quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

"Meu filho, se você serviu de fiador do seu próximo, se, com um aperto de mãos, empenhou-se por um estranho e caiu na armadilha das palavras que você mesmo disse, está prisioneiro do que falou" (Provérbios 6:1-2)


O texto de hoje nos alerta quanto à prudência e à responsabilidade.
À prudência porque a decisão em ser fiador de alguém é algo muito sério e pode, com o tempo, pôr fim a uma boa amizade ou afastar familiares. Alguns afirmam que a Bíblia diz que é pecado ser fiador, entretanto, isso não é verdade. Ser fiador não é pecado, qualquer pessoa, se tiver condições, pode ser fiador do amigo, do parente ou de um filho. Porém, devemos sempre lembrar que esta relação comercial, e creio que no mundo inteiro, é considerada arriscada. Há muitas pessoas que são fiadoras, eu, por exemplo, sou um. E o problema não está em ser, mas na maneira responsável que assumimos este negócio.
Quando assumimos essa posição num negócio, apesar da afinidade que temos com aquele a quem nos dispomos a servir como fiança, temos de ter em mente que a responsabilidade é nossa, e não do outro, afinal, fomos nós que assumimos e assinamos que pagaremos aquilo que o outro não pagar. Agora, o que não pode acontecer é que se a empresa/pessoa à qual assumimos tal responsabilidade vier nos cobrar, nos negarmos a pagar a dívida com aquilo que empenhoramos ou, então, brigarmos com aquele ao qual decidimos ser fiadores. Este tipo de situação é que não é correto, afinal, nós, quando aceitamos participar desse tipo de relação, assumimos todos os riscos e consequências.
É por isso que a Bíblia sempre nos convida à prudência, para que saibamos tomar as decisões corretas e, assim, termos todas as condições de manter a nossa palavra e arcarmos com as consequências daquilo que decidimos ou falamos, ou seja, a Bíblia nos convida a agirmos como adultos: sendo éticos, responsáveis e maduros.
Portanto, quando tal convite lhe for feito, pense bastante, reflita o quanto puder, e seja qual for a sua decisão, esteja preparado para assumir as consequências, porque mais feio do que perder algum bem numa relação de fiança, é não manter a palavra que se dá nesse tipo de negócio. Meu pai disse certa vez: "é melhor você perder a amizade de alguém por dizer não, do que perder a amizade e o seu dinheiro, palavra e dignidade". E nisto, acredito que ele tem razão, afinal, os verdadeiros amigos e as pessoas que gostam realmente de nós, sabem ouvir "não" quando é necessário.
Os versículos posteriores continuam a falar do mesmo assunto, se você tiver um tempinho, conclua a leitura de Provérbios 6.
Bom dia  a todos!!!
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira

Nenhum comentário:

Postar um comentário