terça-feira, 16 de outubro de 2012

"Melhor é o homem paciente do que o guerreiro, mais vale controlar o espírito do que conquistar uma cidade" (Provérbios 16:32)


As pessoas ajudam a expor as filosofias que estão direcionando a nossa sociedade. Creio que uma das características mais marcantes desses últimos anos é o imediatismo. A tecnologia, dentre tantos aspectos positivos, nos ensinou algo negativo: a querer tudo para "ontem". Já não temos mais paciência para aguardar nada, queremos que tudo aconteça imediatamente. Há algum problema nisso? Creio que não, desde que entendamos claramente que nem tudo se realiza no imediato, principalmente, quando o assunto deixa de ser as máquinas e se volta para os seres humanos. Sim, às vezes percebo que nós estamos aprendendo a tratar seres humanos como máquinas. Exigimos deles a mesma capacidade de responder, agir, realizar, que recebemos dos computadores. Com isso, estamos percebendo se caracterizar uma geração estressada, agressiva e pressionada. Há muita pressa em galgar novas e mais altas posições profissionais; há muita pressa em se conseguir ascensão social; temos sido impulsionados ora por atalhos antiéticos, ora por um caminho de cobranças - pessoais e sociais - que mais produzem malefícios do que nos beneficiam. Uma das filosofias populares desse tempo está baseada na força e conquista. Sucesso tem sido sinônimo daqueles que são fortes e/ou daqueles que conquistam coisas: patrimônios, títulos, pessoas (sim, pessoas já fazem parte daquilo que muitos chamam de "coisas"). Entretanto, na teoria parece até bonito ser forte e possuir coisas, porém, na prática, essa filosofia popular tem criado um bando de alienados, egoístas e utilitaristas. Geralmente quem adere à esse tipo de filosofia popular acaba passando por cima das pessoas, do tempo, e das etapas. Esse tipo de pessoa não consegue esperar, não consegue respeitar as fases naturais da vida para que se obtenha, conquiste, e, até, mereça. Muitos adultos se tornaram crianças emocionais, pois já não sabem mais esperar, querem tudo para ontem, nem que pra isso seja necessário negociar os valores éticos e morais. Pessoas assim oprimem os mais simples, desrespeitam os mais "fracos", sentem-se donos de tudo e de todos. Mas, o sábio provérbio de hoje, lembra-nos que os valores são mais importantes e significativos do que as coisas. Tem muito mais valor aqueles que se permitem ser tratados pelo tempo; que se permitem a liberdade da construção de si mesmo; que se permitem o desenvolvimento da sua força na academia da vida; e, assim, conquistam definitivamente, com respeito, com dignidade e, principalmente, com merecimento. De fato é mais rápido conquistar as coisas através do terrorismo, no grito, na base da força e a imposição, entretanto, dessa maneira a gente ganha o mundo inteiro mas, como bem disse Jesus, a gente "perde a alma". A grande experiência que a sabedoria nos proporciona é viver bem conosco mesmo e com as pessoas. Mas eu reconheço que, nos últimos anos, ser temido dá mais ibope do que ser honrado. A grande questão é: é isso que queremos pra nossa vida? Pense, e se necessário for, tome novas atitudes.
Bom dia a todos!!!
Pr. André Luís Pereira

8 comentários:

  1. De fato, a paciência e domínio próprio são virtudes imprescindíveis para um viver de paz ,alegria e vitória. Fazer as coisas com pressa, sem reflexão e sabedoria é uma atitude certa para a fúria descontrolada e o arrependimento muitas vezes tardio!

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  2. é bem explicado o texto da para entender-se completamente no que se fala-se

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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