segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

"Os insensatos zombam da idéia de reparar o erro cometido, mas a boa vontade está entre os justos" (Provérbios 14:9)


Como é difícil reparar um erro cometido. E, particularmente, eu creio que tal dificuldade se dê por duas razões: a) por termos a certeza de que nós não erramos; b) porque o nosso orgulho não nos permite voltar atrás e reconsiderar. O autor de Provérbios vai além, ele afirma que é insensato aquele que zomba da idéia de corrigir o erro cometido. Sinceramente, às vezes, eu ajo como um insensato. Ás vezes, na relação conjugal, quando eu "piso na bola" com a minha esposa e ela me corrige, eu tento me esquivar da decisão de reconhecer o meu erro e corrigí-lo. Nós, homens, temos essa tendência: errar e não reconhecer nosso erro, aliás, além de não reconhecer, por conta do nosso orgulho, acharmos o cúmulo ter de pedir perdão a quem quer que seja. Achamos que o fato de não tocarmos mais no assunto já é o suficiente para que o outro reconheça que estamos assumindo nosso erro. Mas, infelizmente, as coisas não são assim. Nesse pouco tempo de casamento, tenho entendido e aprendido que é necessário expressar-me para minha esposa. É importante para ela - e creio que para todas as demais mulheres - que o marido, companheiro, namorado, noivo, demonstre - com palavras e atitudes - o quanto está arrependido e, então, faça, oficialmente, o pedido de desculpas. E isso não é uma questão de humilhação, mas é uma questão, e uma atitude, de humildade. O autor de Provérbios afirma com muita sabedoria que a boa vontade está entre os justos, e isso é uma verdade. Somente os justos são os que têm o bom senso, a humildade, a liberdade e, portanto, a boa vontade para reparar seus erros. E os justos fazem isso porque a sabedoria os leva a reconhecer que, assim como todos os seres humanos, eles também são falhos. E reconhecer nossa limitação, fraqueza e demais debilidades, faz com que nos tornemos pessoas fortes, afinal, conforme o Apóstolo Paulo se percebe diante das suas fraquezas, ele reconhece: "quando sou fraco é que sou forte" (2 Coríntios 12:10). Esse é o caminho dos justos, daqueles que valorizam a vida; valorizam seus relacionamentos; enfim, valorizam a si próprios. Eu reconheço que não é fácil assumir o próprio erro, entretanto, não há alegria maior do que ter condições de reconhecê-lo e, num exercício de amor ao próximo e a si mesmo, repará-lo e, assim, desfrutar do carinho, confiança e admiração daqueles que convivem conosco, principalmente, pais, cônjuge, filhos e amigos. Pense nisso!
Boa semana a todos!
Com carinho e amizade,
Pr. André Luís Pereira

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