sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

"Os que abandonam a lei elogiam os ímpios, mas o que obedecem à lei lutam contra eles" (Provérbios 28:4)


O rei Salomão, ao escrever este provérbio, expôs uma situação real: geralmente, quem abandona a justiça, passa a compactuar com a injustiça. Penso que esse provérbio é, também, uma convocação àqueles que amam a justiça, a verdade e a honestidade. É uma convocação para que não desistamos da justiça, para que lutemos por ela e contra quem a impede de ser exercida. Há muito tempo ouço as pessoas reclamando de políticos, do sistema jurídico brasileiro, e do jeitinho brasileiro de se dar bem em todas as situações. Porém, sempre ouço e faço reclamações. Dificilmente encontro os reclamantes envolvendo-se em causas para minorar a injustiça. Até mesmo no governo, na bancada chamada evangélica, não vejo qualquer movimento em prol da justiça, não ouço nada sobre algum projeto que ajude na diminuição da injustiça e na redução da disparidade econômica e de direito social. A revelia dessa passividade, assisto, quase todos os dias pela TV, o aumento da corrupção, da violência, da exploração sexual e infantil (às vezes até de ambas de mãos dadas), a erotização da infância e a pornografia travestida de propaganda comercial. Enfim, os fora da lei - seja esta lei humana ou divina - estão "com a corda toda", livres para agirem e consumirem nossa liberdade e direitos. Mas a Bíblia diz, também através de Salomão, que aqueles que crêem na Lei, lutam contra a impunidade e a impiedade. Porém, o nosso contexto social-político-religioso demonstra que a opção dos justos é a omissão. Sim, a omissão. E se omitem justamente porque não querem criar "problemas" para si mesmos; se omitem porque é mais fácil, como bem disse o poeta: "para ficar na janela e ver a banda passar"; ou, então, porque de alguma maneira o exercício da injustiça, da violência e da corrupção, lhes dá alguma vantagem pessoal ou comercial; ou, ainda, porque aqueles que se dizem justos, são "justos" meramente nominais. Martin Luther King disse o seguinte: "O que me incomoda não é o grito dos maus, mas sim o silêncio dos bons", e de fato, ele tinha razão. Até hoje, é o silêncio dos bons, dos justos, dos honestos, que incomodam e, também, tornam reais toda essa malandragem escancarada em nosso país, estado, cidade e demais ambientes onde nos relacionamos: trabalho, escola, faculdade, comunidades religiosas, associações filantrópicas, ong's, setores públicos e privados. Sim, não são os injustos que destroem com a sociedade, são os justos que se calam e não fazem aquilo que deveriam fazer: obedecer e praticar a justiça (a lei humana e/ou divina). Mas, como eu já disse, quem realmente quer pagar o preço de ser um porta-voz da justiça?
Pense nisso, e se fizer algum sentido pra você, coloque em prática.
Um super abraçãozão!!!
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira

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