quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

"...a esposa briguenta é como uma goteira constante" (Provérbios 19:13b)


Nesses dias de chuva, quando a água que cai no telhado escorre por uma das calhas daqui de casa, há uma goteira próximo a janela do meu quarto. Em dias que estou cansado, essa goteira até me ajuda a dormir mais rapidamente, porém, quando estou deitado e esperando o sono chegar, aquele barulho de água batendo na lata da calha, chega a irritar. Pois bem, é esse tipo de irritação que o autor de Provérbios compara a esposa/marido briguento. Conviver com pessoas que parecem ter prazer em brigar com os outros deve ser uma das piores experiências da vida. Graças a Deus, nem no contexto da família dos meus pais e nem no ambiente do meu lar eu testemunhei esse tipo de comportamento, entretanto, em duas das empresas que eu trabalhei, tive de conviver com pessoas que adoravam um "barraco". Pessoas sem educação, impossibilitadas à vida em sociedade. Gente que apenas têm olhos para si mesmas, limitadas demais para conviver com quem quer que seja. Agora, conviver com pessoas assim no ambiente de trabalho ou no círculo de amizade dá até pra suportar, visto que a convivência tem suas fronteiras. Porém, conviver com um cônjuge briguento, deve ser, no mínimo, uma experiência infernal. Talvez seja uma das piores torturas na vida de uma pessoa. E eu digo isso porque a tortura emocional deixa marcas mais profundas e mais difíceis de serem curadas do que a tortura física. Infelizmente, a visão que muitas pessoas têm do relacionamento conjugal - principalmente os filhos de casais briguentos - vem desse tipo de comportamento em determinados lares. Cônjuges que agem dessa maneira, esquecem-se que a goteira constante, geralmente, alaga ao ponto de transbordar o local onde goteja, fazendo, então, com que a paciência se esgote, o amor se esfrie e abra-se precedente para tantos outros problemas como, por exemplo, a infidelidade. O casamento, segundo percebemos na Bíblia, é uma relação que tem por objetivo fazer com que tanto homem quanto mulher, amadureçam e se desenvolvam, num ambiente de harmonia, cumplicidade e companheirismo. Quando esses sentimentos e atitudes deixam de habitar o relacionamento conjugal, o respeito, a amizade e o amor próprio, vão embora e, dificilmente, voltam pra casa. Nós não estamos neste mundo para vivermos de sofrimentos. Quando Deus nos criou e nos entregou uns aos outros - enquanto cônjuges, famílias e sociedade - sua intenção sempre foi a de nos prover, através dos relacionamentos, a felicidade. Mesmo a queda, por mais estragos que ela possa ter causado no homem e na natureza, não foi, e não é, capaz de roubar a nossa capacidade de vivermos bem neste mundo. Para isso existe a sabedoria bíblica: para nortear a nossa caminhada nos rumos aos quais Deus havia preparado para nós, ajudando-nos nos relacionamentos pessoais e no desenvolvimento de uma espiritualidade sadia, ou seja, que nos leva ao relacionamento com Deus ao mesmo tempo que nos aproxima em amor e graça uns dos outros.
Nesses dias que antecedem ao Natal, quero convidá-lo a pensar sobre o seu comportamento com seu cônjuge e, consequentemente, com sua família. É nossa a decisão de ser uma goteira: que enraivece e afasta as pessoas de nós mesmos; ou, então, um manancial: que aproxima as pessoas e sacia a sede que elas têm de felicidade e amor pela vida. Pense nisso! E caso perceba necessidade de mudar, não perca tempo, mude!
Um super abraçãozão!!!
Com carinho e amizade,  
Pr. André Luís Pereira

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