terça-feira, 29 de janeiro de 2013

"O homem que ama a sabedoria dá alegria a seu pai, mas quem anda com prostitutas dá fim à sua fortuna" (Provérbios 29:3)


Você já percebeu como as pessoas têm a tendência de agradar mais aos outros do que a si mesmas? É claro que isso não é uma regra, visto que há muitas pessoas que pensam apenas em si próprias, porém, aqueles que se preocupam com o que os outros vão pensar acerca de si ainda é muito grande. No provérbio de hoje encontramos esse contraste: o agradar ao outro (pai) e o fazer mal a si mesmo. Todos nós, em algum momento da vida, vivemos essa realidade. Há pessoas  que, de tanta necessidade de agradar aos outros, não conseguem alcançar a felicidade ou ter qualidade de vida, visto que, em muitos casos, agradar o outro, implica em passar por cima de si próprio. Há aqueles que, desistindo de buscar a aprovação do outro, também acabam se prejudicando. Perceba que nos dois casos, há prejuízo pessoal. No primeiro caso, mesmo beneficiando o outro para conseguir aprovação, perde-se a identidade, nega-se a vontade, enfim, cria-se um ente falsificado, frustrado, em que a felicidade só é possível mediante o prazer do outro e não no seu próprio prazer (que, aliás, já nem se sabe qual é). No segundo caso, o outro extremo, por se sentir independente, sem necessidade da opinião das pessoas, e até para provar algo para si mesmo e para o outros, a pessoa acaba se perdendo em si mesma e, por isso, mesmo que não perceba, até quando não depende da aprovação do outro, tenta, com suas atitudes e palavras, chamar a atenção do outro, nem que para isso seja necessário o escândalo. Imagino que, em sua própria experiência diária, você tenha percebido a nossa dificuldade em permanecermos no meio termo. Geralmente, vamos de oito a oitenta, quase nunca conseguindo nos equilibrar neste pêndulo da vida. É aí que deve entrar a sabedoria em nossas vidas. É a sabedoria que nos dota da capacidade de administrar o movimento deste pêndulo emocional. É ela que nos dá sensatez para que tomemos as melhores, ou as menos piores, decisões nesta vida. E eu digo "menos piores" porque a sabedoria não nos torna perfeitos, apenas nos torna conscientes e, assim, num processo diário de crescimento e amadurecimento, um pouco mais preparados para a vida. E a medida que amadurecemos no caminho da sabedoria, apesar de todas as nossas dificuldades pessoais, vamos nos encontrando na vida, definindo nossos papéis, ficando conscientes de nós mesmos e, num processo às vezes lento, vamos descobrindo que temos todas as condições de viver bem conosco mesmo e, assim, vamos deixando de atrelar a nossa felicidade à aprovação dos outros e, também, abandonando a necessidade de provar qualquer coisa à quem quer que seja, diminuindo, então, os prejuízos emocionais, morais, éticos, relacionais e, em alguns casos, até financeiros. A medida que vamos nos relacionando com a vida de uma maneira sábia, por isso, justa, sem perceber, vamos nos permitindo construir uma estrutura emocional menos estremecida, mais resistente as más influências e a insensatez e, assim, conseguimos corresponder a sabedoria do autor de Provérbios, ou seja, passamos a ser amados por nossos pais que, respeitarão a nossa estrutura já definida e autêntica, e também respeitados pelas outras pessoas que passarão a nos ver não mais pelas lentes do escândalo ou da imaturidade, mas pela ótica da maturidade e da plenitude. Como você deve ter percebido, ser respeitado, ou não, está em nossas próprias mãos. Portanto, reflita acerca de si mesmo e, se necessário for, mude suas atitudes. A sabedoria está sempre a nossa disposição.
Um bom dia a todos.
Com carinho e amizade, 
Pr. André Luís Pereira

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