terça-feira, 9 de outubro de 2012

"Quem corrige o zombador traz sobre si o insulto; quem repreende o ímpio mancha seu próprio nome" (Provérbios 9:7)


O provérbio de hoje fala sobre algo que nós estamos cansados de saber mas, mesmo assim, teimamos em fazer: tentar ajudar ou aconselhar quem não quer ser ajudado ou aconselhado. Infelizmente, há pessoas que não adianta a gente ficar gastando vocabulário. Há pessoas que simplesmente fecharam-se num casulo de ignorância, orgulho e prepotência, que ficou quase que impossível mostrar-lhes qualquer coisa dada a escuridão na qual estão imergidas. Geralmente, pessoas com esse perfil, não aceitam, em hipótese alguma, que alguém "se intrometa" em sua vida, nem mesmo para tentar ajudá-las com orientação ou conselhos. Elas vivem em função de si mesmas e ai daqueles que tentam, até, ajudá-las. Por isso, o conselho do autor de provérbios é que deixemos essas pessoas ser como são, pois, caso contrário, nós é que vamos ser prejudicados. Num certo sentido, o autor de provérbios está dizendo aquilo que o próprio Cristo diria. Na sua trajetória terrena, Jesus demonstrou em suas atitudes que é necessário que respeitemos todas as pessoas, até aquelas que precisam de ajuda mas se negam ser ajudadas. Numa situação de seu ministério, percebendo a ignorância de algumas pessoas em aceitar sua mensagem, ele disse que situações assim são como que "jogar pérolas aos porcos", ou seja, oferecer algo precioso a quem não tem condições de avaliar valor algum. E eu creio que o próprio Evangelho nos conduz ao respeito às opiniões contrárias, ainda que estas façam o mal a quem as defende, afinal, todos nós somos livres para crer, pensar, viver, reproduzir aquilo que bem entendermos, desde que isso não afete prejudicialmente o outro. Sim, porque prejudicar a si mesmo é uma coisa, mas prejudicar o outro por conta de teimosias e ignorância, daí o problema se torna digno de intervenção externa. Eu penso que situações como essa demandam muito desgaste para quem tem de conviver com pessoas ignorantes no ambiente de trabalho, no ambiente escolar, porém, nada é pior do que conviver com um cônjuge, um filho, um pai ou mãe, que apresentam esse lamentável comportamento. Portanto, se você conhece pessoas em que você chegou a conclusão de que realmente não vale à pena o esforço, então faça uma autoavalição quanto ao seu comportamento no seu lar, com seu cônjuge, filho(a) ou pais. Digo isso porque, às vezes, somos doutos em reconhecer muitos defeitos nos outros, porém, estamos dentro de um casulo que não nos permite perceber a nós mesmos. Pense nisso.
Um bom dia a todos!
Pr. André Luís Pereira

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