quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

"Mãos preguiçosas empobrecem o homem, porém as mãos diligentes lhe trazem riqueza" (Provérbios 10:4)


Esse provérbio é um tiro no pé daqueles que pensam que Deus lhes dará saúde eterna e grande prosperidade. Esse provérbio é uma lembrança à todas as pessoas que querem ser bem sucedidas financeiramente. Nada nessa vida cai do céu. Se quisermos alguma coisa além da nossa capacidade econômica, e de maneira honesta, temos de trabalhar e trabalhar muito. Nem mesmo a herança familiar que alguém recebe não foi adquirida facilmente, é possível que quem a construiu tenha feito às custas de muito trabalho e sabedoria. Hoje é muito comum alguns grupos religiosos creditarem a Deus a razão da prosperidade, porém, isso não é verdade. Deus já dotou o homem de capacidade para desenvolver-se, porém, como Pai verdadeiro que ele é, de maneira nenhuma permitiria que um filho seu deixasse de aprender a lutar por aquilo que se quer. Nem mesmo para Cristo, enquanto homem, Deus lhe deu qualquer patrimônio ou riquezas. Pelo contrário, não lhe deu fortuna, porém, dotou-o com a capacidade profissional, herdada do seu pai José. Não foi economicamente rico, mas soube viver bem visto que, para ele, a prosperidade implicava em outros valores mais proveitosos: amizade, honestidade, doação, solidariedade, verdade, etc. Isso quer dizer que não podemos lutar por prosperidade financeira? Claro que podemos! Cada um de nós pode lutar para ter uma vida economicamente estável, abastada, porém, tudo isso deve acontecer sob os valores éticos do Evangelho, valores aos quais Jesus assumiu e que, alguns deles, já citei aqui. Se um de nossos objetivos nessa vida é ganhar muito dinheiro, então, a regra bíblica diz que não podemos ser preguiçosos, temos de trabalhar muito. A importância de agregarmos algumas definições de valores na nossa vida se faz necessário porque, infelizmente, algumas pessoas por mais que trabalhem, até por não terem estudo ou, mesmo que estudadas, não têm oportunidades e jamais conseguirão ficar ricos.  Nesses casos, que se aplica a maioria da população mundial, em havendo apropriação de valores éticos-relacionais, a prosperidade econômica se torna um objetivo secundário, fazendo com que as pessoas, mesmo limitadas financeiramente, vivam com mais qualidade de vida e contribuam para um sociedade melhor à medida que compartilham seus valores com os filhos, amigos, parentes, etc. Com isso, eu reafirmo, eu não estou dizendo que é errado lutarmos por prosperidade econômica, porém, estou alertando que, na maioria dos casos, a pessoa pode lutar a vida toda, deixando de usufruir dos seus dias e de seus relacionamentos, e não atingir tal realização. Contudo, aqueles que, mesmo assim, buscarem tal prosperidade, não devem aguardá-la  cair do céu e, também, devem se preparar para trabalhar muito, conquistar pouco em relação ao tempo dedicado ao excesso de trabalho, e, possivelmente, desfrutar pouco dos ganhos, num período muito curto. Mas, como eu sempre digo, isso é uma decisão pessoal. Portanto, boa escolha.
Boa tarde a todos!
Com carinho e amizade, 
Pr. André Luís Pereira

Um comentário:

  1. Estou preparando uma palestra para os jovens da igreja com o tema "Jovem, é tempo de agir" e seu texto me ajudou muito. Obrigada!

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