sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

"Os planos bem elaborados levam à fartura; mas o apressado sempre acaba na miséria" (Provérbios 21:5)


Me lembro que quando eu era adolescente meu pai dizia que: "o apressado come cru". Essa frase era exatamente pra mim que, naquela época, era mais imediatista do que sou hoje. E como não ser imediatista num século em que tudo é rápido, imediato? Deve até ser por conta dessa característica exclusivamente própria da nossa humanidade, que o fruto do Espírito Santo se manifesta através da paciência. É verdade que há muitas coisas em nossa vida que não podem esperar. Há decisões que a gente tem de ser rápido para tomá-las. Entretanto, a necessidade imediata não pode ser o lema da nossa vida. Há determinadas coisas que necessitam de reflexão. Até algumas decisões que nos são cobradas, ainda que demandem resposta rápida, necessitam de tempo para serem tomadas. Não podemos permitir que a filosofia "fast-food" se aposse de nossa vida. Temos pouco tempo de vida nesta terra. Se levarmos em consideração que ficamos um bom tempo vivendo a fase da imaturidade, e que quando estamos de fato maduros para viver nos resta pouco de tempo vida, então vamos concluir que vivemos muito pouco. Por isso, é necessário que saibamos aproveitar melhor a nossa vida. E quando eu falo em aproveitar, não estou me referindo à curtição irresponsável, aquela que tem como lema: "vou curtir hoje porque eu não sei como será o amanhã", justificando, assim, as irresponsabilidades fruto de uma mente pequena, limitada e incapaz de saber viver. Ao contrário, aproveitar a vida implica em saber viver bem. Viver bem a despeito do sofrimento, das angústias próprias da existência. Estou falando de ser um alienado na vida ou de alguém que está anestesiado para o mundo? Não! Claro que não. Estou falando daqueles que têm tanto prazer pela vida que viver bem não é uma questão de felicidade plena, saúde de ferro, conta bancária recheada, família perfeita. Essas coisas ajudam muito, entretanto, muitos tendo tudo isso não vivem, apenas sobrevivem. A vida, pra ser bem vivida, necessita de no mínimo planejamento. Pra se viver bem é necessário saber aonde se quer chegar, como será a caminhada até o destino e, principalmente, a razão pela qual queremos chegar. Sim, nossa vida precisa ter um sentido, uma razão, uma finalidade. Diz o autor de Provérbios que quem planeja colhe muitos frutos, mas aqueles que apenas vão levando a vida, têm pouco a colher nesta vida. E quando o assunto é vida, ainda que esta seja curta, é necessário planejar e definir o tipo de vida que queremos viver. Aqueles que estão apenas sobrevivendo, infelizmente, já perderam a capacidade de apreciar vida, na verdade, nem a estão vendo passar, tornaram-se daltônicos existenciais, pois não percebem mais as cores da vida. Estão cheios de amarguras, murmurações, frustrações e, ainda que com medo, vivendo em função da morte. Mas aqueles que estão aprendendo com a vida; aqueles que ainda conseguem transitar entre os acidentes, tempestades e terremotos da vida sem perder a doçura, a esperança e a disposição de continuar a grande luta da vida, esses, de fato, entendem o que é que significa viver. E é justamente por terem provado a experiência de viver, que têm condições de enfrentar a vida sem perder a doçura e, ainda, sentirem-se prósperos. Estes entenderam que há coisas que são irremediavelmente imediatas, mas há outras que, necessariamente, devem ser tratadas homeopaticamente compassadas, refletidas, organizadas e reorganizadas, para que tudo nessa vida - seja bom ou ruim, fácil ou difícil - seja bem aproveitado e, assim, valha à pena a existência. Portanto, viva! Viva bem! Aproveite o precioso tempo que tens e viva. Não se restrinja à sobrevivência, vá além, viva intensamente! Faça um planejamento de vida para você e sua família para que, assim, vocês experimentem a magia da vida.
Um abraçãozão e bom final de semana a todos!!!
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira

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