Vivemos na era da informação. Recebemos informação o tempo todo, seja verbal ou visual. Por isso, a tentação de repassar, comentar, reproduzir as informações que recebemos, é muito grande. Tal tentação, às vezes, nos derruba sem qualquer compaixão. Conheço muitas pessoas que têm uma enorme dificuldade de ouvir, somada a uma enorme facilidade para falar. Pessoas com essas características, geralmente, passam muita vergonha. Outras, de tão acostumadas com as gafes que cometem, já nem se importam mais com as consequências dos seus atos. Entretanto, se a nossa intenção é viver bem nesta terra, controlar nossos impulsos é uma questão de sabedoria. Não dá pra repassar ou reproduzir as informações que recebemos sem que antes confirmemos a fonte ou os fatos. Há pessoas que não ouvem e não pensam antes de falar. São grandes geradoras de confusões, intrigas, inimizades. Atualmente, com o crescimento das redes sociais as informações - inclusive e principalmente - da vida das pessoas estão escancaradas numa vitrine virtual para que o mundo todo tenha acesso. Nessas redes de relacionamentos, por ser um ambiente "democrático", as pessoas falam o que bem querem, expõem seus pensamentos e opiniões e, infelizmente, agridem umas às outras. A impressão que temos é que as pessoas estão demasiadamente impacientes, ou que todo mundo quer ser dono da razão (da própria razão). Não há mais espaço para o diálogo, debates, críticas construtivas, e exposição de pensamento que seja contrário. As pessoas têm tanta ansiedade para responder, revidar e humilhar o outro, que não há mais espaço para se dialogar acerca de determinado assunto. Neste tempo chamado pós-moderno, cada um assumiu a sua própria e inegociável verdade, fazendo com que, assim, ninguém mais possa pensar diferente. Isso parece significar que, quanto mais conhecimento agregamos, menos democráticos nos tornamos. Triste constatação.
Um abraço a todos!!!
Pr. André Luís Pereira
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