro de 2012

"Beba das águas da sua cisterna, das águas que brotam do seu próprio poço. Por que deixar que as suas fontes transbordem pelas ruas, e os seus ribeiros pelas praças? Que elas sejam exclusivamente suas, nunca repartidas com estranhos. Seja bendita a sua fonte! Alegre-se com a esposa da sua juventude. Gazela amorosa, corça graciosa; que os seios de sua esposa sempre o fartem de prazer, e sempre o embriaguem os carinhos dela." (Provérbios 5:15-19)


No texto de hoje, o autor de provérbios, mais uma vez, usa de um recurso da linguagem e torna a sabedoria numa personagem que aconselha um homem casado a, ao invés de investir num relacionamento extra-conjugal, investir nos laços que o une a sua esposa. O autor está sendo "careta", como costumeiramente se diz por aí? Não. No capítulo 5, a despeito de outros capítulos em que ele trata do mesmo tema, porém, aconselhando os jovens, o autor de provérbios dirige-se especificamente aos cônjuges.  O autor dirige-se à pessoas adultas, maduras, capazes de cumprir com suas palavras, compromissos e responsabilidades. Sim, agora não é um jovenzinho afoito por experiências sexuais que a sabedoria está aconselhando, agora ela fala com adultos. A sabedoria fala com aqueles que entenderam-se maduros ao ponto de assumir um compromisso de viver e cuidar de outra pessoa, como expressão do seu amor, hombridade e honestidade. E o que a sabedoria ressalta? Ressalta, desde o início do capítulo 5, que é mais válido construir um vínculo amoroso, sexual, cúmplice, do que viver de aventuras que, no fim, apenas satisfazem fisiologicamente e dificilmente satisfazem emocionalmente. É verdade que, para algumas pessoas, basta a satisfação meramente carnal, fisiológica. E daí, com essas pessoas, não há nada mesmo a dialogar. Entretanto, para aquelas que se relacionam casualmente, porém, esperam encontrar mais do que um relacionamento descartável, a sabedoria aponta um caminho de satisfação emocional, sexual e vivencial, ou seja, um relacionamento que tem como base o compromisso mútuo. Por incrível que pareça para alguns, um relacionamento afetivo significativo, onde o homem e mulher podem sentir-se seguros quanto ao sentimento, amor, fidelidade, um do outro, os conduzem à mais plena satisfação sexual. Sim, porque diferentemente do que se acredita e pratica, sexo não é uma questão de performance; sexo, pra ser bom, pra ser pleno, necessita de conhecimento, segurança e cumplicidade. E não pense você que essa é uma idéia "religiosa" apenas, isso é plenamente apoiado por profissionais que pensam e trabalham com relacionamentos. Quanto mais vínculo real, numa relação de iguais, onde há amizade, respeito, fidelidade, doação de si, decisão de amar e investir mutuamente, melhor é o relacionamento sexual. Quanto mais tempo (e tempo com qualidade) um homem e uma mulher convivem numa relação estável, mais plena é a satisfação de ambos, em todos os aspectos. Por isso, a sabedoria aconselha que os cônjuges invistam em seus relacionamentos, que um invista no outro e, assim, como consequência de tais investimentos, ambos sejam, num processo de descoberta e de liberdade, diariamente satisfeitos, provando aquilo que somente o tempo, o compromisso e o amor podem oferecer àqueles que se relacionam sabiamente. Pense nisso, e, se lhe parecer sábio, invista em seu relacionamento.
Um super abraçãozão a todos!!!
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira

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