segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

"Meu filho, não se esqueça da minha lei, mas guarde no coração os meus mandamentos, pois eles prolongarão a sua vida por muitos anos e lhe darão prosperidade e paz" (Provérbios 3:1-2)


Nós sempre estamos a procura de uma fórmula mágica para resolver as diversas situações da nossa vida, deve ser por isso que as famosas "simpatias" ainda estão tão presentes nessa sociedade pós-moderna. Ultimamente, até mesmo o ambiente religioso tem suas "simpatias", fórmulas da felicidade e o elixir da vida. Aliás, quando o assunto é religião, muito cristãos usam a Bíblia como um livro de fórmulas da felicidade. Quando estão tristes, lêem o Salmo 23; quando estão deprimidos, lêem o Salmo 91, e por aí vai; há sempre um texto específico para tratar problemas específicos. É errado instrumentalizar a Bíblia desta forma? Não, claro que não. Entretanto, a Bíblia não é um livro de auto-ajuda, pelo menos não nesse sentido. A Bíblia é o manual da vida. Ela contém o conjunto de valores aos quais aquele que crê, deve edificar a sua vida.
Algumas pessoas não gostam da Bíblia porque a vêem como um livro legalista e moralista. Outros gostam da Bíblia justamente porque a vêem dessa forma. Entretanto, nenhum dos dois grupos têm razão na maneira de compreendê-la e interpretá-la. Diferentemente dos fariseus e semelhantemente a Jesus, temos de olhar para a Bíblia e perceber os valores que estão implícitos e explícitos em seus textos. Nesses últimos 16 meses que estou pregando o Evangelho de Mateus em nossa comunidade, temos percebido o quanto Jesus, ao interpretar a Lei, expunha os valores vivenciais e relacionais para os quais ela aponta. Os fariseus (religiosos dos dias de Jesus), valiam-se da Lei pela lei, ou seja, como um sistema frio, desumano e castrador da felicidade. Por outro lado, Jesus demonstrava que a Lei tinha como finalidade o benefício do homem em todos os seus relacionamentos: familiares, amizades, profissionais, sociais e, também, o relacionamento com Deus. Jesus cumpriu a Lei, ele a praticou literalmente, e tal prática foi demonstrada através do exercício do amor, da misericórdia, da compaixão, à toda e qualquer pessoa, sem distinção alguma.
Quando o autor de Provérbios paternalmente nos convida a não nos esquecermos da Lei e guardarmos os mandamentos em nosso coração, ele não está falando de um sistema legalista desprovido de felicidade. Pelo contrário, ele está falando de um modo de vida baseado na ética, moral, respeito, sabedoria, educação e tantos outros VALORES que, postos em prática, só podem nos conduzir por uma vida longa, feliz, próspera (no sentido de qualidade de vida) e pacífica.
Pense nisso!
Um abraçãozão a todos e boa semana!!! 
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira

Um comentário:

  1. Muito interessante e edificante essa mensagem , amplia nossa visão e nos traz crescimento .

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